Olá pessoal!
A matéria original pode ser encontrada neste link.
Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.
Um breve release do Luiz feito pelo próprio:
Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.
Sem mais, vamos ao texto do Luiz:
Tony Babalu / CD Live Sessions II - Por Luiz Domingues
Existem inúmeros guitarristas fantásticos no país, com técnica exuberante; conhecimento teórico; bom gosto na preparação de seu áudio; muita criatividade e atuando em diversos nichos da música, indiscutivelmente. O guitarrista Tony Babalu está nesse rol, certamente, contudo, possui um diferencial marcante e que não depende necessariamente de estudo para alcançar-se, mas alguns poucos conquistam de forma indelével. Trata-se de uma personalidade musical única, portador daquela capacidade de fazer com que os ouvintes consigam identificá-lo, ao soar de poucas notas que produz. Carlos Santana; David Gilmour; Johnny Winter e Brian May (sei que o leitor vai elucubrar outros nomes como exemplos, naturalmente), são alguns desses que tem essa capacidade e Tony Babalu pode ser incluído nessa seleta lista.
Assim que lançou o álbum “Live Sessions at Mosh”, em 2014 (leia a minha resenha sobre ele através desse link abaixo : http://luiz-domingues.blogspot.com.br/2014/07/live-sessions-at-mosh-tony-babalu-por.html), ficara no ar a expectativa por mais um disco nesse teor, em face da qualidade e apuro artístico de uma música instrumental inspiradora. Demorou, mas eis que Tony Babalu anuncia enfim o lançamento de um novo álbum e bingo... mais uma vez reunindo sua banda para uma sessão gravada ao vivo no estúdio Mosh, de São Paulo.
Em “Live Sessions II”, a mesma dinâmica foi usada, com um resultado excelente, mostrando mais uma vez que a capacidade em produzir música instrumental de extrema qualidade e ao mesmo tempo com apelo pop, é possível, portanto, não trata-se de um disco de Jazz-Fusion passível de ser admirado apenas por músicos e / ou experts do gênero, mas capaz de agradar a diversas camadas de ouvintes.
Outro trunfo, a extrema versatilidade com que Babalu e sua banda trafegam por estilos diferentes. Ao longo do álbum, ouve-se Jazz; groove de Black Music; pitadas de Blues; ritmos latinos; brasilidade e Rock, tudo junto e misturado, com uma fluidez tamanha que impressiona. E além disso tudo, o bom gosto impera como um todo. Apesar de ser um disco instrumental e haver uma aura "fusion" que permeia o trabalho como uma amálgama, não existe excesso. Todos os solos, não só da guitarra, mas dos outros instrumentos, são feitos com muito critério, usando do bom senso, evitando devaneios em demasia, dessa forma tornando o trabalho bem enxuto.
Outra marca registrada de Tony Babalu como guitarrista e que incorporou-se aos demais, enquanto conceito, nota-se uma delicadeza ímpar nos arranjos, tanto coletivo, quanto nas linhas individuais de cada um. Essa sensibilidade aguçada, que é típica de Tony Babalu ao lidar com sua guitarra Fender Stratocaster, impregnou-se no álbum, e claro que isso valoriza-o, tremendamente.