quinta-feira, 15 de maio de 2025

Álbuns Clássicos - Queen - A Night at the Opera


Olá, pessoal!

Nesta semana, destacamos o álbum "A Night at the Opera" da banda Queen na coluna Álbuns Clássicos.

Este artigo faz parte da minha coleção de estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:
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Queen - A Night at the Opera

O quarto álbum da banda Queen, A Night at the Opera, é considerado por muitos como a maior obra-prima do grupo. Lançado em 21 de novembro de 1975, o disco inclui grandes sucessos, sendo o maior deles a icônica "Bohemian Rhapsody".

Considero John Deacon um dos maiores baixistas de rock de todos os tempos e, para quem não sabe, foi ele quem me inspirou a tocar contrabaixo. As composições do álbum são complexas e incorporam elementos da ópera, além de contar com uma produção impecável.

Faixas

  1. Death on Two Legs - Freddie Mercury - 3:43
  2. Lazing on a Sunday Afternoon - Freddie Mercury - 1:08
  3. I'm in Love with My Car - Roger Taylor - 3:05
  4. You're My Best Friend - John Deacon - 2:50
  5. '39 - Brian May - 3:25
  6. Sweet Lady - Brian May - 4:01
  7. Seaside Rendezvous - Freddie Mercury - 2:13
  8. The Prophet's Song - Brian May - 8:17
  9. Love of My Life - Freddie Mercury - 3:38
  10. Good Company - Brian May - 3:26
  11. Bohemian Rhapsody - Freddie Mercury - 5:55
  12. God Save the Queen - Tradicional, arr. Brian May - 1:11

Créditos

Freddie Mercury – Voz, Piano e Backing Vocal
Brian May – Violão, Guitarra, Koto, Ukulele, Harpa, Voz e Backing Vocal
Roger Taylor – Bateria, Gongo, Tímpano, Pandeiro, Voz, Efeitos de Guitarra e Backing Vocal
John Deacon – Contrabaixo e Piano

Roy Thomas Baker – Produção
Mike Stone – Engenharia de som
Gary Lyons – Engenharia de som
David Costa – Direção de arte


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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 12 de maio de 2025

Baixistas do Rock - Parte 2


Olá, pessoal!

Nesta semana, abordaremos alguns elementos essenciais de interpretação para os baixistas de rock. A falta da aplicação desses elementos pode comprometer a qualidade sonora e a pegada do contrabaixista. Esses aspectos são cruciais para a construção de uma sonoridade refinada e expressiva.

Este artigo faz parte de minha coleção de estudos, que abrange diversos tópicos relacionados ao contrabaixo, teoria musical e análise.

Para acessar alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, clique no seguinte link:

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Exercício 1

No exercício 1a, abordamos o hammer-on, que consiste em tocar uma nota utilizando apenas um dedo da mão esquerda. Toque a nota normalmente e, em seguida, pressione a casa 7 com o dedo anelar da mão esquerda para produzir a nota Mi, sem o auxílio da mão direita.

No exercício 1b, praticamos o pull-off. Toque a nota Mi normalmente e, em seguida, puxe o dedo anelar da mão esquerda para baixo, fazendo com que a nota seja produzida. É essencial que a nota já esteja pressionada antes de realizar o movimento de pull-off.


Exercício 2

No exercício 2, temos a escala de Sol Maior, tocada com hammer-on no movimento ascendente e, em seguida, com pull-off no movimento descendente.



Exercício 3

No exercício 3a, tocamos uma frase utilizando a Pentatônica de Dó maior de forma tradicional. No exercício 3b, a mesma frase é tocada empregando hammer-on e pull-off. Note a diferença de sonoridade entre as duas abordagens. É interessante observar que ambos os elementos podem ser aplicados na mesma frase.


Esses elementos de interpretação foram amplamente explorados por diversos baixistas ao longo de suas trajetórias. A seguir, uma lista de músicas recomendadas para estudo, nas quais você pode perceber a aplicação desses recursos:

  • Alice In Chains – "Would?"
  • Red Hot Chili Peppers – "Emit Remus", "Californication"
  • The Beatles – "Taxman", "Don’t Let Me Down", "Come Together", "Drive My Car"
  • Um pouco mais avançado:
    • Primus – "Sgt. Baker", "American Life"
    • Allan Holdsworth – "Road Games", entre outras.

Exercício 4

No exercício 4, exploramos as músicas "Come Together" e "Drive My Car" dos The Beatles, interpretadas pelo baixista Paul McCartney, para exemplificar os conceitos discutidos nesta coluna.



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Desejo bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 5 de maio de 2025

Harmonia - Aula 04 - Classificação dos Intervalos

Olá, Pessoal!

Estamos de volta com a quarta parte da matéria de harmonia. Nesta coluna, vamos abordar a classificação dos intervalos.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Classificação dos Intervalos

Os intervalos são contados a partir de uma nota de referência, chamada de Fundamental ou Tônica. Nos primeiros estudos, consideraremos a nota Dó como a fundamental.

Uma escala contém sete notas, que são nomeadas com base no intervalo entre elas. A 1ª nota recebe o nome de Fundamental e as demais são numeradas da seguinte forma: 2ª (Segunda), 3ª (Terça), 4ª (Quarta), 5ª (Quinta), 6ª (Sexta) e 7ª (Sétima).

Considerando a nota Dó como a fundamental, temos a seguinte relação de intervalos:

  • Dó para Ré = 2ª (Segunda)
  • Dó para Mi = 3ª (Terça)
  • Dó para Fá = 4ª (Quarta)
  • Dó para Sol = 5ª (Quinta)
  • Dó para Lá = 6ª (Sexta)
  • Dó para Si = 7ª (Sétima)

Os intervalos podem ser classificados como maiores, menores, justos, diminutos ou aumentados. Aqui está a classificação básica:

  • Intervalos de 2ª, 3ª e 6ª são considerados maiores.
  • Intervalos de 4ª e 5ª são considerados justos.
  • Intervalo de 7ª é considerado menor, sendo a sétima maior grafada com a letra M maiúscula ou o sinal de +.

Veja abaixo um estudo prático dos intervalos da escala maior.


Alterações dos Intervalos

Esses intervalos podem ser alterados no sentido ascendente ou descendente:

  • Intervalos maiores:

    • Quando alterados ascendentemente, tornam-se aumentados.
    • Quando alterados descendentemente, tornam-se menores.
  • Intervalos justos:

    • Quando alterados ascendentemente, tornam-se aumentados.
    • Quando alterados descendentemente, tornam-se diminutos.
  • Intervalo de sétima:

    • Quando alterado ascendentemente, é chamado de maior.
    • Quando alterado descendentemente, é chamado de diminuto.

Estude com calma essa parte teórica, pois ela é fundamental para o seu desenvolvimento como músico. Compreender os intervalos é a chave para entender como as relações harmônicas acontecem.


Vídeo:


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segunda-feira, 28 de abril de 2025

Matéria "Lugar de Baixo é na Cozinha"


Olá, pessoal!

Nesta semana, trago uma coluna especial que escrevi para a antiga revista Coverbaixo, na qual analiso as principais características das linhas de baixo do Rock Progressivo.

Este artigo faz parte da minha coleção, composta por diversos estudos sobre contrabaixo, teoria musical e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:
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"Lugar de Baixo é na Cozinha"

A principal característica da cozinha do Rock Progressivo é a precisão. Bateria e contrabaixo atuam em perfeita sincronia rítmica, oferecendo suporte sólido às frases elaboradas por guitarras e teclados. Nesse estilo, são comuns as mudanças de fórmula de compasso e a utilização de frases rítmicas complexas nas levadas.

Embora existam várias bandas influentes no gênero, as características da seção rítmica variam significativamente de acordo com os músicos ou a banda em questão.

No contrabaixo, o baixista frequentemente desenvolve linhas que contrapõem a melodia principal ou estabelece uma linha fixa baseada na harmonia, delegando a construção harmônica aos outros instrumentos. Para criar essas linhas, os baixistas exploram uma ampla variedade de escalas, com destaque para a escala maior, a menor natural, a menor harmônica e a pentatônica. Também é comum o uso de acordes, arpejos e outros elementos técnicos, habilmente empregados pelos mestres deste instrumento no estilo.

Já os bateristas integram a parte rítmica às frases do contrabaixo ou à melodia da música, utilizando linhas básicas como fundamento e introduzindo variações criativas. É importante destacar que, ao trabalhar com compassos alternados, os bateristas no Rock Progressivo geralmente seguem a estrutura temática da música, evitando "quebras" rítmicas aleatórias, como ocorre em outros gêneros.

O Rock Progressivo é amplamente reconhecido como um dos estilos mais desafiadores, tanto para tocar quanto para compor ou compreender. Ele exige dos músicos um alto nível de dedicação e habilidade, tanto na parte harmônica quanto na rítmica.

Recomendo o estudo de materiais específicos sobre compassos alternados, além de dedicar tempo à audição das bandas que consolidaram este gênero como um dos mais fascinantes na música contemporânea.

Long Distance Runaround

Esta música apresenta, na minha opinião, uma das “cozinhas” mais impressionantes do Rock Progressivo, composta pelo baixista Chris Squire e pelo baterista Bill Bruford. Lançada no álbum Fragile em 1972, o trabalho desenvolvido por esses dois músicos, especialmente nesta faixa, é absolutamente extraordinário.

O trecho transcrito corresponde à introdução da música, que retorna mais tarde no interlúdio. O tema inicial é executado pela guitarra e pelo teclado, enquanto o contrabaixo e a bateria estabelecem a base rítmica com uma célula contínua de colcheias. Embora neste trecho não ocorram mudanças na fórmula de compasso, a acentuação rítmica é feita sempre no contratempo do compasso anterior.

Outro aspecto notável é a forma musical deste trecho, que se desenvolve em nove compassos, algo incomum, já que partes musicais são frequentemente estruturadas em múltiplos de quatro. Essa variação deve-se aos três compassos finais, nos quais a “cozinha” do Yes utiliza uma de suas características marcantes: notas pontuadas (neste caso, semínimas). Esse recurso cria a sensação de um rallentando no final, conhecido tecnicamente como hemíola, e é executado com extrema precisão por Squire e Bruford.

A linha de baixo é construída sobre a escala de Dó Mixolídio, destacando-se o Fá sustenido, que funciona como uma blue note. No final do trecho, as notas fundamentais dos acordes correspondentes são utilizadas para reforçar a harmonia. Por sua vez, a linha de bateria emprega semínimas na condução, com caixas e bumbos acentuando os contratempos. Essa abordagem, frequentemente adotada por Bill Bruford, gera uma sensação intrigante de que ele está tocando “fora do tempo”, adicionando complexidade e riqueza rítmica à peça.



The Spirit of Radio

Esta talvez seja a “cozinha” mais icônica do Rock Progressivo, formada pelo baixista Geddy Lee e pelo baterista Neil Peart. Ambos músicos de técnica impressionante, construíram linhas marcantes e complexas que são referência no gênero.

O trecho transcrito corresponde à introdução da música The Spirit of Radio, presente no álbum Permanent Waves de 1980. Nesta faixa, os músicos criaram uma linha rica em frases desafiadoras e com o uso de várias fórmulas de compasso. Particularmente, a parte rítmica deste trecho merece atenção especial, pois é, na minha opinião, a mais difícil de compreender. Ela emprega semicolcheias e tercinas de semicolcheia, equivalentes a seis notas dentro de um tempo, exigindo precisão técnica.

O baixista Geddy Lee utiliza a escala de Ré maior para construir sua linha. É fundamental prestar atenção à duração das notas: elas devem ser executadas com o som cortado de acordo com o valor indicado, garantindo clareza e definição.

Já o baterista Neil Peart explora quase todas as peças da bateria, distribuindo as notas entre elas para criar frases complexas. No trecho analisado, ele não apresenta uma levada fixa, mas sim uma abordagem mais solta, destacando sua criatividade rítmica.

Recomendo estudar este trecho com muita paciência, pois sua execução é extremamente desafiadora. Trabalhe para limpar as notas e toque preferencialmente junto com um baterista. Quando alcançar a velocidade original da música, certifique-se de que as notas estejam limpas e precisas, evitando atrasos ou adiantamentos. Além disso, mantenha a pegada firme, pois a precisão é a principal característica deste estilo.


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