quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Artigos & Resenhas - CD Preces e Tentações/Pepe Bueno & Os Estranhos - Por Luiz Domingues

 

Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o álbum Preces e Tentações/Pepe Bueno & Os Estranhos.

A matéria original pode ser encontrada neste link.

http://luiz-domingues.blogspot.com/2019/09/cd-preces-e-tentacoes-pepe-bueno-os.html

Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.

Um breve release do Luiz feito pelo próprio:

Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.

Sem mais, vamos ao texto do Luiz:

CD Preces e Tentações/Pepe Bueno & Os Estranhos - Por Luiz Domingues



Artista inquieto por natureza, o baixista, cantor e compositor, Pepe Bueno sempre portou-se sob extremo entusiasmo na sua relação ao Rock, desde o tempo em que esteve à frente do Tomada, uma banda que escreveu belas páginas na história do Rock brasileiro, a partir do final dos anos noventa. 

Com o Tomada a trabalhar com força total, Pepe achou uma brecha para lançar um álbum solo em 2008, denominado: “Nariz de Porco Não Tem Tomada”, um dito popular a provocar uma brincadeira com a sua própria banda. Alguns anos depois, eis que Pepe retornou a movimentar a sua carreira solo, quando lançou o CD “Eu, o Estranho”, o seu segundo álbum solo, em 2016. 

Desta feita, porém, a despeito da atividade do Tomada continuar com força na ocasião, o segundo disco solo trouxe uma nova possibilidade para Pepe, além de um uma simples vazão para a sua energia criativa extra-banda, ao ser exercida a contento. Isso por que tal álbum inspirou o avanço de uma carreira solo com maior ênfase e para tal, o artista batizou doravante tal trabalho como: “Pepe Bueno & Os Estranhos”. 

Para ler pela primeira vez ou reler a resenha que elaborei sobre o álbum anterior: “Eu, o Estranho”, eis o Link disponível em meu Blog 1:  


Nesse ínterim, Pepe Bueno lançou diversos vídeoclips, pois entre outros atributos pessoais, ele é também um experiente editor de peças audiovisuais. 


Recentemente, 2019, eis que Pepe anunciou o lançamento de mais um álbum, sob a chancela, “Pepe Bueno & Os Estranhos”, e denominado: “Preces & Tentações”. Cercado por um batalhão de músicos geniais, não haveria possibilidade desse novo trabalho não atender a expectativa natural da parte de qualquer ouvinte que esteja a acompanhar a carreira solo de Pepe Bueno, à frente de seus talentosos e “estranhos” (no ótimo sentido), companheiros de jornada, ou mesmo dos trabalhos do Tomada e para ir além, ao citar esses artistas que dão-lhe o devido suporte, ao pensar-se em cada um, individualmente, em face de seus trabalhos a bordo de bandas significativas e em alguns casos, algumas a revelar-se históricas.

Posto isso, cabe dizer que sim, “Preces & Tentações”, atende prontamente as expectativas geradas em torno de uma coleção de boas canções pautadas pelas melhores referências do passado nobre do Rock, a observar não apenas o aspecto em torno da estética escolhida para assim poder expressar-se, mas também através da fidedignidade da formatação musical em relação aos arranjos individuais da parte dos instrumentistas e cantores envolvidos no bojo da obra. 

E ao ir além, sobre a questão da temática das letras, realça-se a preocupação de Pepe e de seus Estranhos, no sentido em buscar os melhores timbres, o melhor áudio e nesse particular, arrole-se entre os “estranhos”, também a participação especial dos técnicos de gravação, mixagem e masterização do trabalho, envolvidos, indelevelmente comprometidos com as mesmas ideias artísticas.

O mesmo pode-se afirmar sobre o aparato gráfico do trabalho ao mencionar o trabalho de ilustração/lay-out da capa do álbum. 

Bastante provocativa, a imagem de uma freira estilizada com detalhes que sugerem traços fisionômicos reptilianos, avança sobre o conceito do realismo fantástico em uma primeira instância, no entanto, logicamente abre a possibilidade para diversas interpretações análogas. 

Desenho criativo, sem dúvida, também faz jus à questão da estranheza em si, ou seja, a tratar-se de um conceito que inspirara o título do álbum anterior de Pepe (“Eu, o Estranho”), e por ter ficado tão forte no imaginário proposto pelo artista, eis que batizou a sua banda de apoio, posteriormente. 

Criação e lay-out de Sandro Saraiva, certamente que é um cartão de visita sob o ponto de vista visual, a revelar-se atrativo para o álbum.

Sobre as canções, é preciso acrescentar mais algumas observações pertinentes. Enquanto o leitor continua a acompanhar a resenha, convido-o a escutar o álbum, na íntegra, através do link abaixo, no YouTube:


“Respira” 

Tratada como uma vinheta, essa faixa com pequena duração é marcada fortemente pelo experimentalismo explícito. Mediante uma linha mestra proporcionada pelo baixo, no sentido de um "looping", dá-se a margem ideal para que os outros instrumentos participantes aventurem-se em voos, caso dos teclados e das guitarras em sobreposição e devidamente sustentadas por uma linha de bateria a buscar um certeiro sentido tribal. 

Lembra de certa forma, o Space-Rock da transição dos anos 1960, para a década de 1970, além do Krautrock germânico mais radical da década de setenta. Vozes a balbuciar palavras aparentemente desconexas, ajudam a manter o clima em tom da estranheza generalizada e certamente a mostrar-se como uma introdução perfeita para uma banda que observa a estranheza como o seu mote. Entretanto, isso é uma pista falsa se o ouvinte está a conhecer esse trabalho pela primeira vez, pois a seguir, o trabalho expressa na continuidade do álbum, a característica mais Pop da música convencional e com muitos méritos.

“Calma”

Trata-se de uma bela balada, com uma melodia agradabilíssima, e cuja vocalização principal foi defendida por um grande parceiro de Pepe, na figura do cantor, guitarrista & compositor, Fernando Ceah. Não consta na ficha técnica uma especificação formal e elucidativa, mas ao levar em conta que Ceah é um grande letrista, é possível que tal letra tenha sido a sua contribuição à canção, visto que ele é coautor da música junto à Pepe e também a contar com o baterista superb, Junior Muelas. 

O backing vocals com a palavra: “calma”, a intercalar e a comandar o refrão central, é muito bom. Tem tudo a ver com a menção feita na faixa anterior, que chama-se: “respira”, ou seja, respirar e acalmar-se talvez seja a única solução para enfrentarmos a loucura diária, imposta-nos em torno das agruras da sociedade pautada pelo mega consumo, e assim criada para justificar a preocupação em ter que honrar os boletos que mandam-nos diariamente em nossas respectivas residências. Em suma, só resta mesmo ao cidadão comum, buscar acalmar-se para que não sucumba ao colapso nervoso total. 

Na parte musical, é adorável o uso de bases com farto uso da caixa Leslie. Contra-solos inspirados de guitarra, pincelam a canção a colori-la muito bem. 

A levada da cozinha é flutuante. O cowbell inserido como detalhe percussivo, segue essa ideia da simplicidade, mas é na singeleza que tais sutilezas realçam-se com muita felicidade. Uma parte inspirada no Hard-Rock é muito bonita, com peso, mas não mostra-se desmesurado, ao manter-se melódico, portanto. O apoio do órgão Hammond também é discreto, mas muito eficaz.

“E com fé eu vou... das seis às seis eu tenho meta a cumprir... calma... calma... calma”

“Esconderijo”

Eis aqui um canção a conter um sentido R’n’B, bem forte, por investir em uma ótima melodia. Lembrou-me bastante o trabalho do grupo britânico, "Faces", no início dos anos setenta, mas claro, essa colocação é uma mera impressão pessoal de minha parte, e portanto não significa que Pepe Bueno & Os Estranhos tiveram tal inspiração exatamente como eu intuí. Sob um instrumental excelente, dá-se a margem para que Pepe a cante com desenvoltura e coloque à disposição do ouvinte, o seu bom baixo, com tranquilidade, igualmente.

“Vida”

É interessante o seu início, a mostrar-se bluesy, com o piano e o baixo a mantê-la amena, sob uma batida marcada pelos tambores, predominantemente, na bateria. 

O solo de guitarra é muito melódico e ao mesmo tempo encorpado pelo excelente trabalho de áudio a garantir-lhe um timbre memorável. Excelente também se mostra a participação dos teclados, inclusive a apresentar a inserção do mellotron, um tipo de timbre ultra identificado com as décadas de 1960 & 1970, e que sempre enriquece sobremaneira qualquer trabalho com tal intenção em demarcar as influências do melhor do Rock.

“Último Dia de Verão“

Eis aqui, ótimo trabalho com violões, mesclados com as guitarras. Evoca-se a riqueza musical do Southern Rock, sem dúvida. Mediante o uso dos teclados com muita propriedade, a conter uma ótima linha de baixo e sob uma melodia muito boa, eis aqui, uma canção muito boa em todos os quesitos.

“Cá, Entre Nós”

Uma balada Bluesy, lenta e introspectiva, e que contém novamente um aparato instrumental de primeira linha. Teclados, guitarras, violão, baixo e bateria em perfeita sintonia, ofertam em sintonia, uma amálgama perfeita para a melodia vocalizada fluir e narrar uma história de amor, para citar logradouros paulistanos, ou seja, a conter uma urbanidade perfeita.

“Não Muda Mais” (Você é uma Maluca)

Conduzida pela voz rasgada do cantor & guitarrista, Xande Saraiva, trata-se de um Blues-Rock vigoroso, com ótima instrumentação. Tem muito a ver com os primórdios da carreira do Tomada, portanto, é uma raiz natural de Pepe Bueno, a mostrar-se sempre presente em sua obra, que bom. 

Uma novidade interessante, no release do álbum, é mencionada a existência de três faixas adicionais, que serão disponibilizadas a posteriori, quando o álbum for lançado em formato físico, em CD tradicional. Tratam-se de: “Tempo, Um Mundo Diferente”, “África” e a releitura de uma canção de Guilherme Arantes, “Estranho”. Este álbum foi produzido em vários estúdios, daí a existência de vários endereços na ficha técnica.

Eis então um novo álbum de Pepe Bueno & Os Estranhos, a mostrar uma continuidade sólida em relação ao trabalho anterior, e que eu recomendo, certamente.

Gravado nos estúdios: Orra Meu, Carlini’s Studio, Casa 88 e Curumim, de São Paulo-SP e também no estúdio Área 13 de São José do Rio Preto-SP

Técnicos de gravação (captura): Marcello Schevano, Gustavo Barcellos, Rafael Magno, Gabriel Martini, Roy Carlini, Fernando Ceah, Claudio “Moko” Costa e Alberto Sabella
Mixagem: Pepe Bueno e Gabriel Martini
Masterização: Renato Copolli
Capa (Arte-final e Lay-Out): Sandro Saraiva
Fotos: Cristina Piratininga Jatobá e Marcelo Creelece
Produção Geral: Pepe Bueno
Selo: Curumim

Pepe Bueno & Os Estranhos:
Pepe Bueno: Baixo, Voz, Guitarra, Violão e Lap Steel
Pi Malandrino: Guitarra
Alberto Sabella: Teclados e Trutuka (um instrumento de sopro)
Junior Muelas: Bateria e Percussão
Xande Saraiva: Guitarra e Voz
Roy Carlini: Guitarra
Rodrigo Hid: Teclados
Caio Lobo: Voz
Marcello Schevano: Guitarra
Gabriel Martini: Bateria
Claudio “Moko” Costa: Guitarra
Chico Marques: Voz
Fernando Ceah: Voz

Para conhecer melhor o trabalho de Pepe Bueno & Os Estranhos, acesse:

Multi Link para escutar o álbum em diversas plataformas digitais : 



Contato direto com Pepe Bueno via E-mail: 
peperockista@gmail.com 

Página de Pepe Bueno no Facebook:  


Site oficial de Pepe Bueno: 


É isso aí pessoal!
Espero que gostem desta resenha e principalmente, curtam o trabalho do Pepe
Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 25 de janeiro de 2022

Harmonia aplicada no contrabaixo - Acordes - Parte 01


Olá pessoal!

Nesta semana iniciamos uma série de colunas sobre acordes aqui no site.

Estas colunas saíram originalmente pela antiga revista Bass Player Brasil e fazem parte do material de apoio utilizado em minhas aulas de contrabaixo presencial e a distância.

Para maiores informações sobre as aulas, entre em contato pelo e-mail femtavares@gmail.com

ACORDES (PARTE 1) – Tríades – Acordes com três Vozes


Originalmente o contrabaixo sempre foi utilizado como um instrumento melódico (tocava uma nota de cada vez), mas com o passar do tempo e a evolução natural do instrumento, baixistas como Jeff Berlin, Jimmy Johnson,  Cliff Burton, Michael Manring, entre tantos outros passaram a utilizar algumas ideias com acordes. Temos obviamente que pensar em algumas diferenças que o contrabaixo possui em relação ao violão por exemplo, como a quantidade de cordas, sendo que temos na maioria das vezes duas cordas a menos. Isto pode ser resolvido com um contrabaixo de 6 cordas, mas este assunto fica para as próximas matérias, aonde passarei modelos de acordes para instrumentos de 5 e 6 cordas. Uma outra diferença importante é em relação a quantidade de vozes que colocamos nos acordes, no contrabaixo é um problema sério montar acordes com muitas vozes, pois tende a “embolar” o grave. 
Em colunas posteriores passarei algumas ideias de arranjos solos e vocês perceberão que escolher a quantidade de vozes faz uma diferença enorme. Bom, enquanto não chegamos lá, vamos trabalhar com os acordes utilizando três vozes, pensando por enquanto apenas nas notas das tríades. Todos os nossos exemplos tem como fundamental a nota D, não passarei teorias, pois suponho que vocês já estudaram estes assuntos em revistas anteriores.

Modelo 1

O modelo 1 (figura 1) possui o desenho básico, ficando os acordes com uma sequencia simples, com os intervalos de F, 3 e 5. Temos as tríades de D (F, 3, 5), Dm (F, b3, 5), D+ (F, 3, #5) e Ddim (F, b3, b5)*.
*esta cifra sempre nos pede o uso de uma tétrade, mas vamos omitir a sétima em nossos estudos por enquanto.



Estudem estes modelos, na próxima coluna teremos novos modelos para estudar.

Abraços!

quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Técnicas Para Contrabaixo – Notas Abafadas – Parte 1


Olá pessoal!

Nesta semana temos a primeira coluna sobre a técnica de abafado aqui no site. Serão seis colunas a respeito desta fascinante técnica, muito utilizada em diversos estilos musicais, principalmente naqueles em que temos muito suingue na linha do baixo.
Alguns pensam que os abafados são exclusivos de ritmos como o soul ou o samba, por exemplo, mas eu acredito que os grandes baixistas utilizam técnicas vindas de outros estilos e até de outros instrumentos para construir a sua linguagem, portanto eu não acredito que qualquer assunto abordado em nosso instrumento será exclusivo de um determinado estilo. 
As "notas abafadas" ou "muted notes", também são conhecidas como "Ghost Notes", "Dead Notes", "Notas Fantasmas" e "Notas Mortas".

Técnica


Para conseguir o som abafado é necessário colocar os dedos da mão esquerda sobre a corda desejada sem pressioná-la, a ideia é que não saia nenhum tipo de nota, por isso aconselho o uso do máximo de dedos possíveis, para evitar que soe algum ruído indesejável. 
O abafado é grafado na pauta com a letra "X" e pode ser colocado sobre uma determinada nota ou simplesmente sobre a altura que identifica a corda solta na pauta, eu particularmente prefiro usar a notação grafando sobre a corda solta. Na tablatura é colocado um "X" sobre a corda onde será executado o abafado.
Nos exercícios a fórmula de compasso é 4/4 portanto as notas possuem os valores mais comuns para elas, a semínima valerá 1 tempo, a colcheia 1/2 tempo e a semicolcheia 1/4 de tempo.

Exercício 1 

No exercício 1, a aplicação será feita sobre a célula rítmica de semínima, utilizando a fundamental dos acordes de Em7 e A7, sendo que no primeiro tempo será tocada a nota normal e no segundo tempo a corda Lá abafada, no terceiro tempo novamente é tocada uma nota normal e no quarto o abafado, esta ideia se repete no segundo compasso.


Exercício 2

No exercício 2, a ordem da execução é invertida em relação ao exercício 1, sendo executada a nota abafada primeiramente e depois a nota normal. Os acordes continuam os mesmos.


Exercício 3

Neste exercício 3, a divisão utilizada é a colcheia e aplicaremos a nota normal no tempo e o abafado no contratempo. Os acordes ainda são os mesmos Em7 no primeiro compasso e A7 no segundo.


Exercício 4

No exercício 4, a ordem é invertida com o abafado sendo tocado no tempo e a nota normal no contratempo. Preste atenção para não colocar a nota na cabeça do tempo.


Estude com calma a técnica e prestando atenção na sonoridade que está sendo extraída do instrumento. É importante que o abafado saia com a mesma dinâmica que uma nota com som deva soar.

Vídeo



Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Transcrição do Mês - Guns N'Roses - Welcome To The Jungle


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da linha de contrabaixo da música "Welcome To The Jungle" da banda Guns N'Roses com o baixista Duff McKagan disponível gratuitamente no meu site.

Link para Transcrição Completa - Clique aqui

Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Bons estudos e até a próxima coluna!

segunda-feira, 17 de janeiro de 2022

Como criar linhas de baixo com Two Hands


Olá pessoal!

Nesta semana temos um vídeo no qual eu mostro como criar algumas linhas de contrabaixo utilizando a técnica de Two Hands.
 O estudo dos principais parametros técnicos e teóricos da música e do instrumento são sempre validados quando utilizados na nossa prática musical.

São dois exemplos de utilização, os quais foram extraídos da música Ilusões (Incluindo Sonhos e Realidade) lançada no primeiro álbum do Apostrophe' Trio.

Vídeo



Exemplo 1


Exemplo 2


Assistam o vídeo e tentem criar as suas próprias linhas de contrabaixo.
Um abraço e até a próxima coluna!

quinta-feira, 13 de janeiro de 2022

Sugestão do Mês - Frank Zappa - Hot Rats


Olá pessoal!

Nesta semana temos um vídeo sobre o álbum Hot Rats do Frank Zappa.

Lançado em 10 de Outubro de 1969, o álbum Hot Rats é o segundo álbum solo de Frank Zappa e foi o primeiro lançamento após a dissolução do Mothers of Invention, sua conceituada banda. Neste álbum o único músico do Mothers que trabalhou com Zappa foi Ian Underwood. Este álbum é quase todo instrumental, sendo a única música cantada "Willie The Pimp", que conta com Captain Beefheart nos vocais.
Como em quase todos os álbuns de sua carreira Zappa compôs todas as canções e também foi o produtor deste álbum.
O álbum tem como destaque a genial Peaches and Regalia, uma das músicas mais conhecidas de Zappa e também outras faixas como Son of Mr. Green Genes e seus maravilhosos improvisos no melhor formato das canções de Jazz e a maravilhosa Little Umbrelas.
Muitos consideram este um dos primeiros álbuns de Jazz/Rock da história, fato ao qual devo concordar visto que, em todas as canções temos diversos elementos que derivam dos dois estilos.


Músicas
01 - Peaches en Regalia - 3:38
02 - Willie the Pimp - 9:16
03 - Son of Mr. Green Genes - 9:00
04 - Little Umbrellas - 3:04
05 - The Gumbo Variations - 16:56
06 - It Must Be a Camel - 5:15

Créditos
Frank Zappa - guitarra , octave bass, percussão
Ian Underwood - piano , flauta , todos os clarinetes , todos os saxofones
Capitão Beefheart - vocais em "Willie the Pimp"
Max Bennett - baixo em todas as faixas, exceto "Peaches en Regalia"
Shuggie Otis - baixo em "Peaches en Regalia"
John Guerin - bateria em "Willie the Pimp", "Little Umbrellas" e "It Must Be a Camel"
Paul Humphrey - bateria em "Son of Mr. Green Genes" e "The Gumbo Variations"
Ron Selico - bateria em "Peaches en Regalia"
Don "Sugarcane" Harris - violino em "Willie the Pimp" e "The Gumbo Variations"
Jean-Luc Ponty - violino em "It Must Be a Camel"


Para quem quiser escutar o álbum no spotify


Abraços e bons estudos!

Técnicas para Contrabaixo - Mini-Curso - Two Hands


Olá Pessoal!
Em anos anteriores eu lancei alguns mini-cursos aqui no site.
Irei postar alguns deles aqui para vocês.
Este é o mini curso com a técnica de Two-Hands

Aula 01


Aula texto completa:
http://www.femtavares.com.br/2011/01/two-hands-1.html

Vídeo aula


Aula 02


Aula texto completa:
http://www.femtavares.com.br/2011/03/two-hands-2.html

Vídeo aula


Aula 03


Aula texto completa:
http://www.femtavares.com.br/2011/05/two-hands-3.html

Vídeo aula

Aula 04


Aula texto completa:
http://www.femtavares.com.br/2011/07/two-hands-4.html

Vídeo aula


Estude as colunas com calma, assistindo aos vídeos e estudando pela transcrição dos exercícios.
Abraço e bons estudos!

terça-feira, 11 de janeiro de 2022

Estudos de Jazz - Parte 13 - Improvisação com Tétrades


Olá Pessoal!

Estamos de volta com mais uma coluna sobre Jazz.
Nesta coluna utilizaremos um elemento que eu considero fundamental para a improvisação dentro do Jazz, que são as tétrades.
Em matérias anteriores eu passei alguns estudos voltados para a utilização das tétrades em sua maneira mais simples. Agora, nos estudos abaixo, estudaremos alguns padrões nos quais a tétrade começa pela fundamental, pela terça, pela quinta e pela sétima do acorde.

No primeiro exercício temos os modelos básicos para a Tétrade maior com sétima maior. Decore a sequencia e transporte o modelo para as outras três principais tétrades (para os alunos mais avançados pode-se aplicar sobre sete tétrades diferentes).

Para quem não se lembra, os intervalos que formam as quatro principais tétrades são:
Tétrade Maior com Sétima Maior - F, 3, 5 e 7M
Tétrade Maior com Sétima Menor - F, 3, 5 e 7
Tétrade Menor com Sétima Menor - F, 3m, 5 e 7
Tétrade Meio Diminuta - F, 3m, 5dim e 7


No segundo exercício temos uma aplicação sobre o II V I de Dó Maior. Tente transportar estes modelos para outros tons e também para alguns temas de jazz.


Perceba que as notas ficam na mesma região do braço do instrumento. Estude-as, tente decorá-las e comece a aplicar algumas ideias sobre estes modelos.
Eu geralmente aplica pensando na colcheia, pois, é a célula base para estudar as frases para improvisação.
 
Abraços e até a próxima coluna!