sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Artigos & Resenhas - Cosmo Drah - Por Luiz Domingues


Olá pessoal!

Estamos de volta com a última coluna do ano, e nela teremos mais uma coluna Artigos e Resenhas. Temos aqui mais uma resenha do sensacional Luiz Domingues, com uma análise detalhada do álbum homônimo da banda Cosmo Drah.

A matéria original pode ser encontrada neste link.
http://luiz-domingues.blogspot.com/2015/09/cosmo-drah-por-luiz-domingues.html

Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/
http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/
http://luizdomingues3.blogspot.com.br/

Um breve release do Luiz feito pelo próprio:
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.

Sem mais, vamos ao texto do Luiz

Cosmo Drah - Por Luiz Domingues


Faz muito tempo que eu tenho boas referências sobre uma banda de Rock paulistana e contemporânea, chamada Cosmo Drah. Não foi uma ou duas pessoas, mas várias que a elogiaram, atribuindo-lhe diversas qualidades. Falavam-me  sobre a qualidade de suas composições, com arranjos muito bem elaborados; um vocalista de “gogó forte”, instrumentistas de muita técnica; letras incisivas; e muita inspiração na música produzida nas décadas de sessenta e setenta do século passado, tanto no Rock, como na MPB.


Sabia que haviam lançado um EP anos atrás, mas nunca tive a oportunidade de escutá-lo com atenção, e devido à minha tardia entrada no mundo virtual, demorei a ver vídeos da banda ao vivo, e quando os assisti, sim, comprovei que os elogios procediam e a banda tinha todos esses atributos.

Mas nada melhor que enfim ouvir com calma um álbum, com material inédito, e bem produzido em estúdio.


O disco homônimo do Cosmo Drah mostra essa determinação de se fazer Rock autoral com muita força expressiva, e sem nenhuma intenção de fazer concessão alguma ao sistema bandido, armado na difusão cultural mainstream deste país.
Só por essa coragem de mostrar seu trabalho sem nenhuma preocupação em tentar adequar-se ao que os formadores de opinião querem (esses famigerados lacaios dos marqueteiros do sistema, que impõe só o que lhes interessa como “moda” a ser seguida pelos que se deixam abduzir), já tem a minha simpatia, mas o disco vai muito além dessa resistência heroica.


Sim, a influência 60/70 é total, e aonde os críticos torcem o nariz, logo se preocupando em bater o carimbo de “datado” no produto, eu enxergo o mérito de se ter o bom gosto de buscar fonte inspiradora nobre, aliás, a melhor possível quando o assunto é Rock.
Se o artista se mostra moderno no seu áudio, mas traz na parte artística tal influência explícita, é a meu ver um “religare”, ao contrário das opiniões em contrário de críticos que abominam a fonte em questão por outras razões, e aí sim, se portando como “datados”, insistindo em bater continência à um paradigma errôneo criado em 1977, de onde se decretou que fazer música bem composta; bem arranjada; e bem tocada, era “feio”. Sim, “faça você mesmo”, mas faça bem feito, ora bolas...

Mergulhando então no disco, a primeira faixa chamada “Labirinto”, apresenta-se com muita contundência sonora. Lembrando bastante o trabalho de bandas Hard-Rock setentistas (Budgie; Toad; Dust; Sir Lord Baltimore; Black Sabbath e outras desse quilate), impressiona pelos ótimos timbres dos instrumentos, e densidade.
O inconformismo da letra, dá uma amostra da amargura que sentem em viver deslocados em meio à um mundo sombrio. Não é lamento, mas constatação:
“O que procuram todos, me machuca.
O que procuro, não há luta
Busco de onde veio essa gente
Que se extermina sutilmente”

“Hospício” vem a seguir como segunda faixa do disco.
Gostei muito do acréscimo de percussão gravada pela musicista Clara Andrade. Tal participação conferiu à música, um swing muito bom, casando-se perfeitamente com a proposta da composição, quase esbarrando no R’n’B, e na Soul Music. Ecos de James Gang, Captain Beyond e Cactus soaram na minha audição/percepção, e algumas passagens mais Hard, remeteram-me ao trabalho intrincado do Módulo Mil, banda brasuca de muita qualidade, do hoje saudoso Daniel Cardona.
Na letra, escrita pelo vocalista Ruben Yannelli, a metáfora é a liberdade. A ideia de cerceamento de ideias e expressão é claustrofóbica e revoltante, sempre.
“Já faz tempo me prenderam
Sem motivo ou razão”...

“O Poder, terceira canção, tem um sabor Country-Rock agradável. 
Remeteu-me aos momentos psicodélicos mais caipiras do Grateful Dead. Uma intervenção muito boa do guitarrista ótimo Carlinhos “Jimi” Junior como convidado da banda, trouxe o sabor de sua grande especialidade, ou seja, o timbre ácido de Jimi Hendrix pilotando uma guitarra Fender Stratocaster.
Mais uma vez, o Cosmo Drah vem com uma letra forte, e chamou-me a atenção que ao contrário de muitos artistas que batem no sistema como se esse fosse o grande culpado de todas as mazelas da civilização, o enfoque foi outro, indo ao âmago da questão, ou seja, o sistema é só uma criação oriunda de um conjunto de paradigmas, e estes nascem na mente do ser humano. Portanto, não é o sistema que nos oprime, mas o próprio ser humano que o criou, realisticamente falando...     
“É uma Síndrome Global,
E o prazer de Ter,
Sem Separar do Verbo Ser”...

A quarta faixa, “Subversão” mostra vários méritos musicais.
Para início de conversa, trata-se de um Hard-Rock “ganchudo”, onde lembrou-me a banda brasileira setentista, A Bôlha, do também saudoso Renato Ladeira.
Gostei bastante das mudanças bruscas entre as partes da canção, remetendo-me ao trabalho da banda germânica Nektar, que era craque nesse recurso estilístico. Até mudança de compasso, entrando num 6/8 bem esperto, o Cosmo Drah nos apresenta. 
Acrescento que existe uma boa intervenção de teclados (executado pelo baixista Elton Amorim), e uma surpresa boa quando num looping dramático, demonstram evocar inspiração em “I Want You”, dos Beatles, com bastante energia.

A quinta faixa é homônima.
Em “Cosmo Drah”, gostei de muitos signos interessantes ali contidos. Por exemplo, o bom uso do Wah-Wah pelo guitarrista Anderson Ziemmer; boa intervenção de backing  vocals inspirados na Soul Music; o recurso de ruídos fantasmagóricos dando uma saborosa e criativa estranheza sonora; e um vocal que lembrou bastante o trabalho de bandas como o Uriah Heep e o Queen, que se esmeravam para elaborar corais grandiloquentes.
Cabe uma análise mais pormenorizada sobre o solo dessa canção. 
Sob um bonito arpejo como base, a opção por um solo duplo e sobreposto foi ousada. Terreno espinhoso, pois tal recurso carece de uma observação sempre muita atenciosa da parte da produção do áudio em estúdio, acho que o guitarrista Anderson Ziemmer, e o produtor Thiago Nacif foram felizes, pois souberam desenhar os solos de uma forma criativa.
Solo duplo simultâneo é como arremesso de três pontos numa partida de basquete. É um risco enorme, pela dificuldade em acertar, dando margem ao erro, onde além de não se marcar os três pontos, abre-se chance para a equipe adversária contra-atacar.
Portanto, o Cosmo Drah arriscou, mas acertou a cesta a meu ver, nesse quesito.

“Caos” tem cara de Blues-Rock, bem daquela fase de fim de anos sessenta, lembrando Tem Years After; Fleetwood Mac- fase Peter Green; Taste, e um certo peso a mais que tende ao Grand Funk nos seus primórdios de carreira, e Blue Cheer, naturalmente.
O uso de muitas convenções intrincadas também remete à outra boa influência em minha percepção, aproximando-se do trabalho cerebral do King Crimson.

O que mais chamou-me a atenção na faixa “Nova Estação”, foi a criatividade da letra, em fugir de clichês, muito embora o tema escolhido seja açucarado.
A relação homem-mulher tende a ser difícil para um letrista escrever algo diferente e não sujeito à pieguice que a norteia de forma sempre contundente. Portanto, acho que o vocalista Ruben Yannelli foi feliz nesse quesito, driblando os clichês.
“falsidade, chatice...quem é você ?”

Musicalmente, gostei do sabor Rock-MPB setentista, lembrando o trabalho de uma banda histórica como O Terço, por exemplo, mas senti pitadas de Secos & Molhados, também, e uma certa influência porteña de bandas como Pescado Rabioso e Sui Generis, e eu sei que os componentes do Cosmo Drah tem grande apreço ao Rock argentino setentista, aliás, sinal de extremo bom gosto, diga-se de passagem.

“Salamandrah” tem um instrumental bastante rico, lembrando-me o trabalho do Som Imaginário, com tanto colorido harmônico. Mas apresenta também um lado pesado, com certas passagens mostrando a densidade do Black Sabbath. Ouvindo no fone de ouvido e tentando buscar mais detalhes, viajei longe, e senti outras influências bacanas. Pensei no Gandalf; Sweet Leaf; Smoke...ou seja, bandas mais obscuras, mas de grande qualidade naquele panteão 60/70. 
Delírio deste resenhista que vos fala ? 
Idiossincrasia ? 
Ouça e tire sua conclusão !

Gostei muito de “Velho Mestre”, uma canção com forte sabor do Rock Rural setentista. Impossível não remeter ao Sá; Rodrix & Guarabyra, e mesmo aos bons trabalhos solo de Zé Rodrix.
Um bonito solo de violão, e o uso de um teclado etéreo que quase soou como um velho mellotron, são destaques, também.

Em “Mágica do Tempo”, o Cosmo Drah mostrou seu lado “Krautrock”. Lembrando o som de bandas germânicas como o Lucifer’s Friend; Guru-Guru, e Jane, eleva o Hard-Rock pesadão ao patamar do Art-Rock.

A última faixa do álbum, é “Roedor Renegado”. Aqui, há um caldeirão de boas influências amalgamadas.
A já mencionada referência ao Rock argentino setentista, se faz muito presente nesta faixa. Lembra Almendra, mas também tem algo do Blues do Aeroblues, sem dúvida. Tem muito de Rock brasuca setentista, também.

Sobre a atuação individual dos componentes do Cosmo Drah, nesse trabalho, gostei muito.


O baixista Elton Amorim tem bastante técnica e sua criatividade nas linhas que criou, são muito agradáveis. Seu baixo é melódico, bastante incisivo enquanto peso e presença, empolgando em todas as faixas. Acrescento que não poderia ser de outra maneira, dada a quantidade enorme de boas influências que tem na sua formação pessoal, aliás, caso dos quatro componentes.

Gostei muito da bateria de Renato Amorim, irmão de Elton, e outro caso de uma cozinha familiar de alto padrão e entrosamento, tal qual no exemplo dos irmãos Busic, Andria e Ivan. Ótima condução, com muita criatividade nas viradas; muito firme e preciso, pontual e expressivo no uso dos pratos; e bom gosto extremo na escolha dos timbres das peças de sua batera, com um peso e um brilho muito bons. Claro, o dedo do produtor Thiago Nacif pesa no quesito timbre, tendo esse mérito também.

O guitarrista Anderson Ziemmer é excelente, também. Bom harmonizador e solista, confere muita qualidade ao som do Cosmo Drah. Muito bom nos riffs & licks, brilha muito no disco inteiro.

E finalmente falando do quarto componente, o vocalista Ruben Yannelli, creio que seja uma das grandes vozes da cena do Rock brasileiro da atualidade. Dono de um vozeirão potente, com forte emissão, lembrou-me Luiz Carlos Porto e Fughetti Luz, vocalistas emblemáticos do Rock Brasuca setentista. E seu trabalho como letrista também merece destaque, mostrando inspiração e contundência.


Por falar nisso, sobre a parte poética, é bem verdade que no cômputo geral a banda apresentou nesse disco um clima pesado nas abordagens. Num primeiro olhar, poderia dar a entender que as letras são pessimistas, dadas ao desalento, como uma manifestação de desesperança sombria. Mas eu descarto essa visão, apesar da aparência inicial, pois nas entrelinhas, não creio que haja tal carga proposital. Em minha opinião, a proposta é outra, buscando a denúncia, mas sem o conformismo, tampouco o lamento em forma de ”mimimi”, tão comum na atualidade, como observamos nas Redes Sociais da Internet.
Sobre o áudio do disco, gostei bastante. Tem a pressão sonora moderna da era digital, mas as timbragens são bastante agradáveis e semelhantes ao áudio analógico de outrora. Tudo soa bem proeminente, e na velha escola de padrão de mixagem para uma banda de Rock, onde a voz é tratada como mais um instrumento, e não gritante na frente de tudo, como nas gravações comerciais de intenção pop/radiofônicas. Sendo assim, realço o bom trabalho do produtor Thiago Nacif, auxiliado pelo “tape engineer”, André Ferraz, do estúdio “Da Paz”.

Há de se destacar também a presença do produtor fonográfico, Eduardo Lemos, que representando a gravadora Melômano Discos, apostou numa banda de qualidade ilibada, embora outsider no mercado mainstream, portanto, atitude assim, pensando na arte e não em cifras, tem que ser muito louvada da parte de quem gosta de música, arte & cultura de uma forma geral, e em específico do Rock brasileiro autoral, e fora de panelas mafiosas.


Sobre a capa, o que dizer de mais um trabalho de Diogo Oliveira ?
Sou muito suspeito para elogiar o trabalho desse enorme artista plástico/publicitário/web designer/músico e grande agitador cultural, pois já desenhou capa de disco de banda minha, muitos cartazes de shows e assinou vídeo-clip de enorme sucesso e criatividade de um trabalho meu.
E constato com alegria, que é mais uma resenha de álbum de uma banda brasileira que preparo (ler sobre o CD “O Voo do Marimbondo”, do Vento Motivo, no arquivo deste Blog), e tenho o prazer de saber que mais uma arte de capa/encarte é assinada por ele.
Sobre a ilustração em si, Diogo buscou o lúdico dentro do realismo fantástico. Tem um certo sabor Sci-Fi, é verdade, mas o que é marcante mesmo, é o Ser flutuante tocando o solo com o dedo indicador, fazendo alusão ao telúrico. Mais uma vez o Diogo se mostra um mestre da ilustração, pois nessa sua concepção, sintetizou o trabalho do Cosmo Drah, ao fazer a ponte entre o som que nos faz viajar e a realidade da vida material. É etéreo e chão, ao mesmo tempo.



Um resumo de cada faixa do álbum, nesse "teaser" acima, postado na Internet 
Para conhecer melhor o trabalho do Cosmo Drah, procure a sua página na rede social Facebook :

Para contato direto com a banda, procure :
cosmodrah@gmail.com

Vale a pena também conhecer o catálogo da gravadora Melômano Discos :

Recomendo o trabalho do Cosmo Drah, com esse primeiro álbum homônimo, com certeza.

É isso aí pessoal!
No ano que vem voltaremos com novas colunas aqui no site!
Boas festas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Artigos e Resenhas - Edilson Hourneaux - Captadores: Corrida Decibélica - Parte 1.7


Olá pessoal!
Nesta semana temos mais um artigo do luthier de Santos, Edilson Hourneaux e a sétima e última parte da coluna sobre construção de instrumentos. Esta e outras matérias podem ser encontradas no site do Edilson que se encontra neste link:

Já a matéria deste mês se encontra completa neste link:

Então vamos a sétima parte desta matéria:

Selmer-Maccaferri


Na Europa de 1932, o italiano Mário Maccaferri também deixava seu legado na busca pelos decibéis.
Um violão com faixas laterais e fundo de rosewood laminado, tampo de spruce sólido e uma grande abertura sonora em forma de “D”.
A ideia por trás dos Maccaferri é um compartimento “coletor de vibrações”, localizado na metade inferior do instrumento e conectado por um duto a um outro compartimento, instalado na boca sonora. A grande massa sonora gerada no compartimento maior é enviada, pelo duto, ao compartimento menor, por onde é projetada para fora do instrumento com maior intensidade.
O projeto de aumento de volume sonoro não teve continuidade, pois os compartimentos instalados no interior do instrumento vibravam muito, gerando ruídos indesejáveis. Após ser abolida a ideia inicial, os violões Selmer-Maccaferri passaram a ser instrumentos convencionais, bem feitos e desejados, mas que não mais apresentavam algum diferencial relevante.

Lloyd Loar

Engenheiro e músico que trabalhou na Gibson entre 1919 e 1924 e já tinha ganhado notoriedade por ter desenhado os f-holes, idealizou os primeiros protótipos e fez os primeiros testes com captadores.
O sistema de Loar consiste em duas folhas paralelas de cobre do tamanho de uma moeda e acomodadas em um recipiente de baquelite.
As folhas vibram, aumentando e diminuindo a distância entre elas, o que induz uma corrente alternada, muito similar aos captadores de contato, utilizados atualmente em instrumentos acústicos.
No entanto,  esse dispositivo era extremamente sensível à umidade e de impedância muito alta,  obrigando a utilização de cabos curtos para evitar a degeneração do sinal.
Isto pode explicar o fracasso, pelo menos à época,  do projeto de Loar.
A ideia era perfeita. A tecnologia,  não.

Adolph Rickenbacher

Em 1925, fundou a Rickenbacker Manufacturing Company e em 1927, trouxe seu amigo, George Beauchamp, para trabalhar na sua empresa.
Em 1931, Beauchamp e sua equipe desenvolveram um captador magnético para guitarra, com conceitos utilizados nos captadores magnéticos contemporâneos.
Neste mesmo ano, a Rickenbacker lançou o A-22, conhecido como Frying Pan: um lap steel de metal, em cujo catálogo original trazia a curiosa frase: “VOLUME CONTROLÁVEL – mais que suficiente para as grandes orquestras”.
Objetivo alcançado!
A despeito de toda a fascinação que o captador magnético imprime nas pessoas, um dos maiores males que o ele nos trouxe foi gerar o desinteresse por experimentos que buscavam o aumento da projeção sonora em instrumentos convencionais.
Os únicos instrumentos que nunca pararam de ser procurados e copiados são o Gibson J200 e o Martin Dreadnought.
Gibson J200

Espero que tenham gostado das matérias do Edilson Hourneaux. No próximo ano retornaremos com novas matérias deste talentoso amigo
Um abraço e bons estudos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Documentário do Mês - Rush - Beyond the Lighted Stage


Olá pessoal!
Neste mês temos como sugestão o documentário da banda Rush - Beyond the Lighted Stage. Este documentário retrata a carreira da banda canadense de maneira muito detalhada e com performances incríveis da banda.

Mais informações: https://www.imdb.com/title/tt1545103/



Ficha Técnica

Direção e produção: Sam Dunn e Scot McFadyen
Atores: Alex Lifeson, Geddy Lee e Neil Peart
Musica: Rush
Edição: Mike Munn
Lançamento : 2010
País: Canada
Idioma: English

Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Técnicas Para Contrabaixo – Notas Abafadas – Parte 6


Olá pessoal!
Estamos de volta para a última coluna em que estudamos as notas abafadas. Foram seis colunas demonstrando, a parte técnica, a aplicação em levadas, aplicação em músicas e por fim em diversos estilos. Nesta aula vamos aplicar as notas abafadas sobre os estilos de Blues e Rock.


Exercício 1 – Blues

No Blues as levadas são feitas em shuffle, ou seja, devemos dividir o tempo em três partes iguais (tercinas de colcheia) e tocar na primeira e na terceira colcheia. As levadas são construídas com a Pentatônica Maior de cada acorde e também com aproximações cromáticas. Os abafados são utilizados na passagem de uma nota para outra.


Exercício 2 – Rock

Para o Rock preferi utilizar um trecho da música Sultans of Swing da banda Dire Straits para demonstrar a aplicação. A levada é construída basicamente com uma semínima, uma pausa de colcheia e uma colcheia no contratempo. Neste exemplo o abafado geralmente é aplicado sobre o contratempo.


Vídeo



Apliquem em vários outros estilos, como vocês puderam perceber as notas abafadas são universais e funcionam como um ótimo recurso para construir linhas mais complexas e variadas.
Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Sugestão do Mês - Carlos Almada - Harmonia Funcional


Olá pessoal!
Estamos de volta para mais uma coluna com sugestões sobre CDs, DVDs, livros entre outros materiais que fizeram parte da minha formação musical.
Dentre eles um com certeza virou o meu livro de cabeceira, que é esta preciosidade do autor Carlos Almada chamado Harmonia Funcional. Este é com certeza um dos melhores livros para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre esta matéria maravilhosa chamada harmonia.

 

Vejam a sinopse deste livro no site da Unicamp, além de também poder adquirir o livro no mesmo link:
http://www.unicamp.br/unicamp/ju/536/livro-da-semana

Informações (retiradas do portal da Unicamp e que pode ser encontrado no link acima).

Autor: Carlos Almada
ISBN: 978-85-268-0969-7
Ficha técnica: 2a edição, 2012; 288 páginas; formato: 21 x 28 cm; peso: 0,70 kg

Sinopse: Este livro tem como meta apresentar o curso de Harmonia Funcional da música popular de uma maneira objetiva e clara, ao mesmo tempo em que procura consistentemente fundamentar os seus principais conceitos, propondo uma abordagem teórica aprofundada de um assunto que, em geral, é tratado apenas pelo viés da praticidade. Divide-se em três partes: uma breve revisão de aspectos da Teoria Musical, o curso de Harmonia Funcional propriamente dito e uma seção de Harmonia Aplicada, na qual são apresentadas as principais características harmônicas e fórmulas de acompanhamento de dois dos mais brasileiros gêneros musicais: o samba e o choro.

Autor: Carlos Almada é compositor, arranjador e autor de Arranjo (Editora da Unicamp, 2000), A Estrutura do Choro (Da Fonseca, 2006) e de diversos métodos sobre música brasileira publicados pela editora norte-americana Mel Bay. Atualmente é professor de harmonia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorando em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Abraços e até a próxima coluna!

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Transcrição - John Patitucci - Our Family


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da música "Our Family" do baixista John Patitucci disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e online.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Abraços e até a próxima matéria!

terça-feira, 27 de novembro de 2018

Harmonia - Aula 12 – Escalas Padrões – Parte 2


Olá pessoal!

Nesta semana temos a última aula de harmonia deste ano. Foram doze colunas, nas quais estudamos os intervalos, formação da escala maior, menor natural, menor harmônica, menor melódica. Além de ideias para estudarmos tudo isso de maneira criativa e entendendo como funciona o sistema e buscando sempre pensar no que podemos utilizar em determinados momentos musicais.

Nesta coluna temos a continuação do estudo das escalas que vimos na aula 11, visando um estudo mais técnico para aplicação destas em frases para improvisação e composição.

Vamos aplicar o padrão melódico de quatro notas nas escalas maior e menor natural. Você pode aplicar também nas escalas, menor harmônica e menor melódica.



Estude este exercício com o auxílio de um metrônomo e tente tocar com precisão as quatro notas que estão dentro de um tempo. Comece em 60 bpm. E aumente de 4 em 4 conforme se sentir confortável.


Vídeo



Abraços e bons estudos!

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Artigos e Resenhas - Edilson Hourneaux - Captadores: Corrida Decibélica - Parte 1.6


Olá pessoal!
Nesta semana temos mais um artigo do luthier de Santos, Edilson Hourneaux e a sexta parte da coluna sobre construção de instrumentos. Esta e outras matérias podem ser encontradas no site do Edilson que se encontra neste link:

Já a matéria deste mês se encontra completa neste link:

Então vamos a sexta parte desta matéria:

Martin

Christian Frederick Jr., segunda geração da empresa, ficou conhecido por aprimorar os já excelentes instrumentos idealizados por seu pai.

Uma das várias melhorias foi o “X bracing” (método já conhecido na Europa e aperfeiçoado por Martin): um arranjo em “X” das barras harmônicas, no tampo do violão.


Um modelo top de linha, para a época,  era o 00045, lançado em 1904.


A utilização de cordas metálicas foi adotada somente em 1927.

Em 1931, são lançados os Dreadnought, que ganharam excelência por sua qualidade sonora, muito provavelmente graças às fartas medidas da caixa de ressonância.

O destaque dessa linha foi o modelo D45.



National

Em 1927, John Dopyera patenteou um tipo de instrumento conhecido como Resophonic: um violão inovador e muito diferente, construído inteiramente em metal, inclusive o braço.
A ponte repousa sobre 3 cones de alumínio, instalados sob a superfície do tampo. A função desses cones é amplificar o som, refletindo-o para as aberturas sonoras.
Em pouco tempo, este estranho instrumento teve uma versão com braço convencional e ganhou a aprovação de músicos de várias vertentes, como orquestras e bandas de jazz e blues.
De acordo com a propaganda da época, o Resophonic soava sete vezes mais alto que um violão convencional.


Espero que estejam curtindo as colunas do Edilson Hourneaux. Na próxima coluna veremos a continuação deste artigo.
Um abraço e bons estudos!

sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Artigos & Resenhas - Lira Paulistana, As Paredes que Suavam... - Por Luiz Domingues


Olá pessoal!

Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Mais uma vez temos uma matéria do sensacional Luiz Domingues, um pouco diferente das anteriores, pois desta vez ele falará um pouco sobre o Teatro Lira Paulistana, local no qual diversas bandas tocaram nos anos 80. Mais uma vez tenho o orgulho de postar uma matéria que faz um resgate da nossa cultura.

A matéria original pode ser encontrada neste link.
http://luiz-domingues.blogspot.com/2012/08/lira-paulistana-as-paredes-que-suavam.html

Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/
http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/
http://luizdomingues3.blogspot.com.br/

Um breve release do Luiz feito pelo próprio:
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.

Sem mais, vamos ao texto do Luiz

Lira Paulistana, As Paredes que Suavam... - Por Luiz Domingues



Para a atual geração, parece um conceito exótico sair de casa para ir a um teatro prestigiar um artista desconhecido que executará músicas de sua própria autoria, por 90 minutos, ou mais. Como fruto do descaso de anos a fio pela produção cultural, infelizmente formou-se uma geração desinteressada por artistas genuínos e passiva diante das manipulações maquiavélicas dos marketeiros da música mainstream.
Por isso, é muito oportuno relembrarmos de um Teatro que manteve-se em plena atividade por quase sete anos, com as portas abertas para artistas desconhecidos, sem parentes importantes, sem dinheiro no bolso e muitos, vindos do interior, como dizia o velho Belchior.
Era o Teatro Lira Paulistana, localizado no coração do bairro de Pinheiros, zona oeste de São Paulo.


Fundado em outubro de 1979, tornou-se rapidamente um espaço importantíssimo para a produção musical de novos talentos paulistas/paulistanos e diversos artistas de outras partes do Brasil, que ali enxergavam a chance de se apresentarem em São Paulo e tentar a sorte na carreira.


Tratava-se de um porão minúsculo, que foi adaptado criativamente como um micro pocket-Teatro, com três arquibancadas praticamente em cima do pequeno palco, além de espaços úteis otimizados para bomboniére e venda de discos e merchandising.
Apesar das dimensões minúsculas, tudo foi ajeitado de uma forma harmônica, com bilheteria colocada ao final da escada de acesso, o camarim atrás da arquibancada da lateral esquerda, e a entrada em cena por aquele lado.
Com P.A.(sistema de som), e iluminação compatíveis e muito dignos, os artistas tinham ao seu dispor, uma excelente infraestrutura adequada às dimensões, logicamente.
Wilson Souto Jr.; Riba de Castro; Fernando Alexandre, e Chico Pardal cuidavam do simpático espaço e desde o início, suas portas abriram-se democraticamente à uma leva de novos artistas que acabou formando um movimento, uma cena que ficou conhecida na imprensa especializada como "Vanguarda Paulista".


O Teatro Lira Paulistana teve papel preponderante como agente aglutinador, sem dúvida, mas houve também a explosão natural de artistas talentosos como Arrigo Barnabé; Itamar Assumpção; Premeditando o Breque; Grupo Rumo; Língua de Trapo; Grupo Um etc.
Mais tarde, de 1982 em diante, o Rock brasileiro oitentista achou no Lira Paulistana, também um espaço maravilhoso para expandir-se.
Ira; Titãs; Ultraje a Rigor; Capital Inicial; Legião Urbana; Os Inocentes; Cólera, e Laura Finocchiaro, entre inúmeros outros da cena do Punk e Pós-Punk, começaram ali a sua trajetória de sucesso.



Um pouco adiante, o pessoal do Hard-Rock e do Heavy-Metal também descobriu no Lira Paulistana, o seu palco ideal e permanente. A Chave do Sol; Harppia; Dorsal Atlântica; Platina, e outras tantas, se apresentaram ali com grande sucesso de público.
Era muito comum as filas dobrarem a esquina da Rua Teodoro Sampaio com a Avenida Henrique Schaumann, tendo a bilheteria esgotada, tamanho o sucesso dos artistas emergentes que ali se apresentavam.
Memorável portanto esse momento cultural da cidade, onde havia um público muito interessado em acompanhar artistas que, salvo as honrosas exceções, não eram exatamente famosos no mainstream (pelo menos nessa etapa da carreira, considerando que alguns catapultaram-se a seguir).

Eu, Luiz Domingues, tenho também uma relação afetiva com essa memória.
No palco do Lira Paulistana, toquei muitas vezes com duas bandas onde fui membro: Língua de Trapo e A Chave do Sol.
Com o Língua de Trapo, apresentei-me 38 vezes, entre 1983 e 1984, durante a turnê, "Sem Indiretas". Foram alguns shows avulsos e duas temporadas de quarta a domingo, com sessão dupla aos domingos. 



Como era a minha segunda passagem pela banda (anteriormente fui membro da fundação da banda, de 1979 até 1981), logo que fui fazer o meu primeiro show ali, os membros mais antigos que já conheciam o Teatro, me advertiram : -"Você vai ver as paredes suarem"...
E de fato, quando o teatro lotava, as paredes pingavam literalmente, por conta do vapor produzido pela respiração coletiva.
E com A Chave do Sol, apresentei-me por 12 vezes, entre 1984 e 1985.

A Chave do Sol no Lira Paulistana num show de 1985 

Em meio à essas apresentações da Chave do Sol, trago na lembrança os shows de lançamento de dois discos, respectivamente em 1984 e 1985. Com direito à intervenções teatralizadas de atores convidados e texto hermético do poeta Julio Revoredo, em ambas as ocasiões, fizemos apresentações performáticas que surpreenderam público e críticos.
Infelizmente esse ciclo do Lira Paulistana encerrou-se quando o Sr. Janio Quadros assumiu a prefeitura em 1986, e num de seus tresloucados atos, mandou fechar o espaço, alegando falta de segurança.
Nada que não pudesse ser equacionado com bom senso, mas a intransigência foi grande do alcaide temperamental e com ideias bem ultrapassadas de gestão pública. Surgiram os ônibus vermelhos de dois andares, imitando Londres numa macaquice de Jeca Tatu, e fechou-se o Lira Paulistana, baluarte do artista autoral e sem recursos. Em suma, a cidade de São Paulo perdeu duas vezes...
Recentemente, lançou-se um bom documentário contando a história e os "causos" do velho Lira Paulistana.


Oportunidade boa para conhecer a sua trajetória importantíssima para a cultura de São Paulo e do Brasil, e acima de tudo reivindicar: precisamos de um novo (ou mais de um !), Lira Paulistana e dessa forma, abrir-se espaço para os artistas autorais sem recursos conseguirem divulgar o seu trabalho, e principalmente refazer o hábito do paulistano sair de casa não para as baladas, onde a música é mero pano de fundo para embalar as bebedeiras, mas protagonista, como nos velhos tempos.

Matéria publicada inicialmente no Site/Blog Orra Meu, republicada posteriormente no Blog Pedro da Veiga, e no Blog Combate Rock, do Portal do Jornal da Tarde de São Paulo, as três publicações em 2012. 

É isso aí pessoal!
Espero que tenham gostado de mais uma matéria do sensacional Luiz Domingues.
Um abraço e até a próxima coluna!

terça-feira, 13 de novembro de 2018

Técnicas Para Contrabaixo – Notas Abafadas – Parte 5


Olá pessoal!

Nesta semana temos mais uma coluna sobre as notas abafadas, agora aplicando a técnica em alguns estilos importantes, sendo a intenção desta, mostrar que podemos utilizar abafados em diversas situações diferentes. É importante prestar bastante atenção as características de cada estilo proposto.

Exercício 1 – Bossa 1


Neste exercício a técnica é aplicada sobre uma levada simples de Bossa Nova, a condução é feita utilizando basicamente a Fundamental e a Quinta de cada acorde. Quanto a rítmica vale ressaltar a fórmula de compasso que está em 2/4, isso quer dizer que continuamos utilizando a semínima como a nota que vale um tempo. Portanto a célula rítmica é construída com a colcheia pontuada que vale 3/4 de tempo e a semicolcheia que vale 1/4 de tempo. A nota abafada é aplicada sobre a semicolcheia.



Exercício 2 – Bossa 2


Neste exercício são apresentadas variações na condução, as outras ideias continuam sendo aplicadas como no exercício anterior.



Exercício 3 – Jazz


Antes de mais nada é necessário entender que no Jazz a colcheia é tocada de uma maneira diferente do que tocamos convencionalmente, a ideia é utilizar o que chamamos de swing-feel que é uma forma de tocar esta colcheia mais swingada, o ideal é escutar e tirar muitas linhas de jazz para entender este swing. No exercício proposto são utilizadas notas abafadas na passagem de uma nota para outra e também os famosos triplets nos compassos 3 e 4. A condução é feita basicamente utilizando as notas do acorde e aproximações cromáticas.



Vídeo





Estudem estes estilos e escutem bastante as linhas de baixo para poder ter o maior número de variações interiorizadas.

Abraços e até a próxima coluna!

sexta-feira, 9 de novembro de 2018

Documentário do Mês: Titãs - A vida até parece uma festa


Olá pessoal!
Neste mês temos como sugestão o documentário da banda Titãs - A vida até parece uma festa. Este documentário retrata a carreira de 25 anos da banda brasileira, sendo que este longa metragem foi elaborado com fitas gravadas por Branco Mello (vocalista e hoje, também baixista da banda).



Ficha Técnica

Por: Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
Produção: Angela Figueiredo, Paulo Roberto Schmidt, Maria Clara Fernandez, Fábio Zavala e Cristina Fantato
Roteiro: Branco Mello e Oscar Rodrigues Alves
Elenco: Arnaldo Antunes, Branco Mello, Charles Gavin, Marcelo Fromer, Nando Reis, Paulo Miklos, Sérgio Britto e Tony Bellotto
Idioma: Português

Abraços e até a próxima coluna!

quinta-feira, 8 de novembro de 2018

Aula 01 - TMF - Harmonia

E aí galera!

Está no ar o primeiro vídeo do nosso canal.
Curtam nossas redes e acompanhe o nosso trabalho, sempre estaremos postando novidades.


Informações:

Vídeo sobre harmonia com os músicos Mauricio Fernandes​ (guitarra) e Fernando Tavares​ (contrabaixo).

Filmado e editado por Renata Pereira​.

O projeto TMF Trio​ engloba aulas, composições próprias, workshops e muito mais, sempre com muita música.

Fique de olho em nossas redes sociais @oficialtmf

Muita música para todos vocês!

terça-feira, 6 de novembro de 2018

Sugestão do Mês - Yes - The Yes Album


Olá pessoal!
Estamos de volta para mais uma coluna "Sugestão do Mês". Lembrando que nesta coluna eu passo álbuns, DVDs, livros, entre outros que fizeram parte da história da música e que também me ajudaram a conhecer um pouco mais a respeito deste maravilhoso universo.
Neste mês temos o fantástico "The Yes Album" da banda Yes. Este álbum foi o primeiro com o guitarrista Steve Howe e nele já pode ser percebida a diretriz que a banda tomaria e que resultaria nos álbuns "Fragile" e "Close To The Edge".


Ficha Técnica:

Músicas

1. Yours Is No Disgrace (Bill Bruford, Chris Squire, Jon Anderson, Steve Howe, Tony Kaye) - 9:40
2. Clap (Steve Howe) - 3:16
3. Starship Trooper
3a. Life Seeker (Jon Anderson)
3b. Disillusion (Chris Squire)
3c. Würm (Steve Howe)- 9:28
4. I've Seen All Good People
4a. Your Move (Jon Anderson)
4b. All Good People (Chris Squire)- 6:55
5. A Venture (Jon Anderson)- 3:20
6. Perpetual Change (Chris Squire, Jon Anderson) - 8:57

Músicos

John Anderson - Voz, Percussão
Steve Howe - Violão, Guitarra, Voz
Chris Squire - Contrabaixo, Voz
Bill Bruford - Bateria
Tony Kaye - Piano, Órgão, Sintetizador

Design – Jon Goodchild
Produzido – Yes
Engenheiro – Eddie Offord

Vídeo


Espero que gostem deste álbum desta genial banda e principalmente escutem e estudem as linhas de baixo feitas por Squire para este álbum.
Bons estudos e até a próxima coluna!

sexta-feira, 2 de novembro de 2018

Transcrição Tower of Power - Oakland Stroke...


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da música "Oakland Stroke..." da banda Tower of Power com o baixista Francis Rocco Prestia disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e online.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Abraços e até a próxima matéria!

terça-feira, 30 de outubro de 2018

Harmonia - Aula 11 – Escalas – Padrões – Parte 1


Olá pessoal!

Nesta semana temos mais uma aula de harmonia. Continuamos estudando as escalas, sendo que desta vez iremos começar um estudo mais técnico das escalas, visando a aplicação delas em frases para improvisação e composição.

Nesta primeira aula vamos aplicar as escalas maior e menor natural com o padrão melódico de três notas. Você pode estudar também a menor harmônica e a melódica.



Vídeo


Estude este exercício com o auxílio de um metrônomo e tente tocar com precisão as três notas que estão dentro de um tempo. Comece em 60 bpm e aumente de 4 em 4 conforme se sentir confortável.

Abraços e bons estudos!

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Transcrição do Mês - Primus - Jerry Was a Race Car Drive


Olá pessoal!
Estamos de volta nesta semana para mais uma transcrição com texto em nosso site. Desta vez temos uma transcrição da banda Primus com o excepcional Les Claypool no contrabaixo. 
Claypool é um daqueles caras que dispensam qualquer tipo de apresentação ou comentário, sendo que o baixista é dono de uma carreira irretocável, tanto no Primus quanto nas muitas bandas das quais faz parte como integrante ou artista convidado, além claro, de sua carreira solo. Nelas ele desfila toda a sua categoria, habilidade e domínio de diversas técnicas executadas no contrabaixo como, slap, abafados, two hands, strumming, além de saber improvisar e criar linhas melódicas com escalas exóticas e simétricas.
Nada melhor para demonstrar um pouco das suas habilidades do que na música Jerry was a race car drive.


Na introdução da música o baixista utiliza a técnica de Two Hands, sendo que na mão direita ele utiliza os trítonos C/Gb e D/Ab e na mão esquerda uma frase utilizando a escala de Ab maior, sendo que este trecho é repetido por toda a base de voz, só fique atento a pequenas variações feitas pelo baixista para causar alguns efeitos interessantes.
No refrão da música o baixista trabalha basicamente com a mesma ideia, ainda utilizando a técnica de Two Hands, mas com uma pequena variação na frase, porém utilizando ainda os mesmos elementos que na frase anterior, perceba o slide no último tempo do compasso.
Já no interlúdio da música a técnica utilizada é a técnica de Slap, não deixa de atentar ao fato de que a frase executa pelo baixista na corda Mi, tem a mesma estrutura da frase que o baixista executou na mão esquerda nos exemplos anteriores, a diferença é que esta frase é executada meio tom abaixo que a anterior. Ele fecha a frase utilizando o strumming com intervalos de quarta.
A forma da canção é:
Introdução até o compasso 10, base de voz do compasso 11 até o 18, refrão do compasso 19 ao 27, interlúdio do 28 ao 36, base do solo (igual a base de voz) do compasso 37 ao 42, refrão do 43 ao 50, base de voz do 51 ao 54 e por fim o interlúdio do 55 ao final da canção.
Não se engane pelo fato desta canção conter apenas três partes, pois estas são muito elaboradas e de difícil execução, sendo necessário para o estudante muito treino e um bom domínio das técnicas de Slap, Two Hands e Strumming para poder executar esta música.
Estude com calma coloque todas as partes no metrônomo, depois tente tocar com o swing que é usado por Les Claypool.
Um abraço, bons estudos e até a próxima matéria!