sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Artigos & Resenhas - Cosmo Drah - Por Luiz Domingues


Olá pessoal!

Estamos de volta com a última coluna do ano, e nela teremos mais uma coluna Artigos e Resenhas. Temos aqui mais uma resenha do sensacional Luiz Domingues, com uma análise detalhada do álbum homônimo da banda Cosmo Drah.

A matéria original pode ser encontrada neste link.
http://luiz-domingues.blogspot.com/2015/09/cosmo-drah-por-luiz-domingues.html

Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.
http://luiz-domingues.blogspot.com.br/
http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/
http://luizdomingues3.blogspot.com.br/

Um breve release do Luiz feito pelo próprio:
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.

Sem mais, vamos ao texto do Luiz

Cosmo Drah - Por Luiz Domingues


Faz muito tempo que eu tenho boas referências sobre uma banda de Rock paulistana e contemporânea, chamada Cosmo Drah. Não foi uma ou duas pessoas, mas várias que a elogiaram, atribuindo-lhe diversas qualidades. Falavam-me  sobre a qualidade de suas composições, com arranjos muito bem elaborados; um vocalista de “gogó forte”, instrumentistas de muita técnica; letras incisivas; e muita inspiração na música produzida nas décadas de sessenta e setenta do século passado, tanto no Rock, como na MPB.


Sabia que haviam lançado um EP anos atrás, mas nunca tive a oportunidade de escutá-lo com atenção, e devido à minha tardia entrada no mundo virtual, demorei a ver vídeos da banda ao vivo, e quando os assisti, sim, comprovei que os elogios procediam e a banda tinha todos esses atributos.

Mas nada melhor que enfim ouvir com calma um álbum, com material inédito, e bem produzido em estúdio.


O disco homônimo do Cosmo Drah mostra essa determinação de se fazer Rock autoral com muita força expressiva, e sem nenhuma intenção de fazer concessão alguma ao sistema bandido, armado na difusão cultural mainstream deste país.
Só por essa coragem de mostrar seu trabalho sem nenhuma preocupação em tentar adequar-se ao que os formadores de opinião querem (esses famigerados lacaios dos marqueteiros do sistema, que impõe só o que lhes interessa como “moda” a ser seguida pelos que se deixam abduzir), já tem a minha simpatia, mas o disco vai muito além dessa resistência heroica.


Sim, a influência 60/70 é total, e aonde os críticos torcem o nariz, logo se preocupando em bater o carimbo de “datado” no produto, eu enxergo o mérito de se ter o bom gosto de buscar fonte inspiradora nobre, aliás, a melhor possível quando o assunto é Rock.
Se o artista se mostra moderno no seu áudio, mas traz na parte artística tal influência explícita, é a meu ver um “religare”, ao contrário das opiniões em contrário de críticos que abominam a fonte em questão por outras razões, e aí sim, se portando como “datados”, insistindo em bater continência à um paradigma errôneo criado em 1977, de onde se decretou que fazer música bem composta; bem arranjada; e bem tocada, era “feio”. Sim, “faça você mesmo”, mas faça bem feito, ora bolas...

Mergulhando então no disco, a primeira faixa chamada “Labirinto”, apresenta-se com muita contundência sonora. Lembrando bastante o trabalho de bandas Hard-Rock setentistas (Budgie; Toad; Dust; Sir Lord Baltimore; Black Sabbath e outras desse quilate), impressiona pelos ótimos timbres dos instrumentos, e densidade.
O inconformismo da letra, dá uma amostra da amargura que sentem em viver deslocados em meio à um mundo sombrio. Não é lamento, mas constatação:
“O que procuram todos, me machuca.
O que procuro, não há luta
Busco de onde veio essa gente
Que se extermina sutilmente”

“Hospício” vem a seguir como segunda faixa do disco.
Gostei muito do acréscimo de percussão gravada pela musicista Clara Andrade. Tal participação conferiu à música, um swing muito bom, casando-se perfeitamente com a proposta da composição, quase esbarrando no R’n’B, e na Soul Music. Ecos de James Gang, Captain Beyond e Cactus soaram na minha audição/percepção, e algumas passagens mais Hard, remeteram-me ao trabalho intrincado do Módulo Mil, banda brasuca de muita qualidade, do hoje saudoso Daniel Cardona.
Na letra, escrita pelo vocalista Ruben Yannelli, a metáfora é a liberdade. A ideia de cerceamento de ideias e expressão é claustrofóbica e revoltante, sempre.
“Já faz tempo me prenderam
Sem motivo ou razão”...

“O Poder, terceira canção, tem um sabor Country-Rock agradável. 
Remeteu-me aos momentos psicodélicos mais caipiras do Grateful Dead. Uma intervenção muito boa do guitarrista ótimo Carlinhos “Jimi” Junior como convidado da banda, trouxe o sabor de sua grande especialidade, ou seja, o timbre ácido de Jimi Hendrix pilotando uma guitarra Fender Stratocaster.
Mais uma vez, o Cosmo Drah vem com uma letra forte, e chamou-me a atenção que ao contrário de muitos artistas que batem no sistema como se esse fosse o grande culpado de todas as mazelas da civilização, o enfoque foi outro, indo ao âmago da questão, ou seja, o sistema é só uma criação oriunda de um conjunto de paradigmas, e estes nascem na mente do ser humano. Portanto, não é o sistema que nos oprime, mas o próprio ser humano que o criou, realisticamente falando...     
“É uma Síndrome Global,
E o prazer de Ter,
Sem Separar do Verbo Ser”...

A quarta faixa, “Subversão” mostra vários méritos musicais.
Para início de conversa, trata-se de um Hard-Rock “ganchudo”, onde lembrou-me a banda brasileira setentista, A Bôlha, do também saudoso Renato Ladeira.
Gostei bastante das mudanças bruscas entre as partes da canção, remetendo-me ao trabalho da banda germânica Nektar, que era craque nesse recurso estilístico. Até mudança de compasso, entrando num 6/8 bem esperto, o Cosmo Drah nos apresenta. 
Acrescento que existe uma boa intervenção de teclados (executado pelo baixista Elton Amorim), e uma surpresa boa quando num looping dramático, demonstram evocar inspiração em “I Want You”, dos Beatles, com bastante energia.

A quinta faixa é homônima.
Em “Cosmo Drah”, gostei de muitos signos interessantes ali contidos. Por exemplo, o bom uso do Wah-Wah pelo guitarrista Anderson Ziemmer; boa intervenção de backing  vocals inspirados na Soul Music; o recurso de ruídos fantasmagóricos dando uma saborosa e criativa estranheza sonora; e um vocal que lembrou bastante o trabalho de bandas como o Uriah Heep e o Queen, que se esmeravam para elaborar corais grandiloquentes.
Cabe uma análise mais pormenorizada sobre o solo dessa canção. 
Sob um bonito arpejo como base, a opção por um solo duplo e sobreposto foi ousada. Terreno espinhoso, pois tal recurso carece de uma observação sempre muita atenciosa da parte da produção do áudio em estúdio, acho que o guitarrista Anderson Ziemmer, e o produtor Thiago Nacif foram felizes, pois souberam desenhar os solos de uma forma criativa.
Solo duplo simultâneo é como arremesso de três pontos numa partida de basquete. É um risco enorme, pela dificuldade em acertar, dando margem ao erro, onde além de não se marcar os três pontos, abre-se chance para a equipe adversária contra-atacar.
Portanto, o Cosmo Drah arriscou, mas acertou a cesta a meu ver, nesse quesito.

“Caos” tem cara de Blues-Rock, bem daquela fase de fim de anos sessenta, lembrando Tem Years After; Fleetwood Mac- fase Peter Green; Taste, e um certo peso a mais que tende ao Grand Funk nos seus primórdios de carreira, e Blue Cheer, naturalmente.
O uso de muitas convenções intrincadas também remete à outra boa influência em minha percepção, aproximando-se do trabalho cerebral do King Crimson.

O que mais chamou-me a atenção na faixa “Nova Estação”, foi a criatividade da letra, em fugir de clichês, muito embora o tema escolhido seja açucarado.
A relação homem-mulher tende a ser difícil para um letrista escrever algo diferente e não sujeito à pieguice que a norteia de forma sempre contundente. Portanto, acho que o vocalista Ruben Yannelli foi feliz nesse quesito, driblando os clichês.
“falsidade, chatice...quem é você ?”

Musicalmente, gostei do sabor Rock-MPB setentista, lembrando o trabalho de uma banda histórica como O Terço, por exemplo, mas senti pitadas de Secos & Molhados, também, e uma certa influência porteña de bandas como Pescado Rabioso e Sui Generis, e eu sei que os componentes do Cosmo Drah tem grande apreço ao Rock argentino setentista, aliás, sinal de extremo bom gosto, diga-se de passagem.

“Salamandrah” tem um instrumental bastante rico, lembrando-me o trabalho do Som Imaginário, com tanto colorido harmônico. Mas apresenta também um lado pesado, com certas passagens mostrando a densidade do Black Sabbath. Ouvindo no fone de ouvido e tentando buscar mais detalhes, viajei longe, e senti outras influências bacanas. Pensei no Gandalf; Sweet Leaf; Smoke...ou seja, bandas mais obscuras, mas de grande qualidade naquele panteão 60/70. 
Delírio deste resenhista que vos fala ? 
Idiossincrasia ? 
Ouça e tire sua conclusão !

Gostei muito de “Velho Mestre”, uma canção com forte sabor do Rock Rural setentista. Impossível não remeter ao Sá; Rodrix & Guarabyra, e mesmo aos bons trabalhos solo de Zé Rodrix.
Um bonito solo de violão, e o uso de um teclado etéreo que quase soou como um velho mellotron, são destaques, também.

Em “Mágica do Tempo”, o Cosmo Drah mostrou seu lado “Krautrock”. Lembrando o som de bandas germânicas como o Lucifer’s Friend; Guru-Guru, e Jane, eleva o Hard-Rock pesadão ao patamar do Art-Rock.

A última faixa do álbum, é “Roedor Renegado”. Aqui, há um caldeirão de boas influências amalgamadas.
A já mencionada referência ao Rock argentino setentista, se faz muito presente nesta faixa. Lembra Almendra, mas também tem algo do Blues do Aeroblues, sem dúvida. Tem muito de Rock brasuca setentista, também.

Sobre a atuação individual dos componentes do Cosmo Drah, nesse trabalho, gostei muito.


O baixista Elton Amorim tem bastante técnica e sua criatividade nas linhas que criou, são muito agradáveis. Seu baixo é melódico, bastante incisivo enquanto peso e presença, empolgando em todas as faixas. Acrescento que não poderia ser de outra maneira, dada a quantidade enorme de boas influências que tem na sua formação pessoal, aliás, caso dos quatro componentes.

Gostei muito da bateria de Renato Amorim, irmão de Elton, e outro caso de uma cozinha familiar de alto padrão e entrosamento, tal qual no exemplo dos irmãos Busic, Andria e Ivan. Ótima condução, com muita criatividade nas viradas; muito firme e preciso, pontual e expressivo no uso dos pratos; e bom gosto extremo na escolha dos timbres das peças de sua batera, com um peso e um brilho muito bons. Claro, o dedo do produtor Thiago Nacif pesa no quesito timbre, tendo esse mérito também.

O guitarrista Anderson Ziemmer é excelente, também. Bom harmonizador e solista, confere muita qualidade ao som do Cosmo Drah. Muito bom nos riffs & licks, brilha muito no disco inteiro.

E finalmente falando do quarto componente, o vocalista Ruben Yannelli, creio que seja uma das grandes vozes da cena do Rock brasileiro da atualidade. Dono de um vozeirão potente, com forte emissão, lembrou-me Luiz Carlos Porto e Fughetti Luz, vocalistas emblemáticos do Rock Brasuca setentista. E seu trabalho como letrista também merece destaque, mostrando inspiração e contundência.


Por falar nisso, sobre a parte poética, é bem verdade que no cômputo geral a banda apresentou nesse disco um clima pesado nas abordagens. Num primeiro olhar, poderia dar a entender que as letras são pessimistas, dadas ao desalento, como uma manifestação de desesperança sombria. Mas eu descarto essa visão, apesar da aparência inicial, pois nas entrelinhas, não creio que haja tal carga proposital. Em minha opinião, a proposta é outra, buscando a denúncia, mas sem o conformismo, tampouco o lamento em forma de ”mimimi”, tão comum na atualidade, como observamos nas Redes Sociais da Internet.
Sobre o áudio do disco, gostei bastante. Tem a pressão sonora moderna da era digital, mas as timbragens são bastante agradáveis e semelhantes ao áudio analógico de outrora. Tudo soa bem proeminente, e na velha escola de padrão de mixagem para uma banda de Rock, onde a voz é tratada como mais um instrumento, e não gritante na frente de tudo, como nas gravações comerciais de intenção pop/radiofônicas. Sendo assim, realço o bom trabalho do produtor Thiago Nacif, auxiliado pelo “tape engineer”, André Ferraz, do estúdio “Da Paz”.

Há de se destacar também a presença do produtor fonográfico, Eduardo Lemos, que representando a gravadora Melômano Discos, apostou numa banda de qualidade ilibada, embora outsider no mercado mainstream, portanto, atitude assim, pensando na arte e não em cifras, tem que ser muito louvada da parte de quem gosta de música, arte & cultura de uma forma geral, e em específico do Rock brasileiro autoral, e fora de panelas mafiosas.


Sobre a capa, o que dizer de mais um trabalho de Diogo Oliveira ?
Sou muito suspeito para elogiar o trabalho desse enorme artista plástico/publicitário/web designer/músico e grande agitador cultural, pois já desenhou capa de disco de banda minha, muitos cartazes de shows e assinou vídeo-clip de enorme sucesso e criatividade de um trabalho meu.
E constato com alegria, que é mais uma resenha de álbum de uma banda brasileira que preparo (ler sobre o CD “O Voo do Marimbondo”, do Vento Motivo, no arquivo deste Blog), e tenho o prazer de saber que mais uma arte de capa/encarte é assinada por ele.
Sobre a ilustração em si, Diogo buscou o lúdico dentro do realismo fantástico. Tem um certo sabor Sci-Fi, é verdade, mas o que é marcante mesmo, é o Ser flutuante tocando o solo com o dedo indicador, fazendo alusão ao telúrico. Mais uma vez o Diogo se mostra um mestre da ilustração, pois nessa sua concepção, sintetizou o trabalho do Cosmo Drah, ao fazer a ponte entre o som que nos faz viajar e a realidade da vida material. É etéreo e chão, ao mesmo tempo.



Um resumo de cada faixa do álbum, nesse "teaser" acima, postado na Internet 
Para conhecer melhor o trabalho do Cosmo Drah, procure a sua página na rede social Facebook :

Para contato direto com a banda, procure :
cosmodrah@gmail.com

Vale a pena também conhecer o catálogo da gravadora Melômano Discos :

Recomendo o trabalho do Cosmo Drah, com esse primeiro álbum homônimo, com certeza.

É isso aí pessoal!
No ano que vem voltaremos com novas colunas aqui no site!
Boas festas!

terça-feira, 18 de dezembro de 2018

Artigos e Resenhas - Edilson Hourneaux - Captadores: Corrida Decibélica - Parte 1.7


Olá pessoal!
Nesta semana temos mais um artigo do luthier de Santos, Edilson Hourneaux e a sétima e última parte da coluna sobre construção de instrumentos. Esta e outras matérias podem ser encontradas no site do Edilson que se encontra neste link:

Já a matéria deste mês se encontra completa neste link:

Então vamos a sétima parte desta matéria:

Selmer-Maccaferri


Na Europa de 1932, o italiano Mário Maccaferri também deixava seu legado na busca pelos decibéis.
Um violão com faixas laterais e fundo de rosewood laminado, tampo de spruce sólido e uma grande abertura sonora em forma de “D”.
A ideia por trás dos Maccaferri é um compartimento “coletor de vibrações”, localizado na metade inferior do instrumento e conectado por um duto a um outro compartimento, instalado na boca sonora. A grande massa sonora gerada no compartimento maior é enviada, pelo duto, ao compartimento menor, por onde é projetada para fora do instrumento com maior intensidade.
O projeto de aumento de volume sonoro não teve continuidade, pois os compartimentos instalados no interior do instrumento vibravam muito, gerando ruídos indesejáveis. Após ser abolida a ideia inicial, os violões Selmer-Maccaferri passaram a ser instrumentos convencionais, bem feitos e desejados, mas que não mais apresentavam algum diferencial relevante.

Lloyd Loar

Engenheiro e músico que trabalhou na Gibson entre 1919 e 1924 e já tinha ganhado notoriedade por ter desenhado os f-holes, idealizou os primeiros protótipos e fez os primeiros testes com captadores.
O sistema de Loar consiste em duas folhas paralelas de cobre do tamanho de uma moeda e acomodadas em um recipiente de baquelite.
As folhas vibram, aumentando e diminuindo a distância entre elas, o que induz uma corrente alternada, muito similar aos captadores de contato, utilizados atualmente em instrumentos acústicos.
No entanto,  esse dispositivo era extremamente sensível à umidade e de impedância muito alta,  obrigando a utilização de cabos curtos para evitar a degeneração do sinal.
Isto pode explicar o fracasso, pelo menos à época,  do projeto de Loar.
A ideia era perfeita. A tecnologia,  não.

Adolph Rickenbacher

Em 1925, fundou a Rickenbacker Manufacturing Company e em 1927, trouxe seu amigo, George Beauchamp, para trabalhar na sua empresa.
Em 1931, Beauchamp e sua equipe desenvolveram um captador magnético para guitarra, com conceitos utilizados nos captadores magnéticos contemporâneos.
Neste mesmo ano, a Rickenbacker lançou o A-22, conhecido como Frying Pan: um lap steel de metal, em cujo catálogo original trazia a curiosa frase: “VOLUME CONTROLÁVEL – mais que suficiente para as grandes orquestras”.
Objetivo alcançado!
A despeito de toda a fascinação que o captador magnético imprime nas pessoas, um dos maiores males que o ele nos trouxe foi gerar o desinteresse por experimentos que buscavam o aumento da projeção sonora em instrumentos convencionais.
Os únicos instrumentos que nunca pararam de ser procurados e copiados são o Gibson J200 e o Martin Dreadnought.
Gibson J200

Espero que tenham gostado das matérias do Edilson Hourneaux. No próximo ano retornaremos com novas matérias deste talentoso amigo
Um abraço e bons estudos!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2018

Documentário do Mês - Rush - Beyond the Lighted Stage


Olá pessoal!
Neste mês temos como sugestão o documentário da banda Rush - Beyond the Lighted Stage. Este documentário retrata a carreira da banda canadense de maneira muito detalhada e com performances incríveis da banda.

Mais informações: https://www.imdb.com/title/tt1545103/



Ficha Técnica

Direção e produção: Sam Dunn e Scot McFadyen
Atores: Alex Lifeson, Geddy Lee e Neil Peart
Musica: Rush
Edição: Mike Munn
Lançamento : 2010
País: Canada
Idioma: English

Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 11 de dezembro de 2018

Técnicas Para Contrabaixo – Notas Abafadas – Parte 6


Olá pessoal!
Estamos de volta para a última coluna em que estudamos as notas abafadas. Foram seis colunas demonstrando, a parte técnica, a aplicação em levadas, aplicação em músicas e por fim em diversos estilos. Nesta aula vamos aplicar as notas abafadas sobre os estilos de Blues e Rock.


Exercício 1 – Blues

No Blues as levadas são feitas em shuffle, ou seja, devemos dividir o tempo em três partes iguais (tercinas de colcheia) e tocar na primeira e na terceira colcheia. As levadas são construídas com a Pentatônica Maior de cada acorde e também com aproximações cromáticas. Os abafados são utilizados na passagem de uma nota para outra.


Exercício 2 – Rock

Para o Rock preferi utilizar um trecho da música Sultans of Swing da banda Dire Straits para demonstrar a aplicação. A levada é construída basicamente com uma semínima, uma pausa de colcheia e uma colcheia no contratempo. Neste exemplo o abafado geralmente é aplicado sobre o contratempo.


Vídeo



Apliquem em vários outros estilos, como vocês puderam perceber as notas abafadas são universais e funcionam como um ótimo recurso para construir linhas mais complexas e variadas.
Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 4 de dezembro de 2018

Sugestão do Mês - Carlos Almada - Harmonia Funcional


Olá pessoal!
Estamos de volta para mais uma coluna com sugestões sobre CDs, DVDs, livros entre outros materiais que fizeram parte da minha formação musical.
Dentre eles um com certeza virou o meu livro de cabeceira, que é esta preciosidade do autor Carlos Almada chamado Harmonia Funcional. Este é com certeza um dos melhores livros para aqueles que querem conhecer um pouco mais sobre esta matéria maravilhosa chamada harmonia.

 

Vejam a sinopse deste livro no site da Unicamp, além de também poder adquirir o livro no mesmo link:
http://www.unicamp.br/unicamp/ju/536/livro-da-semana

Informações (retiradas do portal da Unicamp e que pode ser encontrado no link acima).

Autor: Carlos Almada
ISBN: 978-85-268-0969-7
Ficha técnica: 2a edição, 2012; 288 páginas; formato: 21 x 28 cm; peso: 0,70 kg

Sinopse: Este livro tem como meta apresentar o curso de Harmonia Funcional da música popular de uma maneira objetiva e clara, ao mesmo tempo em que procura consistentemente fundamentar os seus principais conceitos, propondo uma abordagem teórica aprofundada de um assunto que, em geral, é tratado apenas pelo viés da praticidade. Divide-se em três partes: uma breve revisão de aspectos da Teoria Musical, o curso de Harmonia Funcional propriamente dito e uma seção de Harmonia Aplicada, na qual são apresentadas as principais características harmônicas e fórmulas de acompanhamento de dois dos mais brasileiros gêneros musicais: o samba e o choro.

Autor: Carlos Almada é compositor, arranjador e autor de Arranjo (Editora da Unicamp, 2000), A Estrutura do Choro (Da Fonseca, 2006) e de diversos métodos sobre música brasileira publicados pela editora norte-americana Mel Bay. Atualmente é professor de harmonia na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e doutorando em música pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Abraços e até a próxima coluna!