Aqui neste link tem a apresentação para o congresso da TEMA (Associação de Teoria e Análise Musical).
O trabalho apresentado foi Partimentos com graus conjuntos: uma perspectiva para a análise e realização de esquemas de contraponto e harmonia por Fernando Tavares, Gustavo Caum e Silva e Diósnio Machado Neto.
Neste vídeo apresentamos alguns modelos de análise baseados nos partimentos.
O site da associação está neste link https://tema.mus.br/novo/index.html
Nesta semana temos a transcrição da linha de baixo da música "Another One Bites The Dust" da banda Queen, com o sensacional baixista John Deacon, disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 linhas de baixo disponíveis como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o álbum solo do guitarrista Bruno Moscatiello, conceitual, bem no estilo do Rock Progressivo e com embalagem luxuosa: "Rio de Lágrimas".
A matéria original pode ser encontrada neste link.
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.
Sem mais, vamos ao texto do Luiz:
CD Brazilian Progressive Rock Soundtrack Volume 1 - Rio de Lágrimas / Bruno Moscatiello - Por Luiz Domingues
Eis aqui um exemplo impressionante de uma obra que se fosse apreciada de uma maneira isolada, já seria por si só, excepcional, no entanto, este trabalho faz parte de um conglomerado portentoso, e não apenas expresso pelo seu aspecto musical, ou seja, dessa forma mostra uma substância cultural multifacetada e muito rica.
Para explicar do que trata-se exatamente esse álbum, é preciso destacar que toda a inspiração musical nele advinda, vem de encontro com o pensamento filosófico de Renato Shimmi, um pesquisador muito sério no meio acadêmico, daí a sua sólida proposta em termos de mote. Não obstante tal estrutura intelectual fortíssima, há também o aparato ilustrativo, assinado por dois desenhistas incríveis, mestres na arte dos quadrinhos, Zé Otávio e Glaucus Noia.
Na parte musical, uma parte é preenchida pelo trabalho do excepcional guitarrista, Bruno Moscatiello, cercado por músicos convidados (todos do mais alto calibre, entre eles, alguns históricos dentro da cena do Rock Brasileiro), e a sua conclusão dá-se com a intervenção do grupo Kaoll, um grande nome do cenário moderno do Rock Progressivo, e grupo esse em que Bruno Moscatiello, também é integrante.
Cabe explicar também, que das onze faixas que constam neste álbum coletânea, seis são oriundas do álbum : “Sob os Olhos de Eva”, do grupo Kaoll, daí a ideia do elo que complementa o conceito em torno da obra como um todo.
Como o CD do Kaoll já foi devidamente resenhado em meu Blog, deixo abaixo o link para que o leitor tome conhecimento do que foi analisado dessa obra em separado do contexto maior, e assim, posteriormente eu avanço para repercutir a parte inicial da coletânea, com a obra: “Rio das Lágrimas”, assinada por Bruno Moscatiello e a contar com a presença de diversos convidados, muito especiais.
Eis o Link para acessar a resenha sobre o CD: “Sob Os Olhos de Eva”, do Kaoll:
Sobre as canções que compõem a parte da obra denominada, “Rio das Lágrimas”, trata-se de um conjunto formado por cinco temas instrumentais, a observar uma excelência musical inquestionável e nesse caso, não é uma surpresa, por motivos óbvios, ao considerar-se os músicos aqui reunidos para cumprir tal missão.
O elo com a obra posterior, assumida pelo grupo Kaoll, é total em termos de linearidade musical, embora haja uma sutil linha divisória a delinear cada trabalho. E isso ocorre não apenas por uma questão de coerência, se analisada pelo aspecto musical tão somente, mas certamente a seguir o libreto proposto pelo ensaio filosófico escrito por Renato Shimmi e devidamente embasado, visualmente, neste caso em específico, pela arte em quadrinhos assinada por Glaucus Noia.
A história trata da representação simbólica em torno de uma fábula muito bem embasada, a repercutir sutilmente um assunto vital, mas que não é necessariamente absorvido pela grande massa dentro da sociedade. Ou seja, a questão estrutural em torno da geopolítica que dita as normas no mundo, a usar de força desmedida, geralmente, para atingir os seus objetivos. Nesses termos, o belíssimo livro a apresentar o acompanhamento dessa fábula em quadrinhos, reforça e muito a força do texto.
Portanto, ao lançar a ideia em contar com a palavra, o som e a ilustração, em união para provocar deliberadamente a percepção sensorial do público, mostra-se perfeita, como estratégia. Dessa maneira, quando a própria editora usa como slogan publicitário, a frase de efeito a subverter a ordem natural dos sentidos: “ouvir o texto, ver a música e ler as ilustrações”, creio que revela-se muito feliz em exprimir a proposta deste projeto.
Ouça abaixo, um resumo sobre as faixas da parte "Rio de Lágrimas":
https://www.youtube.com/watch?v=WpT7qmS5Nu4
Sobre a parte musical de “Rio das Lágrimas”, cabe uma reflexão sobre as faixas:
“O Acordo”
Mostra-se impressionante o som do órgão de igreja, algo que há tempos eu não escutava em trabalhos modernos dentro do Rock brasileiro, nem mesmo em termos progressivos. Tal grandiloquência a evocar o conceito sinfônico, ornou muito bem, portanto. Assim como o uso de instrumentos de percussão, geralmente usados na música erudita e que foram bem utilizados por bandas clássicas do Rock Progressivo setentista, como os tímpanos e o tubullar bells. Em alguns momentos, a música assumiu um caráter cinematográfico, eu diria, pois abriu um campo auditivo capaz de propor imagens e assim reforçar certamente o conceito expresso pela obra em ser uma mistura sensorial entre as palavras, ilustrações e notas musicais.
“Batalha dos Minotauros”
A ideia de trazer um tipo de fraseado que lembrou um pouco as tradições da música Folk mexicana, pareceu-me interessante, mesmo que não haja na ficha técnica, anotada a participação de algum trompetista para tal execução, o que seria o usual em tal tipo de citação. O solo lento da guitarra, na perfeita exploração de notas longas, ficou muito bonito. Gostei muito da linha rítmica estabelecida pelo baixo e bateria.
“Rio de Lágrimas”
Mais uma intervenção de uma guitarra a explorar as notas longas, ou como costumamos chamar, no jargão musical, como “solo chorado”. Achei muito bonita a linha do baixo e a percussão muito criativa. A observação de diversas pontes entre as partes, dignificou as tradições do Rock Progressivo e enriqueceu o arranjo, obviamente. A presença de um belo solo de violão, dividido com outro ao sintetizador, mostra mais do que a destreza da parte dos instrumentistas, mas também revela uma beleza ímpar. Há também inserções em torno da polimelodia, e mais dois solos muitos bons ao final do tema, desta feita da parte de uma guitarra e igualmente do sintetizador.
“Morte do Sonho”
Gostei bastante da base harmônica estabelecida pelos teclados, com um teor lúgubre, tenso, no entanto, pleno em beleza. A presença de um belo solo lento à guitarra e também de um arranjo a privilegiar o violão, que engrandeceu a música.
“O Último Ato”
Mais uma vez é destacada a digitação ao violão. Gostei muito (mais uma vez) da linha de baixo e bateria e do peso estabelecido pelos teclados. Uma rápida passagem pelo piano, ficou muito bonita a destacar um belo timbre.
Em uma outra determinada parte, a música adquiriu um caráter sinfônico, a mesclar-se com um violão muito balançado, a propor uma parte dançante, até, por incrível que pareça. Há mais um belo solo de guitarra a acontecer, com a bateria e o baixo e pontuar uma linha com muito “groove”. E encerra-se com uma boa convenção, toda tercinada em sua divisão rítmica.
Sobre a capa do CD coletânea, “Brazilian Progressive Rock Soundtrack Volume 1”, há uma mixagem das imagens do livro de história em quadrinhos que acompanha o disco, com as imagens propostas no CD “Sob os Olhos de Eva”, do Kaoll, que também faz parte do pacote completo.
No caso da parte assinada por Bruno Moscatiello e de seus convidados, denominada como: “Rio das Lágrimas”, o trabalho do desenhista, Glaucus Noia é magnífico. A arte final foi creditada ao coletivo cultural, Sopa Art Br.
Uma boa ficha técnica é disponibilizada através de um caprichado encarte, com o texto em inglês, naturalmente idealizado como uma estratégia a buscar-se o reconhecimento internacional desta obra.
Para encerrar, recapitulo ao leitor que este CD é conceitual em torno do ensaio filosófico concebido pelo filósofo, Renato Shimmi.
A parte inicial da obra musical, em torno das cinco primeiras faixas, chamada como: “Rio de Lágrimas”, é um esforço criativo do guitarrista, Bruno Moscatiello, na companhia de muitos músicos convidados. Da sexta à décima primeira faixa, assume a batuta do disco, o grupo “Kaoll”, a expressar a obra: “Sob os Olhos de Eva”.
No cômputo geral, em termos de texto, trata-se na verdade de um único conceito, dividido em duas partes e escrito por Shimmi.
Na parte gráfica, o primeiro livro apresenta ilustrações de Zé Otávio e no segundo, são da autoria de Glaucus Noia. É notória a diferença de estilos entre tais artistas e ambos são excepcionais. Aliás, digno de nota, o luxo do acabamento gráfico, impressiona.
Está de parabéns a editora Red Clown, em conjunto com o coletivo Sopa Art Br e da gravadora Masque, pois no cômputo geral, todos os produtos são apresentados com um alto teor de qualidade, mediante a observação de um material de primeira categoria, com nível internacional.
E sobre a proposta filosófica expressa pelo pensador, Renato Shimmi, esta fábula mostra-se muito rica. Se o leitor & ouvinte prestar atenção, ele haverá por identificar muito claramente o que é dominação mediante a estratégia do domínio dos recursos energéticos vitais. Em termos físicos, seria a tática do estrangulamento, que impossibilita a reação e por conseguinte, estabelece quem domina e quem será sempre dominado. Portanto, transposto diretamente à realidade que norteia-nos, exprime o que está em jogo na acirrada disputa geopolítica exercida em nosso mundo.
Foi gravado no estúdio, Brainless Brothers Studio, em São Paulo.
Masterização no estúdio Sabatt Studio
Técnico de som (captura e mixagem): Fabio Ribeiro
Masterização: Saulo Battesini
Texto: Renato Shimmi
Ilustrações: Glaucus Noia
Arte Final: Sopa Art
Livro HQ editado pela Red Clown
Gravadora Masque Records
Músicos:
Bruno Moscatiello: Guitarra; violão e teclados
Kleber Vogel: Violino
Saulo Battesini: Teclados
Claudio Dantas: Percussão
Eduardo Aguilar: Baixo
Edu Varallo: Percussão
Nana Mathias: Violino
Erico Jones: Baixo
Fred Barley: Bateria
Fabio Ribeiro: Teclados
Willy Verdaguer : Baixo
Tainan Cristina: Cello
Para saber mais sobre o livro HQ/comics que acompanha este CD (assim como o livro que acompanha a parte da obra creditada ao Kaoll, “Sob os Olhos de Eva - Revoluções”, com mais ênfase ao texto do pensador, Renato Shimmi, e a conter ilustrações de Zé Otávio), acesse o site da editora Rede Clown:
Nesta semana temos no site uma coluna com a análise das linhas de baixo de Chris Squire no álbum Tales from Topographic Oceans. Nela demonstramos diversos exemplos de linhas criadas pelo baixista e nas quais analisamos a parte harmônica, melódica e rítmica do estilo do músico.
Este material faz parte de um acervo disponível como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Tales from Topographic Oceans - Yes
Exemplo 1 - The Revealing Science of God
Este trecho corresponde a base da voz e é repetido durante a primeira parte da música. E ocorre por volta de 3’05". Reparem que no primeiro tempo existe uma pequena variação da frase, tirem como base para os outros trechos a linha do segundo compasso. A escala escolhida para construir esta frase é a pentatônica, atente para o slide no segundo tempo. Este trecho requer muita velocidade do músico, pois, trabalha com sextinas e fusas.
Exemplo 2 - The Revealing Science of God
Este trecho se inicia aos 7’02” e corresponde a segunda base de voz. Ele foi construído com os intervalos de fundamental, quarta e quinta dos respectivos acordes. Para entender melhor a frase, divida-a a cada 1 tempo e meio, ou seja, ela começa no primeiro tempo e depois se repete a partir do contratempo do segundo tempo. Em várias músicas deste álbum, Chris Squire utiliza este tipo de pensamento para construir algumas linhas de baixo, sendo que estes “deslocamentos” de tempo é uma de suas principais características.
Exemplo 3 - The Remembering
Estes acordes correspondem a toda a introdução da música. O baixista toca as fundamentais correspondentes e somente neste trecho (2’00”) inicia-se uma linha com frases no Baixo. Sobre o primeiro acorde (Dm) Chris Squire utiliza a tríade na cabeça de cada tempo, mas com uma pequena variação no terceiro tempo deste compasso, quando ele utiliza a quarta como uma apogiatura para a quinta do acorde. No segundo compasso é utilizada a escala Mi menor. No terceiro compasso o baixista repete a ideia do primeiro compasso, com a substituição da apogiatura por um slide entre as notas (Sol e Lá). Por fim, no quarto compasso é usada a tríade de Mi menor para construir a frase.
Exemplo 4 - The Remembering
Este trecho é a base para um pequeno solo de steel-guitar. O baixista utilizou a fundamental, a quinta e a oitava para construir as frases deste trecho. A dificuldade aqui se refere a quantidade de notas da frase e a primeira nota que é deslocada da cabeça do compasso. Este trecho ocorre por volta de 10’19".
Exemplo 5 - The Ancient
Este trecho corresponde a introdução do solo de teclado e ocorre por volta de 4’33”. Somente a fundamental e a oitava acima são usadas para construir a frase. A dificuldade deste trecho é que a nota mais grave sempre é acentuada com o bumbo e ela é feita aleatoriamente. No exemplo que transcrevemos, o baixista acentuou no primeiro e no quarto tempos do primeiro compasso e no segundo compasso acentuou no segundo tempo. No terceiro compasso o acento aparece no primeiro tempo, e no quarto compasso volta a ser acentuado no segundo tempo.
Exemplo 6 - The Ancient
Este trecho ocorre por volta de 7’02” e é uma frase feita por todos os instrumentos utilizando contrapontos. O compasso está em 7/4 e o baixista toca todas as notas em stacato. Além disso, ele utiliza a escala de Ré Maior como base e também uma sétima menor (Dó) como blue note neste trecho. Esta nota aparece para completar o cromatismo.
Exemplo 7 - Ritual
Este trecho corresponde a uma pequena parte da introdução e inicia-se por volta de 2’12”. O baixista criou a frase em cima da escala mixolídio de Ré maior e a nota mais enfatizada neste trecho é a nota Lá que corresponde ao intervalo de quinta do acorde. A dificuldade desta frase está na variação rítmica utilizada pelo baixista nas repetições. Quando a música vai para Dó maior, o baixista segue o mesmo conceito para construir a frase.
Exemplo 8 - Ritual
Este trecho ocorre por volta de 8’28” e está entre duas bases de voz. O baixista aproveita este pequeno interlúdio para fazer um solo de Contrabaixo, utilizando muitos slides na execução. São dois acordes por compasso, mas foi utilizado somente o segundo acorde como referência para a construção da frase. A pentatônica de cada um destes acordes é a escala utilizada para construir as frases.
Nesta semana temos a transcrição da linha de contrabaixo da música "Teen Town" da banda Weather Report disponível gratuitamente no meu site. A música foi composta e gravada pelo sensacional baixista Jaco Pastorius.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Nesta semana estudaremos as possibilidades sobre o II V I Menor obedecendo a mesma ideia da coluna anterior, uma aplicação simplificada e uma com possibilidades mais "encrencadas".
Exemplo:
Bm7(b5) (IIm7(b5)), E7 (V7) e Am7 (Im7).
A primeira ideia é trabalhar com os modos referentes a Lá Menor Eólio e Harmônico misturados.
Para o acorde de
Bm7(b5) será utilizada a escala de Si Lócrio.
Para o acorde de E7 será utilizada a escala de Mi Mixolídio b6/b9.
Para o acorde de Am7 será utilizada a escala de Lá Menor Eólio.
A segunda ideia é trabalhar com o pensamento mais voltado para a sonoridade fusion.
Para o acorde de Bm7(b5) será utilizada a escala de Si Lócrio 9 (Sexto Grau da Menor Melódica).
Para o acorde de E7 será utilizada a escala de Mi Alterada.
Para o acorde de Am7 será utilizada a escala de Lá Dórico.
Toque a escala até a oitava em colcheias e tente utilizar a colcheia swingada como vimos nas colunas anteriores.
Faça os exercícios das duas colunas e tente criar frases sobre estas escalas depois de ficar com todas as opções "embaixo" dos dedos.
Transporte também para outros tons, esta ideia é importantíssima.
Nesta semana temos a transcrição da linha de baixo da música "Seek & Destroy" da banda Metallica, com o sensacional baixista Cliff Burton, disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 linhas de baixo disponíveis como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Nesta semana temos uma coluna especial que eu fiz para a antiga revista Coverbaixo. Nela eu analisei as características das linhas de baixo do Rock Progressivo.
A principal característica da cozinha do rock progressivo é a precisão. Bateria e Contrabaixo andam juntos ritmicamente dando suporte as frases de guitarras e teclados, sendo que neste estilo, são freqüentes as mudanças na fórmula de compasso e muitas frases em suas levadas.
Apesar de existirem varias bandas influentes neste estilo, a cozinha tem características bem variadas dependendo dos músicos ou da banda.
O baixista trabalha geralmente criando uma linha em contraponto com a melodia, ou ainda criando uma linha fixa sobre a harmonia, deixando a cargo dos outros instrumentos a parte harmônica da música. Quanto às frases, os baixistas utilizam muitas escalas para criar suas linhas cheias de variações, dando sempre preferência para a escala maior, a menor natural, a menor harmônica e a pentatônica. Ainda é bem freqüente o uso de acordes, arpejos e outros elementos muito bem explorados pelos representantes do nosso instrumento.
Os bateristas encaixam a parte rítmica nas frases do contrabaixo ou na melodia da música, utilizando sempre uma linha mais simples como base e criando algumas variações em cima dela. É importante salientar que os bateristas deste estilo, quando aparecem os compassos alternados, fazem a levada conforme o tema e não simplesmente quebrando o tempo como é feito em outros estilos.
O Rock Progressivo é um dos estilos mais complexos para se tocar, compor ou entender. É necessária muita aplicação do músico tanto na parte harmônica, quanto na parte rítmica. Aconselho a estudar algum livro que trata de compassos alternados e o mais importante de tudo é ouvir as bandas que fizeram deste estilo um dos mais fascinantes de se tocar.
Long Distance Runaround
Esta música tem, na minha opinião, a “cozinha” mais fantástica do Rock Progressivo, que é formada pelo baixista Chris Squire e o baterista Bill Bruford. Ela foi lançada no álbum “Fragile” de 1972, realmente o trabalho feito pelos dois músicos neste álbum e particularmente nesta música é extraordinário.
O trecho transcrito corresponde a introdução da música e que retorna mais tarde no interlúdio. O tema da introdução é feito pela guitarra e pelo teclado enquanto o contrabaixo e a bateria cuidam da levada feita sobre a célula rítmica de colcheia. Neste trecho não há mudanças na fórmula de compasso, mas a acentuação é feita sempre no contratempo do compasso anterior. Vale prestar atenção à forma musical deste trecho que é feito em nove compassos, o que não é muito comum, pois na maior parte das vezes, as partes são feitas em compassos múltiplos de quatro. Esta variação ocorre porque nos três últimos compassos a “cozinha” do Yes usa uma de suas principais característica, que são as notas pontuadas (neste caso a semínima), que faz com que tenhamos a sensação de rallentando no final, que é um recurso conhecido como hemíola. É muito interessante este recurso que Chris Squire e Bill Bruford faziam com extrema precisão.
A linha de Baixo foi construída sobre a escala de Dó Mixolídio, sendo que o Fá sustenido que aparece na linha é uma blue-note. No final são utilizadas as fundamentais dos acordes correspondentes. Já a linha de bateria foi feita utilizando semínimas na condução, atente para o uso de caixas e bumbos feitos nos contratempos. O baterista Bill Bruford faz isto com muita freqüência em suas linhas de bateria e causa uma estranha sensação de que está tocando “fora do tempo”.
The Spirit of Radio
Esta talvez seja a “cozinha” mais famosa do Rock Progressivo. Estamos falando do baixista Geddy Lee e do baterista Neil Peart, ambos dotados de uma técnica impressionante, sendo assim os músicos constroem linhas marcantes e complexas.
O trecho transcrito corresponde à introdução da musica The Spirit of Radio, que está presente no álbum “Permanent Waves” de 1980. Nesta faixa os músicos construíram uma linha cheia de frases de difícil execução e utilização de várias fórmulas de compasso, sendo assim, preste atenção na parte rítmica deste trecho, pois, em minha opinião é a parte mais difícil de entender. Foram utilizadas semicolcheias e tercinas de semicolcheia, que correspondem a seis notas dentro de um tempo.
O baixista Geddy Lee utiliza a escala de Ré maior pra construir sua linha, vale ressaltar para se ter cuidado com a duração das notas, elas devem ser tocadas e ter o som cortado respeitando o valor escrito.
O baterista Neil Peart utiliza quase todas as peças da bateria durante a execução desta parte, ele faz as frases distribuindo as notas em sua bateria já que no trecho selecionado ele não esta fazendo nenhuma levada.
Procure estudar este trecho com muita paciência, pois ele é muito complexo e de difícil execução, procure limpar as notas e tocar junto com um baterista. Quando estiver na velocidade da música, as notas devem estar limpas e precisas, assim tenha cuidado pra não ocorrer nenhuma nota adiantada ou atrasada, além do mais, não perca a pegada. Lembre-se a principal característica deste estilo é a precisão.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o CD Springtime do grupo de Rock Progressivo, Wejah.
A matéria original pode ser encontrada neste link.
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.
Sem mais, vamos ao texto do Luiz:
CD Springtime / Wejah - Por Luiz Domingues
O Wejah é um grupo que foi formado nos idos de 1982, fortemente inspirado pelo Rock Progressivo setentista, sob várias vertentes e a acrescentar doses generosas dos gêneros: Jazz-Rock, Fusion e música instrumental em geral.
A década de oitenta, como é bem sabido, não foi nada favorável para uma manifestação artística versada por tais estéticas e pelo contrário, revelou-se hostil para os artistas, que mesmo veladamente insinuassem em seus trabalhos, tais nobres influências de um passado considerado apócrifo pelos detratores em voga, portanto, a culminar em uma dificuldade tremenda para projetar-se adequadamente.
Dessa forma, a extrema contrariedade com a qual artistas dessas vertentes obtiveram para expressar-se, ganha ao olhar moderno, uma avaliação positiva ainda maior, pois a despeito da sua arte pautada pela excelência musical, o simples fato em ter tido tantas dificuldades para poder trabalhar, faz com que só possamos ter ainda mais admiração pela sua obstinação ante os obstáculos impostos.
Nesses termos, o Wejah foi valente e resistiu até demais, ao construir uma carreira que durou até o início dos anos noventa. Houve uma tentativa de retomada das atividades ao final dessa década, mas não bem sucedida, infelizmente, e somente em meados dos anos 2000, a banda reuniu forças para voltar à cena, com maior desenvoltura e desde então vem a trabalhar fortemente dentro das suas convicções artísticas e estéticas.
Eis que o seu último lançamento foi então através do CD denominado, “Springtime”, gravado em 2006 e lançado no início de 2007. E nada poderia ter sido melhor do que apontar para a perspectiva de uma florida e alvissareira primavera, após um longo inverno, não resta dúvida.
Tal trabalho apresenta canções absolutamente inéditas, gravadas entre 2003 e 2006, e a contar com três diferentes formações da banda (incluso a primeira, original dos anos oitenta), sempre conduzida pelos obstinados irmãos Sanchez: Nelson e Jorge. Foi lançado como CD tradicional em 2007 e recentemente, início de 2019, o trabalho foi incorporado em diversas plataformas digitais.
Ao escutar tal obra, chama a atenção que o lado mais Fusion da influência desses artistas, não deixa que exista um peso excessivo na sua criação e isso tem o lado bom, na medida em que muitos grupos Neo-Progressivos (principalmente após os anos noventa), buscam inspiração em artistas que mesclam o velho e bom Rock Progressivo setentista, com tendências pesadas, oriundas de vertentes do Heavy-Metal e particularmente, isso desagrada-me.
Claro, trata-se de uma mera opinião pessoal, mas eu considero que mesmo ao analisar grupos setentistas que trabalharam com peso em suas respectivas obras e são muitos os bons exemplos nesse campo, com o King Crimson como uma referência forte, só para citar uma, eu penso que grupos mais modernos que resgataram o Rock Progressivo nos anos noventa e dois mil, mas ao acrescentar correntes oriundas do Heavy-Metal, não fizeram a leitura correta do que realmente representou o Prog-Rock setentista em sua essência e nesse sentido, ao fundir com o Metal, inventaram uma receita indigesta.
Bem, não é o caso do Wejah, e como já observei, essa influência do Fusion que os seus componentes observam, tratou por não haver a menor possibilidade de existir um peso inconveniente em seu trabalho, mediante a observação de timbres e maneirismos que simplesmente não combinam adequadamente com o conceito do Prog-Rock clássico.
E mais um detalhe, o Wejah trabalha com uma vertente mais amena do Prog-Rock em si, onde busca-se uma maior aproximação com o som mais sinfônico, em paralelo ao Soft-Rock de uma maneira geral ou a trocar em miúdos, há o lado mais a pender para o som de Vangelis, principalmente naquela fase em que este grande tecladista grego construiu um projeto com o vocalista do Yes, Jon Anderson, para situar melhor o leitor.
O Wejah em foto ao vivo, sob formação como Power Trio, por ocasião do lançamento do CD Springtime. Teatro Santos Dumont, em São Caetano do Sul-SP, no ano de 2007
Sobre a atuação individual dos componentes no álbum, é realizada sob alto nível técnico, com muito bom gosto nas performances individuais e no tocante ao arranjo coletivo, que é bem amparado por uma ótima produção de áudio, e a incluir-se nesse bojo, o bom uso de timbres, a sobressair a opção sempre agradabilíssima em torno da escolha pelo padrão vintage. Em suma, a reforçar a ideia de que seja uma experiência prazerosa escutar tal álbum.
Não se trata de um trabalho exclusivamente instrumental, embora as canções mostrem-se quase que inteiramente construídas nesses termos. No entanto, observa-se pequenos trechos cantados em algumas faixas e embora a atenção despendida à vocalização seja menor, quando a cantoria aparece, tem uma qualidade muito grande, tanto na composição das melodias propostas, quanto na interpretação. E a opção é pelo uso do idioma inglês, e por conta desse detalhe, certamente tratou-se de uma estratégia da banda para adequar-se ao mercado internacional.
Sobre a capa do disco, a imagem usada foi a de uma paisagem cósmica, penso que uma foto obtida por um telescópio ou satélite. Sóbria, bonita e ao mesmo tempo profunda, por mostrar a amplitude do Universo e o logotipo da banda, que é muito funcional e ao mesmo tempo bem estiloso, compõe bem a imagem frontal dessa arte gráfica. Concepção e arte final do guitarrista, Nelson Sanchez. Enquanto o leitor prossegue nesta leitura, convido-o a escutar o álbum, “Springtime”, na íntegra:
Sobre as canções em si, resta-me observar mais alguns detalhes.
O Wejah ao vivo, como quarteto, desta feita, durante o Festival de Inverno de Paranapiacaba, em Santo André-SP, no ano de 2008
“Beginning of Life”
Com uma introdução bem climática, a destacar-se os teclados e a presença de sussurros fantasmagóricos, este tema desenvolve-se posteriormente em torno de uma bela levada de bateria e baixo, ao dar vazão para uma sucessão de acordes bem desenhados pela guitarra. Após uma desdobrada rítmica estratégica, acontece a parte cantada. Ao final, a bateria avança sob uma sutil intenção tribal e encerra-se o tema, mediante uma boa base obtida através do sintetizador e um bom solo de guitarra, mediante o seu timbre limpo.
“First Spring Flower”
Revela-se muita boa a condução rítmica inicial, gostei muito. Depois disso, uma base intermitente do sintetizador mostrou-se muito criativa. Apreciei bastante os ricos desenhos executados pela guitarra, tudo muito bem encaixado e a seguir, um solo de piano, muito bonito. O vocal entra e depois abre caminho para um solo de guitarra. O uso do recurso amparado por onomatopeia melódica, a la George Benson, é bem interessante.
"Insanity"
Logo no começo, uma insinuação de solo de baixo, chama a atenção. O tema fica mais pesado a mostrar densidade, e assim, impressiona o arranjo a privilegiar a inclusão de uma camada de teclados, muito bem concatenada. O uso da fórmula de compasso 6/8, traz a sutileza da influência jazzística e abre espaço para um solo de piano. Sussurros são escutados ao final, para garantir uma atmosfera misteriosa e o som do piano encerra a canção com uma intervenção deveras criativa.
"Burned Out"
Canção balançada, praticamente a caracterizá-la como um R’n‘B, apresenta um bom solo ao sintetizador e posteriormente, ocorre um outro momento solo e ótimo, desta feita executado ao piano elétrico. Gostei da parte toda arpejada pela guitarra, do solo posterior e da segunda voz em contraponto, ao final da música.
"North South East West"
Com boa base harmônica ao sintetizador, e também o solo ameno de guitarra, começa bem esta faixa. Apreciei a base desdobrada para dar vazão a um solo climático. A voz bem processada com uma reverberação mais profunda, também mostrou-se criativa e a linha de bateria ficou excelente.
"The Path"
Este tema, mostra-se bem denso, lembrou-me a canção, “Squonk” do Genesis, pela intenção. Apreciei bastante a sua sonoridade.
"Bragdah"
Talvez a música mais explicitamente influenciada pelo Jazz-Rock setentista clássico, mostra uma quebradeira rítmica memorável da parte pelos instrumentistas da banda. Gostei das convenções mais complexas, executadas com extrema habilidade.
"Box of Surprises"
Mais um tema a demonstrar destreza técnica de todos os componentes desta banda, também chamou-me a atenção um solo de baixo e a parte quebrada, onde a voz foi muito bem delineada. Gostei igualmente do solo final e dos efeitos propostos pelos teclados, a garantir uma sensação de loucura, no melhor sentido dessa expressão.
Recomendo a audição deste álbum, assim como a discografia geral do Wejah (álbuns: "Renascença", de 1988, e "Sendas", de 1996), por tratar-se de uma banda com influências nobres em sua formação artística, a contar com ótimos instrumentistas e inspirados compositores.
Gravado no estúdio próprio da banda em São Caetano do Sul-SP, e no Pro Studio, além do apoio de outros estúdios não arrolados, entre 2003 e 2006
Técnico de som (captura), mixagem e masterização: Cassio Martin
Capa (criação e lay-out): Nelson Sanchez
Produção Geral: Wejah
Formação do Wejah na faixa, "Insanity"
Nelson Sanchez: Guitarras
Jorge Sanchez: Voz e Baixo
Marcelo Perez: Teclados
Braulio Veiga: Bateria
Formação do Wejah nas faixas: “Beginning of Life”, “First Spring Flower”, “Bragdah” e “Box of Surprises”:
Nelson Sanchez: Guitarras
Jorge Sanchez: Baixo e Voz
Wladimir Augusto: Bateria
Formação do Wejah nas faixas: "Burned Out", "The Path" e "North South East and West"
Nelson Sanchez: Guitarras
Jorge Sanchez: Baixo e Voz
Marcelo Perez: Teclados
Luiz Fernando: “Piriquito”
Produção independente
O Wejah sente a aspereza do mercado, que sempre foi muito duro para o Rock Progressivo e neste momento de 2019, diante do quadro atual, ainda mais e apenas planeja compor novas músicas, mas sem perspectiva para lançamento ou mesmo shows ao vivo, por enquanto. No entanto, sinceramente, espero que oportunidades surjam para que esses artistas voltem a apresentar-se com maior regularidade e lançar novos trabalhos. Trata-se de um trabalho feito sob alto padrão técnico, a esbanjar criatividade e nobres propósitos.
Nesta semana temos o ábum "A Night at the Opera" da banda Queen na coluna Álbuns Clássicos.
Quarto álbum da banda Queen, A Night at the Opera é considerado por muitos como a maior obra-prima da banda. Lançado em 21 de Novembro de 1975, emplacou alguns sucessos, sendo o maior deles a música "Bohemian Rhapsody".
Considero John Deacon um dos maiores baixistas de rock de todos os tempos e para quem não sabe aquele que me fez tocar contrabaixo. As composições são complexas e misturam muitos elementos trazidos da Ópera, além do mais, a produção do álbum é impecável.
Faixas
1. Death on Two Legs - Freddie Mercury - 3:43
2. Lazing on a Sunday Afternoon - Freddie Mercury - 1:08
3. I'm in Love with My Car - Roger Taylor - 3:05
4. You're My Best Friend - John Deacon - 2:50
5. '39 - Brian May - 3:25
6. Sweet Lady - Brian May - 4:01
7. Seaside Rendezvous - Freddie Mercury - 2:13
8. The Prophet's Song - Brian May - 8:17
9. Love of My Life - Freddie Mercury - 3:38
10. Good Company - Brian May - 3:26
11. Bohemian Rhapsody - Freddie Mercury - 5:55
12. God Save the Queen - Tradicional, arr. Brian May - 1:11
Créditos
Freddie Mercury – Voz, Piano e Backing Vocal
Brian May – Violão, Guitarra, Koto, Ukelele, Harpa, Voz e Backing Vocal
Roger Taylor – Bateria, Gongo, Tímpano, Pandeiro, Voz, Efeitos de Guitarra e Backing Vocal
Nesta semana voltamos com a nossa coluna de Jazz e iniciaremos o assunto improvisação.
Um ponto importante é pensarmos sempre em qual o tipo de sonoridade queremos alcançar. Este ponto sempre deve nortear as suas escolhas para o improviso.
Começarei a falar um pouco sobre escolhas modais para improvisação. Costumo trabalhar minhas escolhas conforme a intenção que quero dar ao meu improviso. Separo entre uma intenção mais simples e direta que resolva a minha sonoridade rapidamente e outras em que exploro sons mais voltados para o Fusion e outros estilos mais "encrencados".
Vamos estudar nossas intenções voltadas para a cadência II V I.
Exemplo:
Dm7 (IIm7), G7 (V7) e Cmaj7 (Imaj7).
A primeira ideia é trabalhar com os modos referentes a Dó Maior.
Para o acorde de Dm7 será utilizada a escala de Ré Dórico.
Para o acorde de G7 será utilizada a escala de Sol Mixolídio.
Para o acorde de Cmaj7 será utilizada a escala de Dó Jônio.
Toque a escala até a oitava em colcheias e tente utilizar a colcheia swingada como vimos nas colunas anteriores.
Uma pergunta recorrente é a seguinte:
Mas todos os modos fazem parte da mesma escala, no caso Dó maior, então eu não posso usar somente a escala de Dó maior sobre os três acordes?
Sim você pode utilizar e é isso o que realmente soa. Mas a pergunta então muda para: Por que estudar então?
Eu sempre aconselho o estudo para se habituar ao pensamento por acorde que este estudo prepara para o estudante.
Desta forma, partimos para a segunda ideia que muda a sonoridade para a linguagem um pouco mais fusion, para alcançar tal sonoridade usaremos:
Para o acorde de Dm7 será utilizada a escala de Ré Dórico.
Para o acorde de G7 será utilizada a escala de Sol Alterada.
Para o acorde de Cmaj7 será utilizada a escala de Dó Lídio.
Ouçam as diferenças de sonoridade, estude os exercícios e na próxima coluna veremos as ideias sobre o II V menor.
Nesta semana temos a transcrição da linha de baixo da música "Sgt. Baker" da banda Primus, com o sensacional baixista Les Claypool, disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 linhas de baixo disponíveis como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Nesta semana temos no site uma matéria especial sobre o estilo musical de Mike Rutherford no álbum Foxtrot da banda Genesis. Nela demonstramos diversos exemplos de linhas criadas pelo baixista e nas quais analisamos a parte harmônica, melódica e rítmica do estilo do músico.
Este material faz parte de um acervo disponível como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Genesis - Foxtrot
Exemplo 1
Este trecho corresponde à base de voz (2’19”), e é executado sobre a fórmula de compasso 6/4. O interessante neste compasso é que ele não é dividido em dois tempos fortes a cada três tempos como normalmente é feita a contagem nos compassos compostos. Neste trecho ele é dividido em um compasso de quatro seguido de um de dois tempos. Cuidado com a parte rítmica que deve ser feita com algumas notas em staccato. A frase foi construída com a quinta e a oitava do acorde.
Exemplo 2
Esta parte ocorre por volta de 1’04” e corresponde a base do refrão da musica. O baixista utilizou a escala de Dó menor dórico nos dois primeiros compassos e a escala Pentatônica de Si bemol para o terceiro compasso. No quarto compasso são tocadas as fundamentais de cada acorde no contratempo.
Exemplo 3
Esta base corresponde ao solo de piano que acontece durante o interlúdio da musica (1’43”), e o baixo faz um pequeno solo neste trecho. No primeiro e no terceiro compassos o baixista trabalhou com a tríade do acorde. No segundo e no quarto compassos a frase foi construída com a pentatônica de Mi Maior. O quinto compasso foi feito com a Pentatônica de Ré Maior e o sexto com a escala menor de Si.
Exemplo 4
Esta frase corresponde à introdução da musica. Nos três primeiros compassos foi usada somente a fundamental do acorde e a partir do quarto compasso o baixista utilizada a escala de Lá maior para construir a frase. Nos compassos 6, 7 e 8 o baixista utilizou a fundamental do acorde e a partir do 9º compasso a escala de Fá# menor.
Exemplo 5
Este trecho corresponde à base de voz da música e é repetido várias vezes no decorrer dela. Ele foi construído com a pentatônica de Lá menor e utiliza a célula rítmica de tercina como base para a subdivisão do tempo.
Exemplo 6
Durante a maior parte desta música o baixista toca violão e os baixos são feitos através do pedal moog. Desta forma em grande parte da canção, o grave está na fundamental do acorde. Na sexta parte da música, chamada “Apocalipse in 9/8”, a frase principal para a base da voz e para o solo de teclado é feito sobre a fórmula de compasso citada no titulo do trecho (9/8). Neste trecho (16’15”) a maior dificuldade apresentada está na parte rítmica, pois a frase tem uma rítmica bastante incomum.
Nesta semana temos a transcrição da linha de contrabaixo da música "Two Minutes to Midnight" da banda Iron Maiden disponível gratuitamente no meu site. Esta música conta com Steve Harris no contrabaixo.
Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.
Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com
Estou aqui para divulgar os links para ouvir os programas MKK BASS SESSIONS.
Hoje temos a divulgação dos dois primeiros programas:
MKK BASS SESSIONS #01 - FABIO ZAGANIN
Neste programa tivemos uma super entrevista com um dos maiores baixistas e professores do Brasil.
Fabio Zaganin nos contou muitos detalhes de sua carreira e nos apresentou as músicas do seu álbum solo Rumble Fish e do ZFG Mob. Além disso, tivemos músicas com os baixistas Nico Assumpção, Stanley Clarke e Liminha.
Vocês podem escutar o programa na íntegra no spotify ou mix cloud:
MKK BASS SESSIONS #02 - BAIXISTAS COM CARREIRA SOLO
Neste programa apresentamos os trabalhos solos de alguns baixistas.
Tivemos a presença de Adriano Campagnani, Adriano Giffoni, Davi Motta, Fernando Molinari, Jorge Pescara e Zuzo Moussawer. Além disso tivemos músicas com os baixistas Humberto Gessinger, James Jamerson e Les Claypool.
É isso aí! Logo mais voltaremos com mais programas e postagens. Abraços!