quinta-feira, 30 de maio de 2024

Teoria & Análise - Estudos Ritmicos - Parte 2

Olá pessoal!

Nesta semana temos a segunda parte do nosso curso sobre leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais importantes do aprendizado musical.

Acesse o material da coluna 1 no link http://www.femtavares.com.br/2024/02/teoria-analise-estudos-ritmicos-parte-1.html

Este material faz parte de um acervo produzido por mim, relacionado às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.

Figuras Musicais

O modelo de notação musical, como conhecemos atualmente tem suas origens por volta do século IX.

Atualmente as figuras de som são sete: semibreve, mínima, semínima, colcheia, semicolcheia, fusa e semifusa.

Cada figura de som possui uma pausa correspondente com o mesmo valor. Por exemplo, se uma semínima vale 1 tempo, a pausa de semínima também valerá 1 tempo.

As figuras rítmicas não possuem valores preestabelecidos, esses valores variam conforme a fórmula de compasso, porém, existe uma relação entre elas, sendo que, a semibreve sempre valerá o dobro da mínima, a mínima sempre valerá o dobro da semínima e assim sucessivamente.

As figuras recebem um número que determina a sua qualidade, este número é colocado no denominador da fração que corresponde a forma de compasso da música. 

As figuras rítmicas não possuem valores absolutos preestabelecidos, pois esses valores variam conforme a fórmula de compasso. No entanto, há uma relação constante entre elas:

A semibreve sempre vale o dobro da mínima.

A mínima sempre vale o dobro da semínima.

A semínima sempre vale o dobro da colcheia.

A colcheia sempre vale o dobro da semicolcheia.

A semicolcheia sempre vale o dobro da fusa.

A fusa sempre vale o dobro da semifusa.

Cada uma das figuras musicais recebe um número de equivalência que será usada como base para identificarmos os compassos. Estude a tabela abaixo e guarde o número das figuras e a sua respectiva figura:

As figuras rítmicas não possuem valores absolutos preestabelecidos, pois esses valores variam conforme a fórmula de compasso. No entanto, há uma relação constante entre elas:

A semibreve é representada pelo número 1.

A mínima é representada pelo número 2.

A semínima é representada pelo número 4.

A colcheia é representada pelo número 8.

A semicolcheia é representada pelo número 16.

A fusa é representada pelo número 32.

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


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Bons estudos e até a próxima coluna!


Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

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segunda-feira, 27 de maio de 2024

Transcrição do Mês - Dominguinhos e Chico Buarque – Isso aqui tá bom demais

 Olá pessoal!

Nesta semana, trazemos a transcrição da música “Isso aqui tá bom demais” de Dominguinhos com o baixista Luizão Maia, publicada originalmente na edição número #35 da Revista Bass Player Brasil.

Essa transcrição faz parte de uma coleção de mais de 240 publicações para revistas de contrabaixo, as quais tenho compartilhado aqui no site. Ela também integra uma coleção com mais de 1000 transcrições produzidas por mim.

Para conferir outras matérias que publiquei, vocês podem acessar o link:

www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Esses artigos fazem parte de um acervo produzido por mim e estão relacionados às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

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Dominguinhos e Chico Buarque – "Isso aqui tá bom demais"


A transcrição deste mês conta com o emblemático baixista da música brasileira, Luizão Maia, que difundiu o contrabaixo elétrico em nossa música e gravou a maioria dos nossos clássicos nas décadas de 70, 80 e 90. Podemos ver como Luizão era um baixista criativo nesta canção lançada em 1985 de Dominguinhos com a participação de Chico Buarque. A transcrição foi originalmente publicada na revista Bass Player Brasil de agosto de 2014, na edição #35.

Luizão constrói uma linha sobre um ritmo brasileiro conhecido como quadrilha nordestina, que tem como característica a fórmula de compasso 2/4 (muito comum nos nossos ritmos tradicionais) e uma divisão rítmica bem marcada com uma semínima no primeiro tempo e duas colcheias no segundo tempo. É importantíssimo manter esta divisão durante todo o tempo para swingar.

A música pode ser dividida em três bases: a da introdução, a do refrão (muito parecida com a introdução) e a base de voz.

Introdução: O baixista trabalha com as notas da tríade dos respectivos acordes, exceto no compasso sete, onde ele insere a sétima maior do acorde de A. Os acordes utilizados são o I grau (E), o V (B7) e o IV (A). Esta parte retorna entre os compassos 130 e 145 como base do solo.

Refrão: A partir do compasso 18, esta base utiliza as mesmas ideias da introdução, exceto nos compassos 23 e 31, onde o IV grau é substituído pelo V. Vale conferir a frase que Luizão toca no compasso 24, construída com um cromatismo interessante. No final do trecho entre os compassos 32 e 33, o baixista utiliza um pequeno acorde de E com o baixo na corda E solta e a Fundamental (E) e a Terça (G#) nas pontas do acorde. Este trecho é repetido nos compassos 18 ao 33, 66 ao 81, 114 ao 129, 146 ao 161 e no final, a partir do compasso 182.

Base de Voz: Inicia-se no compasso 34. O baixista trabalha com o acorde de E, sempre mandando a nota E solta nas colcheias do segundo tempo. No primeiro tempo, temos as pontas do acorde com algumas variações: ora uma nota abafada antes, ora o acorde na cabeça do tempo. Todas as variações estão transcritas na partitura, incluindo acordes com Fundamental e Terça para G7 e F#7. Os trechos ocorrem entre os compassos 34 ao 65, 82 ao 113 e do 162 ao 181.

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Grande música do nosso repertório, com uma linha cheia de variações e ideias muito legais. Vale explorar os exemplos deixados por Luizão e conhecer todo o seu legado para o contrabaixo. 

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quinta-feira, 23 de maio de 2024

Redes Sociais - Fernando Tavares

Olá Pessoal!



Gostaria de compartilhar com vocês que semanalmente atualizo meu site e minhas redes sociais com novidades sobre o meu trabalho.

Convido a todos a me acompanharem nas seguintes plataformas:





Fiquem por dentro de todas as novidades e projetos em que estou envolvido. Espero por vocês!

Abraços,

segunda-feira, 20 de maio de 2024

Exercícios - Parte 4 - Exercícios elementares para mão esquerda com duas notas por corda

Olá, pessoal!

Nesta semana, trago a quarta coluna de exercícios de técnica, na qual abordarei diversos pensamentos sobre o desenvolvimento de uma técnica mais precisa para as mãos direita e esquerda.

Nas três primeiras colunas, abordamos os exercícios elementares para a mão direita e esquerda, e hoje avançamos para os exercícios elementares destinados à mão esquerda feitos com duas notas por corda.

Este material faz parte de um acervo produzido por mim, relacionado às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

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Lembrando que este material faz parte de um acervo produzido por mim, relacionado às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares é mestre em Musicologia pela ECA-USP, pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).


quinta-feira, 16 de maio de 2024

Artigo “De outras terras e outras línguas te acordar: Taiguara, a música como campo de batalha”

Olá, pessoal!

É com muito prazer que anunciamos a publicação do artigo “De outras terras e outras línguas te acordar: Taiguara, a música como campo de batalha”, que se relaciona à linha de pesquisa "Significação Musical e Teoria Crítica aplicadas às Dimensões Sociopolíticas, Culturais e Decoloniais da Música Brasileira" do LAMUS (Laboratório de Musicologia) da EACH-USP Leste, coordenada pelo Prof. Dr. Diósnio Machado Neto.

O artigo é uma produção conjunta de Aldo Luiz Leoni, Fernando Tavares e Diósnio Machado Neto do LAMUS e resultado dos encontros do Grupo de Estudos sobre o Rock, feitos quinzenalmente pelo grupo. O artigo saiu no dossiê: “Álbumes del exilio: música popular, política y experiencias” no Volume 6, Número 1 (2024) da Revista Contrapulso, disponível no link:

https://contrapulso.uahurtado.cl/index.php/cp/issue/view/10

O artigo pode ser encontrado neste link:

https://contrapulso.uahurtado.cl/index.php/cp/article/view/240/105


Segue abaixo o resumo do artigo:

Este trabalho aborda a vigilância ideológica e de costumes dos aparelhos do Estado durante a Ditadura Militar no Brasil, especialmente na música. Destaca-se o caso de Taiguara, um compositor que ao tentar reiteradamente defender pessoalmente suas canções acabou criando no meio censório uma reputação de inconformista. Isso eventualmente se agravou à medida que o regime militar passou não só a cercear canções sobre costumes, mas também conteúdo considerado subversivo. Assim a carreira do músico em paralelo à escalada da repressão desde o Golpe de 1964 estabelece um nexo de causalidade. A vigilância começa a se evidenciar mesmo durante os festivais musicais televisionados na década de 60 nos quais o músico tinha presença constante. Isso iria causar os dois períodos de exílio de Taiguara, o primeiro na Inglaterra e o segundo na Tanzânia. O álbum Imyra, Tayra, Ipy(1976) foi o auge da perseguição, pois, mesmo tendo passado na peneira censória foi recolhido às pressas logo após sua distribuição. Além da discussão sobre o exílio e a censura enfrentados por Taiguara, são analisadas soluções musicais e letras do compositor nesse contexto. A postura crítica e a defesa de pautas que hoje seriam classificadas como progressistas destacaram-no como um artista em busca de liberdade de expressão.

Palavras-chave: Taiguara, exílio, ditadura militar brasileira, censura, Imyra Tayra Ipy.


Vocês podem assistir ao lançamento do dossiê no canal do Youtube, através do link:



Para quem quiser saber mais informações sobre o LAMUS, pode acessar o site:

https://sites.usp.br/lamus-each/


Abraços e até a próxima!

segunda-feira, 13 de maio de 2024

MKK BASS SESSIONS - Programa #33 - Baixistas de Soul, Funk e Disco

Olá pessoal!



Eu produzi e apresentei um programa totalmente voltado ao contrabaixo na MKK Web Radio (https://mkkwebradio.com.br/) durante 3 anos. As reprises do programa vão ao ar nas terças às 22:00 e nos domingos às 20:00. O programa teve mais 101 edições e assim, decidi apresentar aos ouvintes os programas para os quais fiz alguma pesquisa e apresentei baixistas com uma temática determinada.


Vocês podem ouvir todos os programas no spotify ou no mix cloud, os links estão abaixo:


https://open.spotify.com/show/3oWiMjUuDB7gfu6ojuEGkZ?si=68c0aa6165e84fb7

https://www.mixcloud.com/discover/


No programa 33 tivemos um especial com baixistas de Soul, Funk e Disco.

Neste programa, tivemos os baixistas internacionais Bernard Odum (James Brown), Bob Babbitt (Funk Brothers), Robert "Kool" Bell (Kool & The Gang), Bootsy Collins (Funkadelic) e Verdine White (Earth, Wind and Fire) e os baixistas brasileiros Capacete (Cassiano, Tim Maia), Ari Nascimento (Placa Luminosa), Dunga (Lulu Santos) e Marco Bombom Elias (Ed Motta).

Estas pesquisas são parte de um acervo produzido pelo autor e que estão relacionadas as suas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para maiores informações entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


Programa #33 - Baixistas de Soul, Funk e Disco



Bernard Odum


Para abrir nosso programa, vamos homenagear James Brown, um dos maiores artistas do soul, para iniciar nosso programa. Ao examinar sua história, é imperativo mencionar Bernard Odum, um talentoso que ajudou a criar sua sonoridade distinta nos anos 50 e 60. 

Odum trabalhou como baixista de James Brown desde 1956. O som distinto do "Godfather of Soul" foi criado por sua habilidade e criatividade. Mas uma era de colaboração terminou quando Odum e outros membros da banda se rebelaram contra Brown em 1969.

Em 1967, Odum e Brown gravaram a icônica faixa "Cold Sweat", que foi uno dos momentos mais marcantes de sua parceria. Essa música, composta pelo James Brown and Alfred "Pee Wee" Ellis, se destaca não apenas por sua letra e melodia, mais também por sua incrível sessão instrumental, onde o talento de Bernard Odum brilha.

Música 01: James Brown - Cold Sweat (https://www.youtube.com/watch?v=8bztE5IbQOo


Bob Babbitt


Agora, vamos direcionar nossa atenção a um baixista de extrema importância para a história da música. Quando falamos sobre a lendária gravadora Motown, é inevitável lembrar do seu grupo de músicos, os Funk Brothers. Este time, composto por uma grande variedade de talentos, contribuiu significativamente para o sucesso de inúmeros hits.

Embora James Jamerson seja indiscutivelmente o baixista mais famoso do grupo, não podemos ignorar a contribuição de outro grande talento: Bob Babbitt. Babbitt deixou sua marca na história da música ao gravar uma vasta quantidade de músicas memoráveis, e uma delas é a que escolhemos para o nosso especial de hoje.

Estamos falando de "Signed, Sealed, Delivered (I'm Yours)" do incrível Stevie Wonder. Lançada em 1970, esta música logo conquistou o topo das paradas, cativando o público com sua energia contagiante e sua mensagem positiva.

Música 02: Stevie Wonder - Signed, Sealed, Delivered (I'm Yours)] (https://www.youtube.com/watch?v=6To0fvX_wFA)


Capacete


No Brasil, no início da década de 70, surgiu um baixista notável conhecido como Roberto de Azevedo, carinhosamente apelidado de Capacete. Sua contribuição para a música brasileira foi significativa, tendo gravado em diversos álbuns aclamados, como o de Tim Maia de 1971 e o álbum "Garra" de Marcos Valle.

A importância de Capacete para a história do contrabaixo no Brasil é indiscutível. Seu talento e criatividade deixaram uma marca duradoura na cena musical brasileira. No blog Búzios Bossa Blog, há uma matéria detalhada sobre sua carreira e os muitos álbuns que ele gravou, destacando sua relevância para a música nacional.

Para este especial, escolhemos a música "Já" do álbum "Imagem e Som" do cantor Cassiano, lançado em 1971. Cassiano é merecedor de homenagens por seu importante papel como cantor de Soul no Brasil. Ao longo dos anos 70, ele lançou três álbuns que são verdadeiras joias para os amantes da música suingada e soul.

Música 03: Cassiano - Já (https://www.youtube.com/watch?v=1hrHcYKM3b4)


Ari Nascimento


Nos anos 70, o cenário musical brasileiro testemunhou o surgimento de várias bandas notáveis, e entre elas, destacou-se a Placa Luminosa. Reconhecida por suas contribuições para trilhas sonoras de novelas e pela sua sonoridade característica da década, a banda marcou época.

Fundada em 1975, a Placa Luminosa era composta por Jessé (vocal solo e teclados), Ari Nascimento (baixo e vocal), Ribah Nascimento (guitarra e vocal) e Luizão (bateria e percussão). Seu álbum de estreia, "Velho Demais" (1977), conquistou o público e estabeleceu a banda como um dos expoentes da música brasileira da época.

Dentre as faixas deste álbum, destaca-se "Placa Luminosa", que se tornou um verdadeiro clássico. Com sua vibe envolvente e ritmo contagiante, a música cativou os ouvintes e consolidou a banda como um nome de destaque no cenário musical.

À medida que a década avançava, a Placa Luminosa flertou com a disco music, como evidenciado em faixas como "Não Pare de Dançar". Nesse contexto, o baixista Ari Nascimento se destacava com sua linguagem musical única, trazendo grooves envolventes e suingados que contribuíram para o sucesso da banda.

Música 04: Placa Luminosa - Placa Luminosa (https://www.youtube.com/watch?v=cJxFMBfYqp4)


Robert "Kool" Bell


Nos anos 60, emergiu uma das bandas mais marcantes do movimento black, que posteriormente dominaria as paradas de sucesso nos anos 70: Kool & The Gang. Com hits como "Funky Stuff", "Celebration" e "Get Down on It", a banda conquistou o estrelato e deixou uma marca indelével na história da música.

Formada pelos irmãos Robert e Ronald Bell, sendo o primeiro um renomado baixista, o Kool & The Gang se destacou pela qualidade de suas linhas de baixo. Suas músicas apresentam grooves precisos e envolventes, característicos do estilo funk.

Para o especial de hoje, selecionamos a música "Ladies Night" do álbum homônimo lançado em 1979, que marcou o décimo primeiro álbum do Kool & The Gang. Esta faixa em particular é um exemplo brilhante do talento da banda para criar músicas cativantes e dançantes, com uma linha de baixo irresistível.

Música 05: Kool & The Gang - Ladies Night (https://www.youtube.com/watch?v=LjG7-5kbevo)


Bootsy Collins


O baixista em questão, com seu baixo estrela, é uma figura icônica que transcende a música, sendo frequentemente visto em diversos lugares da mídia, incluindo várias séries de televisão. Suas contribuições musicais são vastas e diversas, e uma das faixas mais marcantes em que ele se destacou foi "Groove Is in the Heart" do Dee-Lite, um sucesso dos anos 90 que certamente traz boas lembranças a muitos de nós.

No entanto, para este especial, escolhemos uma faixa da banda Parliament intitulada "Give Up the Funk (Tear the Roof off the Sucker)" do álbum "Mothership Connection" de 1975. O Parliament, juntamente com o Funkadelic, faz parte de um coletivo conhecido como P-Funk, liderado pelo extraordinário George Clinton. Este coletivo é reconhecido por suas músicas com letras politicamente carregadas e álbuns conceituais que transcendem os limites do funk, soul e rock.

A faixa em destaque neste especial possui uma linha de baixo incrível, onde podemos apreciar as habilidades e o estilo único de Bootsy Collins. Suas frases de baixo adicionam uma dimensão especial à música, tornando-a verdadeiramente memorável e cativante.

Música 06: Parliament - Give Up the Funk (Tear the Roof off the Sucker) (https://www.youtube.com/watch?v=od-5gCO_PGE)


Dunga


Vamos agora apreciar o talento de um baixista notável dos anos 90: Dunga. Reconhecido por sua versatilidade e habilidade musical, Dunga deixou sua marca ao colaborar com uma variedade impressionante de artistas de renome, incluindo Ivan Lins, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Marina, Seu Jorge, Ana Carolina, Claudinho e Buchecha, entre outros.

Uma das colaborações mais memoráveis de Dunga foi com Lulu Santos no álbum "Assim Caminha a Humanidade", lançado em 1994. Neste álbum, Lulu Santos explorou uma sonoridade mais eletrônica, e Dunga contribuiu com seu talento no baixo, deixando sua marca em cada faixa.

Para este especial, selecionamos a música "Tudo Igual", que apresenta frases de baixo envolventes e cativantes, demonstrando a habilidade e criatividade de Dunga. Além de sua contribuição para a música, Dunga também é reconhecido por seu trabalho com jingles e como produtor de diversos artistas da cena pop brasileira.

Música 07: Lulu Santos - Tudo Igual (https://www.youtube.com/watch?v=dq2VbWyZeuM)


Bombom


Agora vamos nos deliciar com uma pérola dos finais dos anos 80, cortesia do talentoso Ed Motta. Estamos falando de uma faixa de seu álbum "Ed Motta & Conexão Japeri", lançado em 1988, quando o cantor tinha apenas 17 anos de idade.

Nesta faixa, o baixo é conduzido por Marco Antônio Elias, mais conhecido como Bombom, um baixista renomado do Rio de Janeiro e uma figura bem estabelecida na cena da Soul Music brasileira. Seu talento e destreza são evidentes ao longo da música, contribuindo para criar um groove envolvente que faz você querer dançar.

A faixa escolhida para este especial é "Manuel", que apresenta um groove excepcionalmente cativante. Com Ed Motta nos vocais e a habilidade de Bombom no baixo, esta música é verdadeiramente uma joia da música brasileira dos anos 80.

Música 08: Ed Motta - Manuel (https://www.youtube.com/watch?v=ejlg_WdOo1A)


Verdine White


Para concluir, reservamos um momento para homenagear uma das maiores lendas do baixo da Black Music: Verdine White, da icônica banda Earth, Wind & Fire, que é uma das mais veneradas na cena musical do gênero.

Para este especial, escolhemos o single "Boogie Wonderland" de 1979, que foi um verdadeiro sucesso. Além disso, outras músicas marcantes e repletas de groove de Verdine White incluem "September" e "Let’s Groove".

A contribuição de Verdine White para essas faixas é verdadeiramente extraordinária. Suas linhas de baixo são uma parte essencial do som característico e inconfundível do Earth, Wind & Fire. Estudar essas linhas de baixo pode fornecer uma valiosa lição sobre os grooves mais importantes da música, uma vez que White é um mestre nesse aspecto.

Música 09: Earth, Wind & Fire - Boogie Wonderland (https://www.youtube.com/watch?v=PbpIyn70t8c)


Esse trabalho é parte de um acervo produzido pelo autor e que estão relacionadas as suas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para maiores informações entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

É isso aí pessoal!

Espero que escutem o programa.

Abraços e até a próxima!

quinta-feira, 9 de maio de 2024

Baixista do Mês - Jack Bruce


Olá pessoal!

Nesta semana, apresentamos uma coluna com o lendário baixista Jack Bruce, reconhecido por sua carreira solo e pela participação na banda Cream. Ele é considerado um dos baixistas mais influentes do Rock N'Roll.

Essas matérias fazem parte de um acervo produzido pelo autor e estão relacionadas às suas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Nome: Symon John Asher "Jack" Bruce


Nascimento: 14 de maio de 1943 em Bishopbriggs , East Dunbartonshire na Escócia 

Bandas: Cream e Solo

Discografia: 
-Solo
1969-Songs for a Tailor 
1970-Things We Like
1971-Harmony Row
1974-Out of the Storm
1975-Live at Manchester Free Trade Hall '75 (2-CD - lançado em 2003)
1977-How's Tricks
1971–1978-Spirit- Live at the BBC 1971-1978 (3-CD - lançado em 2008)
1978-Jet Set Jewel (lançado em 2003)
1980-I've Always Wanted To Do This
1983-Automatic
1987-Something Else (lançado em 1993)
1990-A Question of Time
1994-Cities of the Heart
1995-Monkjack
2001-Shadows in the Air
2001-Live at the Milky Way (lançado em 2010)
2003-More Jack than God
2007-Live with the HR Big Band
2008-The Anthology - Can You Follow? (6-CD)


-Cream
1966-Fresh Cream
1967-Disraeli Gears
1968-Wheels of Fire
1969-Goodbye
Álbuns ao vivo
1970-Live Cream
1972-Live Cream Volume II
 2003 -BBC Sessions
 2005-Royal Albert Hall London May 2-3-5-6, 2005

Vídeo Link:


Website: www.jackbruce.com

Abraços e até a próxima coluna!

segunda-feira, 6 de maio de 2024

Transcrição - Apostrophe' Duo - Smoking Pipe

 

Olá pessoal!

Em 2023, lancei um EP com o Apostrophe' Duo e disponibilizarei as transcrições aqui neste site ao longo deste ano.

Neste mês, temos a transcrição da música Smoking Pipe.

É possível ouvir o álbum no Spotify, no YouTube ou em outras plataformas de streaming.



Smoking Pipe


Esta composição foi escrita e arranjada por Fernando Tavares e Lucas Fragiacomo. 

Transcrição

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Apostrophe' Duo: Smoking Pipe

Música por Fernando Tavares e Lucas Fragiacomo

Performance:
Fernando Tavares: Contrabaixo
Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra

Gravado, produzido, mixado e masterizado por Clayton Souza na Insound Produtora!

Abraço e até a próxima coluna!

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Comunicação - Partimentos com graus conjuntos: uma perspectiva para a análise e realização de esquemas de contraponto e harmonia

Olá pessoal!

Estou aqui hoje para falar do trabalho "Partimentos com graus conjuntos: uma perspectiva para a análise e realização de esquemas de contraponto e harmonia". 

Ele foi apresentado no IV Congresso da Associação Brasileira de Teoria e Análise Musical.

O programa do congresso pode ser encontrado no link: 

https://tema.mus.br/eventos/public/conferences/1/schedConfs/6/program-pt_BR.pdf

O vídeo da apresentação pode ser assistido no link:


Resumo do trabalho

Os partimentos tinham como principal característica o ensino de contraponto e harmonia por meio de linhas de baixo que instruíam os estudantes de música. Tais linhas possuíam fragmentos e sequências de notas que seguiam determinados modelos apreendidos pelos músicos do período galante para improvisar e compor. A partir da compreensão destes movimentos de baixo, o músico os utilizava como base gramatical e como apoio para o sucesso do projeto discursivo organizado pela retórica. Estes movimentos de baixo poderiam ser feitos de diversas maneiras: por cromatismos ascendentes ou descendentes; por movimentos padrões como o da romanesca, que é caracterizado pelo movimento de quinta descendente, seguido por uma segunda ascendente e por graus conjuntos. Em suma, tais fragmentos instruíam um músico na melhor resolução para determinada sequência, ou partimento. Assim, o objetivo principal deste trabalho é demonstrar as realizações de partimentos por graus conjuntos. Para tanto, um dos tópicos de ensino do modelo italiano, a Regra da Oitava, é demonstrada de maneira sintetizada, pois em trabalhos anteriores deste grupo de estudo ela foi contextualizada em seus pormenores, tanto na sua forma mais comum, a harmonização das escalas ascendentes e descendentes (figura 3), quanto nas relações de fragmentos entre pequenos movimentos de baixo, com harmonizações particulares para cada grau da escala, denominada regola delle corde del tono. Assim, tendo como base esta regra tão difundida, iniciamos a comparação com outros modelos de harmonização para graus conjuntos. Para tanto, comparamos fragmentos que serão a base de determinadas schemata e de combinações harmônicas estabelecidas como padrões utilizados pelos compositores e improvisadores, dentre elas, a Romanesca (variação galante), Prinner, Do-Re-Mi, Fenaroli, entre outras. Além destes esquemas, comparamos com um outro tópico chamado movimento de baixo por grau conjunto ascendente (figura 4) e descendente (figura 5), que demonstram ideias de realizações diferentes das demonstradas na Regra da Oitava. Para fins de compreensão de como montar as realizações de baixo, Fedele Fenaroli (1775) indica três níveis de resolução para os partimentos: (1) só com as consonâncias, que na teoria do partimento significava aqueles intervalos que construíam os acordes na Regra da Oitava; (2) utilizando as dissonâncias, que seriam intervalos obtidos por meio da preparação por meio da ligadura, e por fim; (3) a utilização da diminuição e da imitação, que conferem ao partimento o seu estágio de arte. A compreensão destes três tipos de resolução auxiliará o leitor na próxima etapa do nosso trabalho, que compreende a demonstração destas ferramentas dentro de um acervo musical. Para tanto, foram utilizadas obras do Padre José Mauricio Nunes Garcia (1767-1830) e de Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), compositores do período galante. Como conclusão, afirmamos que este trabalho se enquadra nas pesquisas do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH/USP) que desenvolve uma atualização constante de informações teóricas cruzadas com modelos analíticos anteriores e posteriores ao período galante para garantir aos pesquisadores de música as ferramentas adequadas para a análise dos compositores de tal período.

PALAVRAS-CHAVE: Partimento. Esquema Galante. Ensino de Música. Contraponto. Harmonia.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"