segunda-feira, 30 de junho de 2025

Artigo Acadêmico - Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação

 Olá pessoal!


Estou aqui hoje para apresentar o artigo acadêmico "Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação" apresentado no I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes no eixo “Processos Criativos e Formação para a Cidadania” entre os dias 16 e 18 de Outubro de 2019. O Artigo foi escrito ao lado de Diósnio Machado Neto e Maria Eliza Mattosinho Bernardes.

Evento: I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes

Período do Evento: 16 a 18 de Outubro 2019.

Local: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo


Resumo do artigo

Novas Arquiteturas Pedagógicas no Ensino da Música é um projeto no campo da extensão universitária que tem como objetivo geral o desenvolvimento de reflexões sobre o ensino da música por meio da musicologia. Problematizando o movimento histórico de transformação da mediação no campo das artes, na qual a pedagogia do ensino da música se insere, vislumbra-se construir ferramentas para a formação de uma cidadania crítica e do desenvolvimento humano. Especificamente o projeto trata discutir o campo de formação continuada de professores de música, de cunho interdisciplinar, que se organiza a partir da unidade entre a lógica dialética e a elaboração de instrumento pedagógico por meio de dois eixos: a musicologia e a organização do ensino de cunho desenvolvedor, fundamentado no enfoque histórico-cultural. A metodologia de ensino aborda a concepção da flexibilidade de tempos e espaços, visando desenvolver novas arquiteturas pedagógicas ativas de ensino e de aprendizagem da música, com a utilização de conceitos como Blended Learning, métodos musicais criativos e, sempre que necessário fazer o uso de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) no planejamento e execução dos conteúdos. Neste momento a proposta encontra-se em fase de organização inicial, com um planejamento flexível em colaboração com a Universidade de Évora (PT).


PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Música, Musicologia, Interdisciplinaridade, Formação de professores.

Para ler o artigo: Clique aqui

Para citar o artigo: TAVARES, Fernando; MACHADO NETO, Diósnio; BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho. Novas arquiteturas pedagógicas para o ensino da música: um campo interdisciplinar de formação. In: I CONGRESSO DE ENSINO EM COMUNICAÇÕES, INFORMAÇÃO E ARTES, 1., 2019, São Paulo. 2019. p. 1-10.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"

quinta-feira, 26 de junho de 2025

Transcrição do Mês - Tribal Tech - Face First

  


Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna, escolhemos a música Face First da banda Tribal Tech com Gary Willis no baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


Tribal Tech - Face First

Tribal Tech é uma banda de jazz fusion formada nos anos 80, conhecida por sua mistura de jazz, rock, funk e música experimental. Criada pelo guitarrista Scott Henderson e pelo baixista Gary Willis, a banda se destacou pelo virtuosismo e pela complexidade harmônica de suas composições. Com um som caracterizado por improvisação, grooves complexos e estruturas musicais desafiadoras, Tribal Tech se tornou uma referência dentro do cenário do jazz fusion. A banda lançou vários álbuns, sendo "Tribal Tech" (1987), "Tears of the Sun" (1993) e "X" (1999) alguns dos mais aclamados pela crítica. Tribal Tech é aclamada por músicos e fãs por sua habilidade técnica e inovação.

Gary Willis (nascido em 1957) é um baixista, compositor e educador norte-americano, amplamente respeitado por sua contribuição ao jazz fusion. Ele é conhecido por seu estilo de tocar o baixo com uma técnica avançada, utilizando tanto o fingerstyle quanto o slap. Willis é reconhecido pelo seu trabalho com a banda Tribal Tech, que fundou com Scott Henderson, e por sua carreira solo, onde explorou uma ampla gama de influências musicais. Além de sua habilidade como baixista, Willis é um educador renomado, compartilhando sua expertise em diversas plataformas, como DVDs de ensino e livros. Ele é considerado um dos baixistas mais influentes do jazz fusion, destacando-se pela originalidade e pela complexidade de suas linhas de baixo.

Esta transcrição foi originalmente publicada na Bass Player Brasil, edição 58, de julho de 2016.


Texto

No final dos anos 1960, surgiram diversos grupos que uniram o jazz a outros estilos, incluindo o rock n’ roll, originando o que hoje conhecemos como fusion. O gênero é famoso por seus ícones extremamente técnicos e com vasto conhecimento musical, além de contar com diversas composições complexas. O Tribal Tech se consagrou como uma das bandas mais conhecidas do fusion entre os anos 1980 e 1990, composta pelo genial guitarrista Scott Henderson e pelo não menos conceituado baixista Gary Willis. A banda inspirou inúmeros instrumentistas a dedicarem horas e horas de suas vidas tentando aprimorar suas habilidades e ampliar seus horizontes. Pessoalmente, fui profundamente influenciado pelo álbum Illicit (1992), um dos que mais escutei e estudei.

Bom, deixando de lado a nostalgia, voltemos nossa atenção à transcrição desta edição, Face First. Trata-se da faixa que abre o disco homônimo de 1993, a qual apresenta um groove espetacular de contrabaixo logo na introdução, além de diversas linhas complexas ao longo de sua duração. As linhas seguem uma ideia de fraseado, mas a cada repetição são executadas e construídas de maneira diferente.

A introdução (parte “A”) foi elaborada com um groove cuja estrutura se repete basicamente a cada dois compassos. O tom do trecho é Am, e foi utilizada a tétrade deste, acrescida de um cromatismo para a fundamental na construção. Preste atenção, também, nos abafados utilizados nessa parte (entre os compassos 1 e 9, como introdução; do compasso 10 ao 25, como parte “B”; e retornando entre os compassos 171 e 186). A parte “C” (entre os compassos 26 e 33, e entre os compassos 187 e 194) apresenta vários contratempos. Perceba como o baixista chega à fundamental dos acordes com diversas ideias diferentes, sendo que a nota que se deseja acentuar está grafada com o sinal de acentuação. O trecho é bem complexo, ritmicamente, e vale a pena analisar o aspecto rítmico antes de tentar executar as notas.

Na parte “D”, iniciada no compasso 34, Willis cria as frases com as notas dos respectivos acordes, explorando bastante as quintas e oitavas. Esse primeiro trecho termina no compasso 41 e retorna entre os compassos 195 e 202. No compasso 42 começa a parte “E”, em que temos um groove muito interessante feito com a escala pentatônica de C menor. O destaque vai para os abafados e as inúmeras frases no contratempo. Na parte “F”, surgem os solos de Face First, primeiro com o teclado. Essas partes foram construídas com o baixista fazendo muitas variações sobre as notas do acorde. Aqui, as frases utilizam a pentatônica de Am. No compasso 73, é executado um F#, que é a sexta de Am, dando um efeito dórico. Os destaques são os mesmos da parte “E”. Este trecho vai do compasso 50 ao 98. No compasso 99, temos a segunda parte do solo (parte “F”), em que Gary Willis constrói as frases com as notas do arpejo, explorando bastante os intervalos de quinta e de oitava.

Na parte “H”, temos um sinal indicando que o andamento segue o sentido de 2 por 2, o famoso half-time. A fórmula mantém-se para não dificultar a leitura, e o andamento pode seguir o mesmo bpm. O baixista explora novamente as quintas e oitavas, mas também insere cromatismos nas passagens. O trecho ocorre entre os compassos 107 e 138. Na parte “I” (dos compassos 139 ao 170), temos o solo de guitarra, durante o qual o baixista faz uma levada muito parecida com a da parte “E”. Repete as ideias, apesar de o acorde ser C7. O uso da pentatônica menor sobre esse acorde nos dá o efeito chamado “bluesy”. Por fim, a parte “J” apresenta o desfecho de Face First. Aqui, o baixo aproveita as ideias da parte “C”.

Gary Willis é uma das maiores referências da música instrumental dos anos 1980 e 90. Como mencionado anteriormente, ele influenciou uma infinidade de músicos. A transcrição escolhida é uma excelente oportunidade para estudar esse genial baixista e todas as suas ideias. Trabalhe cada parte separadamente, sempre começando em um andamento mais lento até chegar ao andamento da música.

Transcrição

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Para mais informações sobre o meu trabalho, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

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Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 23 de junho de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 12

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das semicolcheias e suas variações. O exercício proposto apresenta uma dificuldade técnica adicional, além de trabalhar a leitura rítmica. Por isso, é fundamental estudar com calma, concentrando-se em obter um som claro e preciso ao tocar no contrabaixo.

Estudos rítmicos


Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias, que correspondem a 1/4 de tempo no compasso 4/4. Ou seja, são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Neste estudo específico, trabalhamos com a figura rítmica que combina uma semicolcheia (1/4 de tempo) seguida de uma colcheia (1/2 tempo) e por fim mais uma semicolcheia (1/4 de tempo). Essa, entre as três que estudamos nas colunas 10, 11 e 12 é a mais difícil de compreender e executar. Se houver dúvidas sobre como identificar essa figura, recomendo ouvir a música Tom Sawyer da banda Rush, por exemplo.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui, e na próxima coluna abordaremos as subdivisões de semicolcheia e o ponto de aumento.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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Abraços,
Fernando Tavares

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quinta-feira, 19 de junho de 2025

Baixista do Mês - Bi Ribeiro

Olá, pessoal!

Na coluna Baixista do Mês, apresentamos o habilidoso Bi Ribeiro, da banda Paralamas do Sucesso.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Bi Ribeiro

Nome completo: Felipe de Nóbrega Ribeiro
Nascimento: 30 de março de 1961, Brasília, Distrito Federal
Banda: Paralamas do Sucesso

Biografia:
Bi Ribeiro é um dos pilares do rock brasileiro, conhecido por sua habilidade única no contrabaixo e por suas linhas marcantes que ajudaram a moldar o som dos Paralamas do Sucesso. Formado em 1982, o grupo ganhou destaque com sua mistura de rock, reggae e outros ritmos, consolidando-se como uma das bandas mais icônicas do Brasil. Bi é reconhecido por sua criatividade musical e pela capacidade de construir grooves que se tornaram marca registrada da banda.


Discografia

Confira os álbuns dos Paralamas do Sucesso:

Álbuns de estúdio
1983: Cinema Mudo
1984: O Passo do Lui
1986: Selvagem?
1988: Bora-Bora
1989: Big Bang
1991: Paralamas en Español
1991: Os Grãos
1994: Severino
1994: Dos Margaritas
1996: Nove Luas / Nueve Lunas
1998: Hey Na Na
2002: Longo Caminho
2005: Hoje 
2009: Brasil Afora
2017: Sinais do Sim

Álbuns ao vivo
1987: D
1995: Vamo Batê Lata
1999: Acústico MTV
1999: Titãs & Paralamas (com Titãs)
2004: Uns Dias Ao Vivo
2007: Rock in Rio 1985
2008: Paralamas e Titãs (com Titãs)
2009: Legião Urbana e Paralamas Juntos (com Legião Urbana)
2011: Multishow Ao Vivo
2014: Multishow Ao Vivo: 30 Anos

Coletâneas
1987: Os Paralamas do Sucesso
1990: Arquivo
2000: Arquivo II
2000: O Melhor 83-99
2006: Perfil
2006: Perfil II
2006: Série 10
2010: Arquivo 3
2010: Novelas
2015: Rock Your Babies
2015: A Arte de Os Paralamas do Sucesso

Para mais detalhes sobre a discografia completa, acesse:


Vídeo em destaque

Link para vídeo: 


Website oficial

http://www.osparalamas.com.br/


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segunda-feira, 16 de junho de 2025

Baixistas do Rock - Parte 3

Olá, pessoal!

Nas terceira e quarta colunas, iremos explorar as técnicas e características do baixista Sting, membro da banda The Police. Sting é conhecido por sua maneira única de tocar, frequentemente utilizando o polegar para dedilhar as cordas, além de seu impressionante senso rítmico. Ao longo de sua carreira, ele criou diversas linhas de baixo memoráveis com sua banda, tornando-se um ícone no cenário musical.

Sting

Sting, nome artístico de Gordon Matthew Thomas Sumner, nasceu em 1951 em Wallsend, Inglaterra. Antes de sua carreira solo, ele foi o baixista e vocalista principal da banda The Police, que se tornou uma das mais influentes do final dos anos 70 e 80. Conhecido por seu estilo criativo e inovador no baixo, Sting integrou elementos de jazz, rock e reggae em suas linhas de baixo. Suas composições com o The Police, como "Roxanne", "Every Breath You Take" e "Message in a Bottle", continuam a ser referências para músicos de todo o mundo. Além de sua carreira com o The Police, Sting também tem uma carreira solo bem-sucedida, explorando diferentes estilos musicais e abordagens ao baixo e à composição.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Exemplo 1

No Exemplo 1, temos uma levada simples, construída com colcheias, muito utilizada no Rock n’ roll. Essa levada dá a sensação de que a música está sendo "puxada para frente", por isso é amplamente difundida no Rock e suas vertentes. A harmonia correspondente ao refrão da música "So Lonely" do The Police também é utilizada na música "With or Without You" do U2. Na música "Será?" da Legião Urbana, ela é tocada um tom abaixo (na tonalidade de Dó maior). Marque bem os graus do campo harmônico (I, IV, V e VI) e toque-os em diferentes tonalidades, observando a frequência com que esses acordes são utilizados nas músicas compostas.



Exemplo 2

No Exemplo 2, trabalhamos os intervalos de 5ª e , que são amplamente utilizados por baixistas de Rock para criar frases melódicas. O desenho mostrado pode ser transposto para qualquer nota e aplicado sobre acordes maiores e menores.



Exemplo 3

No Exemplo 3, combinamos esses intervalos e propomos variações para cada acorde. Uma dica para desenvolver suas frases é utilizar os intervalos de e sobre a caixa da bateria (geralmente nos tempos 2 e 4), variando a colocação deles.



Exemplo 4

No Exemplo 4, temos o interlúdio da música "Every Breath You Take", do The Police. Outras músicas que utilizam frases construídas de maneira semelhante são "Paranoid" e "NIB" do Black Sabbath, e "Otherside" e "Breaking The Girl" do Red Hot Chili Peppers.



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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Harmonia - Aula 05 - Aplicação de Quintas e Oitavas - Parte 1

Olá, Pessoal!

Nesta quinta coluna, estudaremos uma aplicação interessante de intervalos. A princípio, não vamos nos aprofundar em aspectos teóricos complexos. O foco será utilizar dois intervalos bastante comuns – quintas e oitavas – para criar algumas frases em uma levada.

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Aplicação de Quintas e Oitavas - Parte 1

Considerando a nota como fundamental, temos a nota Sol como a sua quinta e a sua oitava será a própria nota . No exemplo 1, temos o desenho dos dois intervalos. Esse desenho pode ser repetido a partir de qualquer nota, e tanto a quanto a podem ser usadas sobre acordes maiores e menores sem restrições (veja o exemplo 2). No exemplo 3, temos a base em que aplicaremos esses intervalos: a sequência A, F#m, D e E.


Agora, começaremos a aplicar a e a sobre a base.

  • Combinação 1: Usamos o intervalo de .

  • Combinação 2: Utilizamos o intervalo de , executado sobre a caixa da bateria nos tempos dois e quatro.

Combinação 1


Combinação 2



Na combinação 3, temos uma variação rítmica para o intervalo de e, na combinação 4, a mesma variação com o intervalo de . Esta variação é amplamente utilizada na Dance Music.

Combinação 3


Combinação 4


Essas são as primeiras ideias para a construção de frases. É essencial aplicar nossos estudos a um repertório. Tente trabalhar com um repertório que você goste de tocar.

Experimente utilizar essas variações, tocando os dois primeiros tempos com uma combinação e os dois últimos com outra. Também tente tocar a combinação apenas nos tempos 3 e 4.


Vídeo:


Abraços e até a próxima coluna, com mais aplicações de e !

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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Análise das linhas de baixo do álbum "Tales from Topographic Oceans" da banda Yes


Olá, pessoal!

Nesta semana, trago no site uma coluna especial sobre o trabalho de Chris Squire no álbum Tales from Topographic Oceans. Neste artigo, analisamos diversas linhas de baixo criadas por este lendário músico, explorando os aspectos harmônicos, melódicos e rítmicos que definem seu estilo único.

Esse material faz parte de um acervo cuidadosamente elaborado, que está disponível como apoio para as minhas aulas de contrabaixo, tanto presenciais quanto on-line. É uma excelente oportunidade para aprofundar seu conhecimento sobre as técnicas e a abordagem de um dos maiores baixistas do Rock Progressivo.

Além deste artigo, minha coleção inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria musical e análise, voltados para músicos que desejam expandir suas habilidades e compreensão do instrumento.

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Se tiver interesse em conhecer mais sobre o curso ou adquirir materiais de estudo, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Tales from Topographic Oceans - Yes



A banda britânica de rock progressivo Yes lançou seu sexto álbum de estúdio, Tales from Topographic Oceans, em 1973. Este álbum é visto como um dos mais ousados e ambiciosos da banda, espelhando a profundidade e complexidade do rock progressivo daquele período. O álbum, composto por apenas quatro faixas extensas, possui uma estrutura conceitual, onde cada segmento é inspirado em tópicos espirituais e filosóficos, fortemente influenciados pelo livro Autobiografia de um Yogi, de Paramahansa Yogananda.

O álbum é notável por sua extensa duração, com a faixa "Ritual (Nous Are One)" sendo uma das maiores já registradas pela banda. Cada uma das composições foi cuidadosamente estruturada, com letras e temas que exploram a busca espiritual, a natureza da existência e o despertar da consciência. Musicalmente, Tales from Topographic Oceans destaca-se pela habilidade técnica dos músicos, com solos intrincados de guitarra de Steve Howe, complexidade rítmica de Bill Bruford e o trabalho inovador de Chris Squire no contrabaixo, complementado pelas camadas harmônicas e melódicas criadas pelos teclados de Rick Wakeman e as vocais de Jon Anderson.

A obra foi recebida de forma mista, com alguns críticos destacando sua grandiosidade e originalidade, enquanto outros a consideraram excessivamente complexa e difícil de digerir. No entanto, Tales from Topographic Oceans tornou-se um marco na história do rock progressivo e uma das obras mais emblemáticas do Yes, consolidando sua posição como uma das bandas mais inovadoras da década de 1970.

Exemplo 1 - The Revealing Science of God


Este trecho corresponde à base da voz e é repetido durante a primeira parte da música, ocorrendo por volta de 3’05". Observe que, no primeiro tempo, há uma pequena variação na frase; para os outros trechos, tome como referência a linha do segundo compasso. A escala escolhida para construir esta frase é a pentatônica, e é importante prestar atenção ao uso do slide no segundo tempo. Este trecho exige grande velocidade do músico, uma vez que trabalha com sextinas e fusas, exigindo controle técnico e precisão na execução para manter a fluidez da performance.


Exemplo 2 - The Revealing Science of God


Este trecho se inicia aos 7'02" e corresponde à segunda base da voz. Foi construído utilizando os intervalos de fundamental, quarta e quinta dos respectivos acordes. Para entender melhor a frase, recomenda-se dividi-la a cada 1 tempo e meio, ou seja, ela começa no primeiro tempo e depois se repete a partir do contratempo do segundo tempo. Em várias músicas deste álbum, Chris Squire emprega esse tipo de raciocínio para construir suas linhas de baixo, sendo esses "deslocamentos" de tempo uma das principais características de seu estilo. Tais abordagens criam uma sensação de movimento e complexidade rítmica, algo que se torna uma marca registrada de sua técnica.


Exemplo 3 - The Remembering


Estes acordes correspondem a toda a introdução da música, com o baixista tocando as fundamentais correspondentes. Somente neste trecho, por volta de 2’00”, é que se inicia uma linha com frases no baixo. No primeiro acorde (Dm), Chris Squire utiliza a tríade nas cabeças de cada tempo, mas com uma pequena variação no terceiro tempo deste compasso, quando ele emprega a quarta como uma apogiatura para a quinta do acorde. No segundo compasso, é utilizada a escala Mi menor, que confere uma sonoridade distinta à linha. No terceiro compasso, o baixista repete a ideia do primeiro, substituindo a apogiatura por um slide entre as notas Sol e Lá, o que cria uma transição mais fluida e expressiva. Por fim, no quarto compasso, Squire utiliza a tríade de Mi menor para construir a frase, mantendo a coerência harmônica e adicionando variações rítmicas e melódicas que enriquecem a linha de baixo. Essa abordagem evidencia a habilidade do baixista em manipular acordes e escalas de maneira criativa e expressiva.


Exemplo 4 - The Remembering


Este trecho serve como base para um pequeno solo de steel-guitar, e o baixista construiu suas frases utilizando a fundamental, a quinta e a oitava. A construção da linha de baixo é simples em termos de intervalos, mas a complexidade reside na quantidade de notas que compõem a frase e no deslocamento da primeira nota em relação à cabeça do compasso. Este deslocamento cria uma sensação rítmica peculiar, o que adiciona um desafio técnico ao trecho. O baixista, portanto, não apenas trabalha com intervalos básicos, mas também com variações rítmicas que exigem precisão. Este trecho ocorre por volta de 10'19" e é fundamental para estabelecer a base harmônica e rítmica que suporta o solo da steel-guitar, mantendo a fluidez e a coesão na música.


Exemplo 5 - The Ancient


Este trecho corresponde à introdução do solo de teclado e ocorre por volta de 4’33”. A construção da frase utiliza apenas a fundamental e a oitava acima. A complexidade deste trecho está no fato de que a nota mais grave é acentuada juntamente com o bumbo, mas de forma aleatória, o que exige do baixista uma atenção cuidadosa ao posicionamento dos acentos. No exemplo transcrito, o baixista acentua a nota mais grave no primeiro e no quarto tempos do primeiro compasso, enquanto no segundo compasso o acento recai no segundo tempo. No terceiro compasso, o acento aparece no primeiro tempo, e no quarto compasso, novamente no segundo tempo. Essa variação rítmica exige precisão para garantir que os acentos estejam posicionados corretamente, mantendo a coesão rítmica com a bateria.


Exemplo 6 - The Ancient


Este trecho ocorre por volta de 7’02” e é uma frase executada por todos os instrumentos, utilizando contrapontos. O compasso está em 7/4, e o baixista toca todas as notas de forma staccato, o que adiciona uma percussividade à linha de baixo. A base harmônica é construída com a escala de Ré Maior, e o baixista utiliza a sétima menor (Dó) como uma blue note neste trecho. Esta nota é inserida para completar o cromatismo da frase, criando uma sonoridade mais expressiva e característica do estilo do músico. A utilização do staccato, combinada com a inserção da blue note, dá um caráter único à linha de baixo, que se destaca dentro da complexidade rítmica e contrapontística do trecho.


Exemplo 7 - Ritual


Este trecho corresponde a uma pequena parte da introdução e começa por volta de 2’12”. O baixista construiu a frase utilizando a escala mixolídia de Ré maior, com a nota Lá, que é a quinta do acorde, sendo a mais enfatizada neste trecho. A dificuldade da frase reside na variação rítmica empregada pelo baixista nas repetições, o que exige grande precisão e controle de timing. Quando a música transita para Dó maior, o baixista segue o mesmo conceito harmônico e rítmico para construir a frase, mantendo a consistência no estilo e na abordagem, o que demonstra a habilidade do músico em adaptar suas ideias dentro da progressão harmônica.


Exemplo 8 - Ritual


Este trecho ocorre por volta de 8’28” e se situa entre duas bases de voz. O baixista aproveita este pequeno interlúdio para realizar um solo de contrabaixo, utilizando uma técnica expressiva de slides durante a execução. A estrutura harmônica é baseada em dois acordes por compasso, mas o baixista utiliza apenas o segundo acorde como referência para a construção da frase. A escala pentatônica de cada um desses acordes é a base para a construção das frases, o que confere ao solo uma sonoridade sólida e coesa, ao mesmo tempo que permite uma boa variação melódica. O uso dos slides contribui para a fluidez da execução, demonstrando a habilidade do baixista em explorar a expressividade do instrumento dentro da harmonia proposta.


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segunda-feira, 26 de maio de 2025

Discografia - Fernando Tavares

   Olá pessoal!



Compartilho aqui alguns álbuns da minha discografia. Eles estão disponíveis gratuitamente nos serviços de streaming.

Deixo os links do Spotify, mas eles podem ser encontrados em outros serviços.

Apostrophe' Duo - Smoking Pipe - CD




Apostrophe' Trio - Apostrophe'  - CD



Medusa Trio - 10 Anos - CD




Medusa Trio - Peso Pesado - EP



Liar Symphony – Choosing The Live Side – CD/DVD




Dead Man Walking - All My Hate - CD



Hotspot Project – Volume 1 - CD



Lee Recorda - Olhando a Vida de Cima do Ponto Central  - CD




Maurício Fernandes - Alone in the night




Abraços e até a próxima postagem!

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Transcrição do Mês - King Crimson – Book of Saturday

  


Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna, escolhemos a música Book of Saturday da banda King Crimson com John Wetton no baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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King Crimson – Book of Saturday

John Wetton (1949–2017) foi um influente baixista, cantor e compositor britânico, amplamente conhecido por seu trabalho como membro das bandas de rock progressivo King Crimson, Asia e U.K. Nascido em 12 de junho de 1949, em Willenhall, Inglaterra, Wetton teve uma carreira musical notável, marcada por sua habilidade técnica e por sua voz distinta. Ele iniciou sua trajetória musical como baixista e vocalista em diversas bandas, antes de se destacar em King Crimson, onde tocou em álbuns icônicos como Larks' Tongues in Aspic (1973) e Red (1974).

Em 1981, Wetton co-fundou o supergrupo Asia, que se tornou um dos maiores nomes do rock progressivo dos anos 1980, com o álbum de estreia homônimo, que inclui hits como "Heat of the Moment." Além de seu trabalho em Asia, Wetton também foi membro de outras bandas como U.K. e passou por colaborações com artistas como Brian Eno e Robert Fripp. Seu estilo de tocar baixo era caracterizado pela técnica precisa e pelo uso criativo de efeitos, sendo um dos músicos mais respeitados do rock progressivo. Wetton faleceu em 31 de janeiro de 2017, deixando um legado duradouro no mundo da música.

Esta transcrição foi originalmente publicada na Bass Player Brasil, edição 65, de abril de 2017.

Clique aqui para o Link da transcrição 


Texto

John Wetton (12 de junho de 1949 – 31 de janeiro de 2017) foi um renomado baixista e cantor, atuando desde a década de 1970, quando ingressou na banda King Crimson, formando uma das cozinhas mais poderosas do rock progressivo ao lado do igualmente talentoso Bill Bruford. Esta parceria pode ser conferida em álbuns como Larks' Tongues in Aspic (1973), Starless and Bible Black (1974) e Red (1974), entre outros, que geraram canções como "Easy Money", "Starless", além das homônimas aos álbuns mencionados. Vale destacar que é particularmente interessante conferir algumas performances ao vivo da banda do período referido, para perceber a enorme capacidade de improvisação tanto do baixista quanto dos outros membros, registros esses disponíveis em álbuns como USA (1975) e The Great Deceiver (1992).

A dupla Wetton-Bruford também gravou o primeiro álbum do supergrupo U.K., que, além de Wetton e Bruford, contava com o tecladista e violinista Eddie Jobson, ex-integrante da banda de Frank Zappa, e o extraordinário guitarrista Allan Holdsworth. Com essa banda, Wetton registrou dois álbuns. Após o término do U.K., surgiu um novo supergrupo, o Asia, que contava com os ex-Yes Steve Howe (guitarra) e Geoff Downes (teclados), além de Carl Palmer (ex-EL&P). Rapidamente, o Asia se tornou uma das bandas mais populares do início dos anos 1980, devido aos hits "Only Time Will Tell" e "Heat of the Moment", este último sendo sem dúvida o maior sucesso comercial da carreira de Wetton.

Em todos os seus trabalhos, Wetton se destacou como um baixista versátil, cujas linhas de baixo demonstram grande vitalidade e fornecem uma sustentação harmônica sólida à música. Ele utilizava uma variedade de ferramentas, incluindo elementos característicos do rock, como quintas, oitavas e pentatônicas, mas também explorava outras escalas, como a escala diminuta (Domdim), além de cromatismos. Seu trabalho também se destacava pela incorporação de polirritmia e compassos pouco usuais, com um arsenal de elementos essenciais que permitiam a construção de diversas variações em suas linhas.

Para ilustrar o uso dessas ideias, podemos citar algumas canções do Asia ou da música "Red" do King Crimson, nas quais Wetton utiliza poucas notas para criar variações que acrescentam sustento e peso às composições. Já em linhas como as de "Starless" ou "Larks' Tongues in Aspic – Parte 2", Wetton trabalha com vozes unidas ou abertas, em parceria com guitarras e violinos, proporcionando variações interessantes para essas músicas.

Neste artigo, escolhi uma das linhas de contrabaixo mais belas criadas por Wetton, presente na música "Book of Saturday" do álbum Larks' Tongues in Aspic. Nessa linha, é possível perceber um músico maduro e no auge de sua criatividade, que cria um contraponto complexo em relação à guitarra e à sua linha vocal. Vale lembrar que a canção é construída apenas com baixo, voz e guitarra.

Na introdução, o baixista toca a fundamental e a quinta nos primeiros compassos. Na base vocal (compassos 5 a 12), ele utiliza a escala da tonalidade (Am) para construir as frases. No compasso 9, além de a fórmula de compasso variar para 5/4, Wetton utiliza um cromatismo para a nota E. Para o acorde de B7(b9), ele trabalha com a fundamental, a quinta e a oitava, prestando atenção ao sinal "Let Ring", que indica para deixar as notas soando. Na repetição da base vocal (compassos 13 a 20), o baixista explora novas melodias e cria uma linha completamente diferente da anterior. Embora ainda utilize a escala da tonalidade, cada linha segue um caminho próprio.

A partir do compasso 21, temos a ponte da música, que inicia com o V grau da tonalidade em uma progressão harmônica pouco usual. A linha de baixo trabalha com a escala de E mixolídio, e é possível perceber como o baixista trabalha com a tríade sobre o acorde de Bm, inserindo uma passagem com a nona. No interlúdio, durante um pequeno solo de violino, o baixista explora essencialmente a fundamental, quinta e oitava dos acordes, que são semelhantes aos usados na base vocal.

Nas demais bases da canção, as ideias são as mesmas, mas Wetton sempre insere novas abordagens utilizando os elementos apresentados anteriormente. Por fim, podemos concluir que esta linha de baixo é um exemplo claro de um músico extremamente musical e dedicado, que estudou a fundo as técnicas necessárias para criar um trabalho inovador.

Para mais informações sobre o meu trabalho, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

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segunda-feira, 19 de maio de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 11

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das semicolcheias e suas variações. O exercício proposto apresenta uma dificuldade técnica adicional, além de trabalhar a leitura rítmica. Por isso, é fundamental estudar com calma, concentrando-se em obter um som claro e preciso ao tocar no contrabaixo.

Estudos rítmicos


Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias, que correspondem a 1/4 de tempo no compasso 4/4. Ou seja, são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Neste estudo específico, trabalhamos com a figura rítmica que combina duas semicolcheias (1/4 de tempo cada) seguida de uma colcheia (1/2 tempo). Se houver dúvidas sobre como identificar essa figura, recomendo ouvir a música The Mirror do Dream Theater, por exemplo.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui, e na próxima coluna abordaremos as subdivisões de semicolcheia.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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Abraços,
Fernando Tavares

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quinta-feira, 15 de maio de 2025

Álbuns Clássicos - Queen - A Night at the Opera


Olá, pessoal!

Nesta semana, destacamos o álbum "A Night at the Opera" da banda Queen na coluna Álbuns Clássicos.

Este artigo faz parte da minha coleção de estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:
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Queen - A Night at the Opera

O quarto álbum da banda Queen, A Night at the Opera, é considerado por muitos como a maior obra-prima do grupo. Lançado em 21 de novembro de 1975, o disco inclui grandes sucessos, sendo o maior deles a icônica "Bohemian Rhapsody".

Considero John Deacon um dos maiores baixistas de rock de todos os tempos e, para quem não sabe, foi ele quem me inspirou a tocar contrabaixo. As composições do álbum são complexas e incorporam elementos da ópera, além de contar com uma produção impecável.

Faixas

  1. Death on Two Legs - Freddie Mercury - 3:43
  2. Lazing on a Sunday Afternoon - Freddie Mercury - 1:08
  3. I'm in Love with My Car - Roger Taylor - 3:05
  4. You're My Best Friend - John Deacon - 2:50
  5. '39 - Brian May - 3:25
  6. Sweet Lady - Brian May - 4:01
  7. Seaside Rendezvous - Freddie Mercury - 2:13
  8. The Prophet's Song - Brian May - 8:17
  9. Love of My Life - Freddie Mercury - 3:38
  10. Good Company - Brian May - 3:26
  11. Bohemian Rhapsody - Freddie Mercury - 5:55
  12. God Save the Queen - Tradicional, arr. Brian May - 1:11

Créditos

Freddie Mercury – Voz, Piano e Backing Vocal
Brian May – Violão, Guitarra, Koto, Ukulele, Harpa, Voz e Backing Vocal
Roger Taylor – Bateria, Gongo, Tímpano, Pandeiro, Voz, Efeitos de Guitarra e Backing Vocal
John Deacon – Contrabaixo e Piano

Roy Thomas Baker – Produção
Mike Stone – Engenharia de som
Gary Lyons – Engenharia de som
David Costa – Direção de arte


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segunda-feira, 12 de maio de 2025

Baixistas do Rock - Parte 2


Olá, pessoal!

Nesta semana, abordaremos alguns elementos essenciais de interpretação para os baixistas de rock. A falta da aplicação desses elementos pode comprometer a qualidade sonora e a pegada do contrabaixista. Esses aspectos são cruciais para a construção de uma sonoridade refinada e expressiva.

Este artigo faz parte de minha coleção de estudos, que abrange diversos tópicos relacionados ao contrabaixo, teoria musical e análise.

Para acessar alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, clique no seguinte link:

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Exercício 1

No exercício 1a, abordamos o hammer-on, que consiste em tocar uma nota utilizando apenas um dedo da mão esquerda. Toque a nota normalmente e, em seguida, pressione a casa 7 com o dedo anelar da mão esquerda para produzir a nota Mi, sem o auxílio da mão direita.

No exercício 1b, praticamos o pull-off. Toque a nota Mi normalmente e, em seguida, puxe o dedo anelar da mão esquerda para baixo, fazendo com que a nota seja produzida. É essencial que a nota já esteja pressionada antes de realizar o movimento de pull-off.


Exercício 2

No exercício 2, temos a escala de Sol Maior, tocada com hammer-on no movimento ascendente e, em seguida, com pull-off no movimento descendente.



Exercício 3

No exercício 3a, tocamos uma frase utilizando a Pentatônica de Dó maior de forma tradicional. No exercício 3b, a mesma frase é tocada empregando hammer-on e pull-off. Note a diferença de sonoridade entre as duas abordagens. É interessante observar que ambos os elementos podem ser aplicados na mesma frase.


Esses elementos de interpretação foram amplamente explorados por diversos baixistas ao longo de suas trajetórias. A seguir, uma lista de músicas recomendadas para estudo, nas quais você pode perceber a aplicação desses recursos:

  • Alice In Chains – "Would?"
  • Red Hot Chili Peppers – "Emit Remus", "Californication"
  • The Beatles – "Taxman", "Don’t Let Me Down", "Come Together", "Drive My Car"
  • Um pouco mais avançado:
    • Primus – "Sgt. Baker", "American Life"
    • Allan Holdsworth – "Road Games", entre outras.

Exercício 4

No exercício 4, exploramos as músicas "Come Together" e "Drive My Car" dos The Beatles, interpretadas pelo baixista Paul McCartney, para exemplificar os conceitos discutidos nesta coluna.



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