quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Boas festas e até o próximo ano!

 Olá pessoal!



Estou aqui para desejar a todos um ótimo final de ano e que 2021 venha nos trazer novas oportunidades de sermos pessoas melhores cada vez mais.

Espero que todos tenham sofrido o mínimo possível neste ano atípico e que tenham refletido sobre o que é realmente importante em vossas vidas.

Dito isto, gostaria de informar que o site dará uma pausa (merecida) para o final de ano e que para 2021 programamos diversas novidades por aqui.

Teremos as nossas tradicionais colunas "sugestão do mês", "baixista do mês", "transcrição gratuita", "transcrição para os alunos" e outras, mas também abriremos mais espaço para os trabalhos relacionados as pesquisas musicais que desenvolvo de uma maneira mais ampla como os partimentos, a significação musical, teoria e análise, história da música e outros.

Fiquem ligados e nos falamos sempre que vocês quiserem, é só entrar em contato pelo e-mail femtavares@gmail.com, pelas redes sociais como facebook, instagram, twitter e outras, além claro, de encontros presenciais (assim que possível).

Abraços e que tenham muito sucesso nos novos projetos!

sábado, 12 de dezembro de 2020

Apostrophe' Trio - Meu Irmão É Um Cara Livre?!?!


Olá pessoal!

Este é o clipe da música "Meu irmão é um cara livre?!?!" do Apostrophe' Trio.


Informações:

Apostrophe' Trio
Música: Meu Irmão é Um Cara Livre?!?!
Autor: Fernando Tavares

Performance:
Lucas Fragiacomo - Guitarra
Fernando Tavares - Contrabaixo
Thiago Sonho - Bateria

Filmado no Family Mob por Bruna Torrezani
Editado por Renata Pereira

quinta-feira, 10 de dezembro de 2020

Artigos & Resenhas - EP Eu Sou Neurozen e Você? / Neurozen - Por Luiz Domingues


 


Olá pessoal! 


Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o EP " Sou Neurozen e Você?" da banda paulistana Neurozen.


A matéria original pode ser encontrada neste link.

http://luiz-domingues.blogspot.com/2019/01/ep-eu-sou-neurozen-e-voce-neurozen-por.html


Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.

http://luiz-domingues.blogspot.com.br/

http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/

http://luizdomingues3.blogspot.com.br/


Um breve release do Luiz feito pelo próprio:


Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.


Sem mais, vamos ao texto do Luiz:


EP Eu Sou Neurozen e Você? / Neurozen - Por Luiz Domingues


Neurozen é um fitoativo recomendado pela milenar medicina chinesa, para combater diversas anomalias cerebrais. Faz bem para a cabeça, para definir-se de uma maneira bem popular. 

Mas o que eu quero dizer ao leitor, é sobre um outro Neurozen, que igualmente faz muito bem para a cabeça e principalmente ao ouvido e posso afirmar, para o corpo inteiro, pois provoca a irresistível vontade para dançar. Falo a respeito da banda paulistana, "Neurozen", que lançou recentemente o seu segundo trabalho fonográfico, o EP: "Eu Sou Neurozen e Você?" 

Quarteto liderado por Paulo Pizzulin (trompete e flugelhorn) e André Knobl (saxofones soprano, alto e tenor), e é completada pelo baixista, Xantilee Jesus e o baterista, Vinícius Valentin. Portanto, pela mera observação da formação do grupo, os avaliadores mais ortodoxos seriam levados a crer que o grupo faz um som instrumental hermético, orientado pelo Jazz, com o virtuosismo levado como mote. No entanto, não obstante o fato de que tais elementos citados estejam no bojo do trabalho, a proposta desses artistas é bem mais ampla e generosa, no sentido de que não pretendem fazer música fechada para ser apreciada apenas por outros músicos, mas sim, buscam o alcance popular e tem a vontade em estimular as pessoas a dançar. 

É possível fazer uma música instrumental com bastante sofisticação técnica e provocar a vontade de dançar em um ouvinte comum, que não seja necessariamente um músico? Sim, e o Neurozen logra êxito em seus esforços, ao longo dessa obra.




Sob o ponto de vista musical, o Jazz, sob diversas nuances, está obviamente presente e não seria para menos, ao considerar-se que tal grupo apresenta em sua formação básica, dois sopristas como os solistas do grupo. Mas há igualmente uma dose maciça de ritmos brasileiros variados onde a cozinha da banda pode brilhar bastante e o acréscimo de um músico convidado, foi providencial, visto que o percussionista, Renato Campos, supriu de uma forma magnífica todas as incursões pelos diferentes ritmos propostos, aliás não apenas os brasileiros (samba, xote, baião, maracatu e afins), mas também nas latinidades hispânicas propostas, com muito molho caribenho e igualmente nos ritmos africanos, a mostrar técnica e muita versatilidade. 

E pode-se acrescentar a influência da Soul Music/Funk norte-americana e certas pitadas de Blues, muito bonitas no trabalho. Há espaço até para o experimentalismo, mas sob uma medida bem ajustada, o suficiente para conferir um ar de sofisticação na música dos rapazes, mas sem esmorecer o ânimo do ouvinte não aficionado da sofisticação, ao ponto de fazê-lo perder o ritmo de sua dança.

Sobre a capa, eu gostei muito do trabalho desenvolvido pela artista plástica, Isa Pizzu, que é filha do trompetista. Paulo Pizzulin. Trata-se de uma ilustração super psicodélica, a usar multicores e formas a insinuar pétalas de rosas, balões e até um pirulito, e que assim, mostra-se muito expressiva. 

Nas demais faces da capa, existe uma boa ficha técnica e fotos da banda em uma ambiente náutico, com bastante natureza como cenário em locação. 

Gravação feita no estúdio Orra Meu, de São Paulo, que a priori é um estúdio acostumado a gravar bandas de Rock, eis que neste caso, o seu áudio foi muito feliz em observar uma pressão sonora mais comedida do que a rapaziada desse estúdio está a acostumada a gravar e mixar. A camada de graves, provavelmente advinda do processo de masterização, tratou por aveludar o som da banda, o que agradou-me bastante. Isso ficou nítido em momentos com forte observação de dinâmica, onde o som mais comedido ficou muito agradável para a audição. 



Sobre as faixas, são seis temas, alguns com duração até longa, algo surpreendente nos dias atuais onde o ouvinte comum costuma ouvir música por segundos na internet, mas a intenção aqui não é ser Pop para agradar os marketeiros da difusão mainstream, mas sim, atingir as pessoas e provocar-lhes a vontade em interagir com os respectivos movimentos de seus corpos.

"Miss Lounge" abre o disco. A latinidade está no ar e a percussão joga o molho, sem parcimônia. O trabalho dos sopros é magnífico e a cozinha segura tudo com muita firmeza. Há uma insinuação em prol da Disco Music setentista, ao final e a incidência de palmas humanas para marcar o ritmo, faz lembrar vagamente o som da KC and the Sunshine Band.

"Saudade do que Virá", entra com uma forte dose de brasilidade. Lembrou-me bastante o trabalho de Nivaldo Ornelas. Essa canção é permeada pelo bom gosto no uso de melodias finas, propostas por Paulo Pizzulin e André Knobl, com Vinícius Valentin e Xantilee Jesus a incrementar swing, e mais uma vez enriquecida pela percussão certeira de Renato Campos.

"Suburbana" é a terceira faixa e apresenta mais um tema versado por um ritmo bem brasileiro. Assim como no tema anterior, o nordeste se faz presente na intenção entre o baião e o xote. 

Os  solos são de arrepiar, o que comprova a tese que eu expus no início da resenha, a dar conta de que é possível, sim, haver sofisticação musical no cancioneiro popular. Tema longo, possibilitou a existência de diversas nuances rítmicas e o estabelecimento de uma brutal diferenciação da dinâmica em seu decorrer. O samba apareceu em um dado momento a dar margem para um criativo duo com cuícas. Um pequeno interlúdio a dar margem ao experimentalismo, ficou na medida certa e bonito ao meu ver.

"Relativa", é a quarta faixa e mostra um andamento lento. Talvez seja a faixa mais jazzistica do álbum, com uma beleza muito grande. O baixo do grande, Xantilee Jesus, trabalha com frases em efeito "looping", com o som a apresentar a incidência de efeito do trêmulo. Há uma parte mais acelerada, a conter mais senso de brasilidade, também.

"13º", é bem ritmada. Um verdadeiro convite à dança, quando apresenta partes funkeadas, em sintonia com brasileirismos e fecha o disco de uma forma forte, a suscitar a vontade do ouvinte em querer mais.




Gravado e mixado no Estúdio Orra Meu, de São Paulo-SP

Técnico de gravação: Gustavo Barcelos

Mixagem: Gustavo Barcelos e André Miskalo

Masterização: Breno

Capa (Arte e Lay-Out): Isa Pizzu

Fotos: Denis Argyriu

Assistência: Rogério Lacanha

Produção geral: Neurozen

Lançamento em 2018


Neurozen:

Paulo Pizzulin: Trompete e Flugelhorn

André Knobl: Saxofone (soprano; alto e tenor)

Vinícius Valentin: Bateria

Xantilee Jesus: Baixo


Músico convidado:

Renato Campos: Percussão


Sobre o álbum, é possível escutá-lo na íntegra em plataformas digitais, tais como o Deezer e o Spotify, além da Google Play Music.


Veja um vídeo promocional com a música: "Saudade do que Virá"



Eis o link para assistir no You Tube:

https://www.youtube.com/watch?v=QwM2VlsKgHI


Para conhecer melhor o trabalho do Neurozen, acesse o seu  site:

http://neurozenindiegroove.com.br/


Facebook e Instagram

/neurozenoficial


Spotify e Youtube

Neurozen Oficial   

 

Eis aí uma banda que eu recomendo com ênfase, pela sua excelência musical e ótimas intenções artísticas dentro da cena brasileira.

É isso aí pessoal!
Espero que tenham gostado desta resenha do Luiz e o mais importante: que tenham gostado do som da banda.
Abraços e até a próxima!

terça-feira, 8 de dezembro de 2020

Transcrição do Mês - Yes - Long Distance Runaround


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da linha de contrabaixo da música  "Long Distance Runaround" da banda Yes que conta com o baixista Chris Squire, disponível gratuitamente no meu site.

Yes - Long Distance Runaround

Link para Transcrição Completa - Clique aqui


Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Bons estudos e até a próxima coluna!

terça-feira, 1 de dezembro de 2020

Técnicas para contrabaixo - Slap 12 - Double Thumb


Olá pessoal!

Nesta última coluna temos a técnica de Double Thumb, que foi difundida pelo baixista Victor Wooten, esta técnica consiste em tocar um thumb no sentido descendente e em seguida, aproveitando o movimento, puxar a corda com o Thumb para cima, este movimento também é conhecido como Reverse Thumb. Eles estão indicados com o sinal de Td - Thumb Down (Thumb para Baixo) e Tu - Thumb Up (Thumb para cima).

Exercício 1


No primeiro exercício toque a nota Ré com o Thumb e faça o Reverse sobre a mesma nota.


Exercício 2


Neste exercício toque a nota Ré com o Thumb e faça o Reverse sobre a mesma nota e a seguir o Pop completando o grupo de três tercinas de colcheia.


Exercício 3


Neste exercício toque a nota Ré com o Thumb e faça o Reverse Thumb e o Pop sobre a mesma nota completando o grupo de três tercinas de colcheia.


Estude todos os padrões propostos para desenvolver a técnica e a seguir busque o desafio de aplicá-los em alguma música.

Todas as colunas contém informações técnicas sobre Slap, mas todo o estudo não valerá a pena se você não conseguir transformar isto em música, busquei montar as colunas de maneira que você se sinta bem confortável na hora de criar suas frases ou levadas.

Abraços e até a próxima coluna!

sábado, 28 de novembro de 2020

Aulas de Contrabaixo, Harmonia, Teoria e Análise Musical


 

Baixista do mês - John Patitucci


Olá pessoal!

Nesta semana temos uma coluna especial com o sensacional John Patitucci.

Nome: John Patitucci

Nascimento: 22 de Dezembro de 1959 no Brooklyn em New York

Bandas: Solo e Chick Corea's Elektric Band and Akoustic Band

Discografia:
-Solo
1988-John Patitucci 
1989-On the Corner 
1990-Sketchbook 
1992-Heart of the Bass 
1993-Another World
1995-Mistura Fina 
1997-One More Angel
1998-Now 
2000-Imprint
2001-Communion 
2003-Songs, Stories & Spirituals 
2006-Line by Line 
2009-Remembrance (Trio album with Joe Lovano and Brian Blade)

Discografia completa no link: http://allmusic.com/artist/john-patitucci-p7297/credits

Vídeo Link: 



Website: http://www.johnpatitucci.com

Abraços e até a próxima coluna!

terça-feira, 24 de novembro de 2020

Transcrição para Alunos - Queen - Don't Stop Me Now


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da linha de baixo da música "Don't Stop Me Now" da banda Queen com o sensacional baixista John Deacon disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e online.

Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 linhas de baixo disponíveis como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Abraços e até a próxima matéria!

sexta-feira, 13 de novembro de 2020

Apostrophe' Trio - Apostrophe'


Olá pessoal!

Este é o clipe da música "Apostrophe'" do Apostrophe' Trio.


Informações:

Apostrophe' Trio
Música: Apostrophe'
Autor: Fernando Tavares

Performance:
Lucas Fragiacomo - Guitarra
Fernando Tavares - Contrabaixo
Thiago Sonho - Bateria

Filmado no Family Mob por Bruna Torrezani
Editado por Renata Pereira

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Artigos & Resenhas - CD Pevê / Paulo "Pevê Valério - Por Luiz Domingues

 


Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o escritor, blogueiro e contrabaixista Luiz Domingues nos fala sobre o álbum "Pevê" do compositor Paulo "Pevê Valério. Lembrando que este é um espaço que utilizamos para divulgar artistas independentes da nossa cena musical. É muito interessante perceber a quantidade de excelentes compositores(as) que temos espalhados por aí. Escutem os álbuns, sigam os artistas que vocês gostarem e divulguem o trabalho. Os artistas precisam do seu público.

A matéria original pode ser encontrada neste link.

http://luiz-domingues.blogspot.com/2018/12/cd-peve-paulo-peve-valerio-por-luiz.html


Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.

http://luiz-domingues.blogspot.com.br/

http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/

http://luizdomingues3.blogspot.com.br/


Um breve release do Luiz feito pelo próprio:


Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.


Sem mais, vamos ao texto do Luiz:

CD Pevê / Paulo "Pevê Valério - Por Luiz Domingues


Se há um aspecto que eu valorizo na obra e postura de um artista, é a maneira pela qual ele expressa com verdade as suas inspirações; convicções e intenções. Tal valor, que era inerente, automático e abundante em artistas que surgiram em décadas atrás, diluiu-se com o tempo, a privilegiar as cartas marcadas em prol das ações perpetradas pelo marketing predatório da parte de quem enxerga a arte da pior maneira possível.

E talvez seja algo sintomático, professado por aspirantes a artistas, que envenenados por tal manipulação odiosa dos meandros do show business, entram na música com o sonho de serem famosos, mas sem nenhum apreço pela música em si e a ignorar o senso do que é a arte. 

E muito menos a auferir a importância da cultura para o engrandecimento da civilização humana. Portanto, quando deparo-me com um artista que traz essa marca vintage e admirável, como ponto de honra em sua obra, alegro-me imensamente em verificar que nem tudo está perdido e ainda temos idealistas a resistir, com bravura.

É o caso de Paulo Valério M. da Silva, conhecido popularmente como “Pevê”, um artista que reza pela cartilha dos velhos ideais do Rock, a trazer no bojo o Blues e o Folk, e mostrar uma dignidade artística, admirável. 


Pevê é compositor e multi-instrumentista. O carro chefe entre os instrumentos que toca, é a guitarra, mas ele mostra-se desenvolto em diversos instrumentos de cordas e nos teclados, portanto, gravou praticamente todos os instrumentos, sozinho, com exceção da bateria e de alguns instrumentos de percussão, onde recorreu a dois amigos, ótimos músicos, por sinal, para abrilhantar o trabalho (Leandro “Pirata” Rosa na bateria e Almirenio Barbosa dos Santos, na percussão). 

Nesse seu primeiro álbum, denominado: “Pevê”, a marcar bem o seu nome artístico, o artista foi além e colocou em sua obra, um retrato de sua alma, a mostrar-nos as suas (ótimas) influências e a maneira pela qual enxerga o mundo, ou seja: com poesia, porém a apresentar também uma boa dose de crítica aos valores que considera nocivos dentro da nossa sociedade, portanto a propor reflexões mais aprofundadas. 

Musicalmente, a riqueza sonora que nos apresenta com esse disco, é grande e também diversificada. Em seu cabedal, passeia  fartamente pelo Blues-Rock, Folk-Rock, Blues, Hard-Rock e por belas baladas com sabor Pop. 

É explícito o apreço de Pevê pelo período dentro do Rock (e da música em geral), chamado como: “late sixties/early seventies” e não por mera coincidência, considerada a fase de ouro da história do Rock, por diversos historiadores e sem querer impor a minha idiossincrasia, e tampouco suscitar mágoa para leitores que discordam desse ponto de vista, devo acrescentar que concordo plenamente com tal ditame.


Sobre a parte gráfica do CD, sem dúvida que impressionou-me positivamente a sua concepção. Na capa principal, há uma concepção simples, mas eficaz e até importante para um artista solo que faz o seu debut fonográfico, ou seja, além de denominar o disco apenas com o seu nome artístico, a ilustração a mostrar uma arte desenhada do rosto do artista, com predomínio das cores verde e violeta, corrobora com tal predisposição. É como se ele desejasse dizer: -“Prazer, Pevê”... ou seja, não poderia ser uma forma melhor para apresentar-se ao grande público e por quê não dizer (?), ao mundo.

O encarte apresenta uma riqueza no tocante ao texto, no sentido que além de uma ficha técnica caprichada, com direito a presença de todas as letras das canções (imprescindível, todo disco deveria ter isso como praxe em seu encarte), há uma explanação do artista sobre cada faixa, onde ele conta curiosidades sobre como compôs cada música, algumas particularidades sobre a temática da letra em si ou detalhes musicais muito interessantes. Gostei muito dessa delicadeza do artista em elucidar o seu ouvinte, sobre os meandros da sua obra. E na parte interna do encarte, um mini pôster do artista a carregar uma velha craviola em mãos, a posar em uma paisagem paradisíaca, com o predomínio da cor violeta. 


Sobre o áudio, gostei do som abafado, com pouco uso de processamento digital moderno e sobretudo pelo uso comedido de reverberação. Ao soar assim, em muitos momentos pode até confundir o ouvinte ao induzi-lo a achar ser uma gravação feita nos anos setenta, com equipamento analógico. E os timbres, são muito bons, em linhas gerais, de todos os instrumentos, a reforçar o conceito sobre haver um propósito da parte do artista e prontamente adotado por quem o assistiu na parte técnica da gravação.

Sobre as faixas, a primeira canção chama-se: “Gaivota”. Trata-se de uma belíssima canção com teor Folk, acentuado. Lembrou-me de imediato diversos artistas brasileiros dos anos setenta, que tão bem transitavam entre o Rock e o Folk, com uma musicalidade absurda e poesia, caso do Secos & Molhados e tantos outros que marcaram tal década. 
Impressiona a camada formada por cordas acústicas, mas a riqueza do arranjo vai além, pois contém um lap steel intermitente e as intervenções do sintetizador, Mini Moog, com um timbre avassalador, ultra anos setenta, chega a emocionar, por si só. É como se em meio a um show do Beto Guedes nos anos setenta, aparecesse de surpresa, músicos do calibre de Keith Emerson ou Rick Wakeman para tocar com maestria tal intervenção. A canção apresenta detalhes bons da guitarra (o uso da caixa leslie em alguns trechos, por exemplo, muito bonito) e a base com baixo e bateria, também atua com muito colorido, além da percussão sutil, mas muito eficaz, com o carrilhão nos momentos certos para acrescentar singeleza. E as gaivotas falam ao final.

“Na Cidade”, a faixa subsequente, quebra o bucolismo da faixa anterior ao iniciar-se com a sonoplastia de um buzinaço, ao introduzir a paranoia urbana total, mas logo somos salvos por um Blues-Rock bem ritmado, a convidar-nos a dançar, inclusive. 
Riff muito bom, gostei muito do solo, bem Hendrixeano, com aquela distorção a simular o velho Fuzz e uma sequência com outro solo com timbre distinto, quase a sugerir a presença de um outro guitarrista a tocar junto. Muito boa a ideia. Sobre a letra, eis aqui  uma crítica ácida ao completo desinteresse das pessoas que moram em grandes centros urbanos, concentradas, mas que simplesmente ignoram-se. Esbarram umas nas outras pela falta de espaço, mas cada uma a viver isolada em seu mundo egoísta, dentro do seu smartphone. Pevê denuncia:                 

“As pessoas pelas ruas
Ninguém liga para ninguém”

“Taça de Veneno”, é uma balada bluesy. Traz uma base muito agradável mediante o uso do violão batido e é entrecortada por uma guitarra ardida a fazer belas intervenções como contra-solo e outra como base, a trabalhar muito com o uso da caixa Leslie. Pelo arranjo da percussão e o sentido rítmico da canção, que parece flutuar na sua pulsação, lembrou-me o trabalho do "Traffic", quando temas assim poderiam durar a vida toda, pela sua intensa beleza, a ouvir-se com imenso prazer a turma formada por Winwood; Wood & Capaldi. 
Em sua letra, a proposta é aprofundar a discussão sobre o individualismo egoísta dentro da sociedade de consumo e sem sentido e que tais. Pois é, a solidariedade ainda é desprezada pela maioria, mas no fundo, os hippies estavam certos. Veja este trecho:                   

“Quais serão os postulados ?
Da moderna civilização ?
Se ainda não sabemos
Nem ao menos dar as mãos”...

“Meu Coração Quer Te Ver”, é um slow blues com intensidade e emoção. Pelo emprego do órgão Hammond e estilo de harmonia/melodia proposto, tem muito a ver com o Pink Floyd em seus melhores dias. O solo rasga com força, São notas longas, com bendings; o criativo uso do efeito do efeito do delay e a presença de sobreposições em alguns trechos a caracterizar um solo duplo. Bateria firme e pesada, muito boa, gostei muito.

“Estrada Sem Fim” é um Blues de raiz, acústico, com fartos signos típicos do som praticado ao longo do Rio Mississippi, em sua condução. Dois violões, um na base clássica e o outro a pontuar e solar. É a prova cabal que o Rock muito brilhou quando orgulhara-se em ter nascido de tal fonte e muito perdeu quando afastou-se de sua origem nobre. A ouvir uma faixa assim, convenço-me pela enésima vez que o caminho é o ”religare” com as raízes.

“Vem Comigo”, também é bem Bluesy. Tem a característica de uma balada em linhas gerais, mas toda ambientada pelo Blues. A interpretação vocal do Pevê, nesta faixa, ficou bem no estilo do guitarrista carioca, Frejat e nem sei se é uma influência concreta para ele, veja bem o leitor, mas assemelhou-se, em minha percepção. Gostei da levada em 2/4, com ótimo solo e presença de uma base com órgão Hammond, bem robusta.

A próxima faixa, “Querem Tua Cabeça”, é um Rock super balançado. Provocou-me a lembrança da grande “James Gang” por esse groove sensacional e sobretudo pelas intervenções da guitarra, a la Joe Walsh. Sobre a letra, a questão é a opressão e nesses termos, pouco importa a razão ou falta de, pois cercear a liberdade não deveria ser o modus operandi de quem deveria zelar por nós, e nunca, oprimir-nos.

“Insônia”, na verdade provoca o efeito contrário, pois tudo o que esse Blues-Rock propõe, é prender a nossa atenção com esse riff tão a ver com o trabalho do magnífico “Free”. E tal como o mestre Paul Kossoff o faria, Pevê faz a guitarra chorar em um solo muito bom. Sobre a letra, aí sim a questão da insônia faz-se entender, pois o mote é o ato da criação do artista, muitas vezes motivado no avançar das madrugadas a observar a Lua pela janela e absorto no silêncio das ruas. Neste caso, valeu a pena passar a madrugada em branco, pois saiu uma bela composição da parte do Pevê.

“Coisas Simples” é o nome de uma balada muito bonita. Gostei da ideia inicial em começar com um dedilhado e sumir, para depois de alguns segundos a música reiniciar-se. O baixo é simples mas funcional e dá para sentir um estalo proveniente do médio anasalado, que eu apreciei. A sinceridade expressa na letra, chamou-me a atenção:

“Falo das coisas como elas são
Não me interessa a aparência
O que importa na vida
É deixar falar o coração”

Só por esses versos, eis aí a exemplificação do que eu observei lá no começo da resenha, sobre um artista ser genuíno, autêntico com os seus princípios. Bravo, Pevê, acertou em cheio a questão.

Para encerrar, a última faixa apresenta o tema instrumental: “Chegada”. Trata-se de um belo passeio de violões e bandolim, adocicado por um lap steel muito bonito e a ter como base, um piano simples, porém correto e também um synth bem agudo e belo. Tema curto, mostrou mais uma vez a versatilidade de Pevê como multi-instrumentista e assim a provar que não basta aprender a tocar vários instrumentos, mas saber organizar um bom arranjo é fundamental para enriquecer uma canção.

Como álbum debut, está mais do que aprovado o trabalho e além do que já elenquei, resta-me acrescentar que está aberta a porta do futuro para o Pevê e a expectativa para os novos trabalhos só pode ser a melhor possível. 

Nesses termos, o fato da última faixa de seu disco denominar-se: “Chegada”, só pode ter sido algo profético, no sentido de que esse é apenas o começo de uma carreira promissora. 

Ouça abaixo, o CD Pevê, na íntegra:


Gravado e Mixado no Estúdio Green Box de Santo Amaro da Imperatriz-SC
Masterizado no estúdio VTonello, de Porto Alegre-RS
Técnico de Gravação e Mixagem: Marcelo Stock
Auxiliar de Mixagem: Paulo “Pevê” Valério
Técnicos de Masterização: Vini Tonello e Egisto Dal Santo
Projeto Grafico/Lay Out capa e encarte: Luiz “Pinky” Maia
Ilustrações: Jhasuá Rodrigues
Fotos: Claudia Laurent; Marcelo Stock e Luciano Moraes
Textos: Paulo “Pevê” Valério
Produção Geral: Paulo “Pevê” Valério

Músicos:
Paulo “Pevê” Valério: Voz & Backing Vocals, Guitarra, Violões, Craviola, Baixo, Steel Guitar, Teclados e Percussão
Leandro “Pirata” Rosa: Bateria e Percussão
Almirenio Barbosa dos Santos: Percussão

Para conhecer melhor o trabalho do Pevê, acesse o seu site:


Página no Facebook:


Canal do Pevê no You Tube:

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Transcrição do Mês - Marcus Miller - Power


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da linha de contrabaixo da música  "Power" do baixista Marcus Miller disponível gratuitamente no meu site.

Marcus Miller - Power

Link para Transcrição Completa - Clique abaixo


Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 tablaturas/partituras que são usadas como material de apoio nas aulas do meu curso de contrabaixo presencial e on-line.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Bons estudos e até a próxima coluna!

terça-feira, 3 de novembro de 2020

Técnicas para contrabaixo - Slap - Aula 11


Olá pessoal!

Nesta semana vamos estudar uma técnica avançada de Slap, chamada Hand-Slap. Esta técnica consiste em tocar uma nota abafada "batendo" a mão esquerda no braço do instrumento. Cuidado para não soar nota ao executar o movimento. A ideia é manter os dedos retos, pois assim será menos provável que soe alguma nota indesejada.

Exercício 1 


Neste exercício toque a corda Mi com o Thumb, depois faça o Hand Slap e mais um Thumb abafado.



Exercício 2


Neste exercício toque a corda Mi com o Thumb, depois faça o Hand Slap, um Thumb abafado e por último um pop na corda Ré, este pop é feito variando quatro notas diferentes.


Exercício 3


Neste exercício todas as notas são abafadas e os movimentos são feitos na seguinte ordem: Pop, Hand-Slap e Thumb utilizando a colcheia de tercina como célula rítmica básica.



Exercício 4


Este exercício repete a mesma ideia que o exercício anterior apensa mudando a ordem de execução dos movimentos. Primeiro é o Thumb, depois o Hand-Slap e por último o Pop.


Abraços e até a próxima coluna!

sábado, 31 de outubro de 2020

Álbuns Clássicos - Hermeto Pascoal - Slaves Mass


Olá pessoal!

Nesta semana temos o álbum Slaves Mass do importantíssimo músico brasileiro Hermeto Pascoal.

Este foi o segundo disco gravado por Hermeto Pascoal nos Estados Unidos e contou com a participação de músicos renomados do Jazz/Fusion. Todas as músicas foram compostas e arranjadas por Hermeto Pascoal.
Neste álbum Hermeto toca Piano acústico, Fender, Rhodes, Recorder, Clavinete, Sax Soprano, Flauta e violão.
Os maiores destaques do disco são as músicas Tacho, Chorinho Pra Ele e Aquela Valsa nas quais Hermeto demonstra seu vasto conhecimento harmônico e de musica brasileira.


Faixas:

1.Tacho (Mixing pot) – 9:18
2.Missa dos escravos (Slaves mass) – 4:19
3.Chorinho para ele (Little cry for him) – 2:11
4.Cannon (Dedicated to Cannonball Adderley) – 5:20
5.Escuta meu piano (Just listen) – 7:08
6.Aquela valsa (That waltz) - 2:46
7.Geleia de cereja (Cherry jam) – 11:45

Músicos:



Hermeto Pascoal: Piano, Teclado, Clavinete, Melodica, Sax Soprano, Flauta, Violão e Voz (em "Cannon").

 Flora Purim: Voz (em "Missa dos Escravos" e "Cannon").
 Airto Moreira: Bateria (exceto "Tacho"), Percussão e Voz (em "Cannon").
 Chester Thompson: Bateria (em Tacho).
 Ron Carter: Baixo Acústico (exceto Tacho).
 Alphonso Johnson: Baixo Elétrico (em Tacho).
 Raul de Souza: Trombone e Voz (em "Cannon")
 David Amaro: Guitarra e Violões.
 Hugo Fattoruso: Voz (em "Cannon").
 Laudir de Oliveira: Voz (em "Cannon").


Abraços e até a próxima coluna!

quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Apostilas e Songbooks - Fernando Tavares

Olá pessoal!

Apostilas para contrabaixo - Fernando Tavares


São diversos métodos com materiais relacionados as pesquisas realizadas pelo autor durante toda a sua carreira como professor, colunista, editor e autor de matérias e estudos de contrabaixo, harmonia, educação e metodologia.

Vendas pelo e-mail: femtavares@gmail.com e pelo mercado livre nos endereços postados abaixo da publicação.

Método de Contrabaixo - Vol. 1 - Básico



Esta é a primeira parte de uma série de apostilas com aulas específicas para contrabaixo elétrico.
A apostila está dividida em 24 unidades de estudo que contém harmonia, teoria, técnica e estudos para aplicação dos assuntos aprendidos. No final ainda são disponibilizadas quatro músicas para aplicação dos estudos compreendidos na apostila. 
Os materiais são organizados desde as primeiras noções de música até a compreensão das primeiras ideias estruturais para o desenvolvimento de uma linguagem musical. Os assuntos vão desde nome das cordas até construção das escalas maiores, passando por intervalos, sendo este material intercalado com noções de leitura de partitura aplicada ao instrumento e domínio da técnica de pizzicato e de digitação para a mão esquerda.
A apostila contém 27 faixas de playbacks para aplicação dos estudos disponibilizadas em um arquivo digital.
Esta foi construída através de pesquisas e conteúdos adquiridos pelo autor como professor de Contrabaixo Elétrico durante mais de vinte anos. A ideia é que cada unidade de estudo se apresente conforme a necessidade de aprendizado do aluno, abrangendo os conceitos básicos de Harmonia, Teoria, Técnica e Repertório.

Mercado Livre

Método de Contrabaixo - Vol. 2 - Básico



Esta é a segunda parte de uma série de apostilas com aulas específicas para contrabaixo elétrico.
A apostila está dividida em 24 unidades de estudo que contém harmonia, teoria, técnica e estudos para aplicação dos assuntos aprendidos. No final ainda são disponibilizadas quatro músicas para aplicação dos estudos compreendidos na apostila.
Os materiais são organizados dando sequencia ao Método de Contrabaixo - Básico Vol. 1, e contém noções essenciais para o desenvolvimento de uma linguagem musical. Os assuntos partem de um estudo da escala maior, passando por tríades e campo harmônico, intercalando com estudos de leitura musical aplicada ao instrumento e técnicas de digitação e slap.
A apostila contém 37 faixas de playbacks para aplicação dos estudos disponibilizadas em um arquivo digital.
Esta foi construída através de pesquisas e conteúdos adquiridos pelo autor como professor de Contrabaixo Elétrico durante mais de vinte anos. A ideia é que cada unidade de estudo se apresente conforme a necessidade de aprendizado do aluno, abrangendo os conceitos básicos de Harmonia, Teoria, Técnica e Repertório.

 Mercado Livre


Padrões Melódicos para Contrabaixo



Este livro contém material para o estudo de Contrabaixo elétrico, sendo os estudos voltados para o desenvolvimento melódico do estudante através de padrões que são utilizados por diversos instrumentistas obtendo um melhor aprofundamento técnico e musical na construção e elaboração de frases e melodias. Estes padrões foram organizados através do conhecimento adquirido em aulas de contrabaixo, improvisação e composição que o autor teve durante a sua carreira.
O livro está dividido em três partes, sendo estas:
- Padrões para Tétrades
- Padrões para Pentatônicas
- Padrões para Escalas com três notas por corda
Ao aprofundar os estudos, um aluno poderá começar a propor os padrões de pentatônica para qualquer digitação que envolva duas notas por corda e os padrões para escalas para qualquer proposta que utilize três notas por corda.

 Mercado Livre


Songbook - O Melhor do Classic Rock - Volume 1



Este livro contém material para contrabaixo elétrico, apresentando transcrições no formato – cifra/ partitura/ tablatura de 15 grandes clássicos do Rock N'Roll, as músicas foram escolhidas após anos de pesquisa e trabalho do autor tocando com várias bandas em diversas casas da grande São Paulo. Estas músicas fazem parte do repertório da maioria das bandas de Classic Rock.

Transcrições

    1. Beds Are Burning – Midnight Oil
    2. Come Together – The Beatles
    3. Confortably Numb – Pink Floyd
    4. Crazy Train – Ozzy Osbourne
    5. Detroit Rock City – Kiss
    6. Have You Ever Seen The Rain? – Credence Clearwater Revival
    7. Paranoid – Black Sabbath
    8. Roadhouse Blues – The Doors
    9. Roxanne – The Police
    10. Scholl’s Out – Alice Cooper
    11. Smoke On The Water – Deep Purple
    12. Sultans of Swing – Dire Straits
    13. Under Pressure – Queen & David Bowie
    14. You Give Love A Bad Name – Bon Jovi
    15. You Shook Me All Night Long – Ac/Dc

Mercado Livre


Songbook - Fusion para Contrabaixo



Este livro contém material para contrabaixo elétrico, apresentando transcrições no formato: cifra/ partitura/ tablatura de 10 grandes músicas do Jazz-Rock/Fusion, as músicas foram escolhidas após anos de pesquisa e trabalho do autor tocando com várias bandas do estilo. 

Transcrições

    1. Pat Metheny – Bright Size Life 
    2. Mike Stern – Chromazone 
    3. Tribal Tech – Elvis at the Hop  
    4. Mahavishnu Orchestra – Hope 
    5. Marcus Miller – Panther
    6. Jaco Pastorius – Portrait of Tracy 
    7. Stanley Clarke – School Days
    8. Jeff Berlin – Tears In Heaven
    9. Allan Holdsworth – Tokio Dream
    10. Victor Wooten – U Cant' Hold No Groove

Mercado Livre


Songbook - O Melhor do Rock Nacional



Este livro contém material para contrabaixo elétrico, apresentando transcrições no formato: cifra/ partitura/ tablatura de 10 músicas das bandas de Rock Nacional dos anos 80, as músicas foram escolhidas após anos de pesquisa e trabalho do autor tocando com várias bandas do estilo.

Transcrições

    1. Engenheiros do Hawaii – Alívio Imediato
    2. Nenhum de Nós – Camila, Camila
    3. Biquini Cavadão – Chove Chuva
    4. Kid Abelha & Os Abóboras Selvagens – Como Eu Quero
    5. RPM – Louras Geladas
    6. Barão Vermelho – Maior Abandonado
    7. Titãs – Marvin (Patches)
    8. Paralamas do Sucesso – Meu Erro
    9. Ultraje a Rigor – Sexo
    10. Legião Urbana – Teatro dos Vampiros

Mercado Livre


Para maiores informações envie um e-mail para femtavares@gmail.com

Consulte sobre outros songbooks do autor relacionados a bandas específicas.

Abraços e bons estudos!

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Transcrição para Alunos - Milton Nascimento - Clube da Esquina 2


Olá Pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da linha de baixo da música "Clube da Esquina 2" do cantor Milton Nascimento disponível para os alunos do meu curso de contrabaixo presencial e online.

Esta transcrição faz parte de um acervo com mais de 1000 linhas de baixo disponíveis como material de apoio para as minhas aulas de contrabaixo presencial e on-line.

Para maiores informações sobre o curso entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Abraços e até a próxima matéria!

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Artigos & Resenhas - CD Death and Life / Chico Suman - Por Luiz Domingues


Olá pessoal! 

Estamos de volta com mais uma coluna Artigos e Resenhas aqui no nosso site. Dessa vez o sensacional Luiz Domingues nos fala sobre o álbum "Death and Life" do excelente cantor, guitarrista e compositor Chico Suman.

A matéria original pode ser encontrada neste link.

http://luiz-domingues.blogspot.com/2018/08/cd-death-and-life-chico-suman-por-luiz.html


Lembrando que o nosso amigo possui três blogs diferentes que estão nos links abaixo.

http://luiz-domingues.blogspot.com.br/

http://blogdoluizdomingues2.blogspot.com.br/

http://luizdomingues3.blogspot.com.br/


Um breve release do Luiz feito pelo próprio:


Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.


Sem mais, vamos ao texto do Luiz:

CD Death and Life / Chico Suman - Por Luiz Domingues


Eis que eu fico a saber que o excelente guitarrista, cantor e compositor, Chico Suman, preparava a produção de um trabalho solo, autoral. O álbum mal começara a ser preparado e eu já deduzi que seria ótimo. 
Conheço Chico Suman, há muitos anos, já havia compartilhado shows com sua ótima banda, o The Suman Brothers, em três ocasiões (por duas vezes, quando eu toquei no “Pedra” e uma com “Kim Kehl & Os Kurandeiros”), e tocamos diretamente uma vez, quando eu fui componente da Magnólia Blues Band” e ele foi o guitarrista especialmente convidado para uma das nossas apresentações. Em síntese, eu já sabia há tempos, que Chico Suman trata-se de um guitarrista da pesada, versado pelas melhores tradições do Rock, com diversas especializações em vertentes múltiplas a transitar pelo Blues, Black Music, Folk e Country Rock e sob diversas nuances clássicas desses gêneros citados e muitos outros, em um alcance a atingir principalmente a faixa temporal contida entre os anos cinquenta a setenta do século anterior, ou seja, a sua base de inspiração vem da nata da nata. 
Além de ser também um cantor com muita qualidade, Chico Suman igualmente compõe muito bem e por ser um aficionado da poesia Folk de Bob Dylan e congêneres, Chico gosta de caprichar nas letras que escreve. E para completar, é claro que cercar-se-ia de uma turma de músicos da melhor qualidade para acompanhá-lo, muitos dos quais eu conheço muito bem e sei da sua genialidade ímpar. 


Portanto, como poderia um disco que eu sabia de antemão que seria ótimo, surpreender-me em algum aspecto, no sentido de superar a minha expectativa inicial? Pois é... algum tempo depois, eis que mediante uma audição proporcionada, através do nosso amigo em comum, Cleber Lessa, ouço o álbum na íntegra, como som ambiente da casa de espetáculos, Santa Sede Rock Bar, em São Paulo, e impressiono-me com a sua audição. Mas foi mesmo quando recebi em mãos uma cópia do álbum, que pude enfim mergulhar em sua sonoridade e constatar, que sim, ele é bem melhor do que eu deduzira anteriormente, por incrível que pareça. 
Para início de conversa, Chico Suman é um raro artista no panorama do Rock brasileiro (refiro-me à atualidade de final da década dez, do século XXI), que professa um compromisso verdadeiro, umbilical e sem nenhum receio, com as mais belas tradições do Rock, Blues, da Black Music em geral e do Folk-Country Rock e sem que isso seja necessariamente uma bandeira desfraldada em torno de um acintoso resgate vintage, retrô ou a estabelecer uma ponte proposital com o passado, mas simplesmente, por Chico viver intensamente essa realidade em sua expressão artística, de uma maneira absolutamente natural, ao revelar-se alheio ao que demarcaria uma opção confessa em prol do passado. 
Na verdade, ele simplesmente vibra por tais moléculas e nesse sentido, pouco importa em que época atue, pois a sua verdade é essa e ponto final. Dessa maneira, não vejo uma melhor forma em atuar, do que ser atemporal e acaso o seu trabalho soe como algo que remeta aos anos cinquenta a setenta da década anterior, é melhor pensar que isso não importa pelo ponto de vista do “hype”, como raciocinam os críticos obtusos e/ou mal intencionados, sempre obcecados em decretar o que entra e sai da moda, mas muito pelo contrário, queiram admitir ou não, foi nesse espectro da história, onde criou-se uma excelência artística inquestionável e se Chico bebe dessa fonte, revela mais que um bom gosto pessoal, porém, acima de tudo, que possui uma base sólida, indestrutível.
E assim, o passeio que esse disco faz entre vertentes, estilos e tendências dessa fase de ouro da música em geral e do Rock, em específico, é muito bonito. Chico conduz o ouvinte ao âmago do Blues e da Folk Music, passa pelo Country-Rock e R’n’B, insinua o Blues-Rock; mergulha-nos nas águas sagradas do Rio Ganges onde as ragas espalham luzes multicoloridas e típicas dos anos sessenta. Dessa forma, voamos para bem longe, o suficiente para constatarmos que Chico conseguiu estabelecer o “religare” e de fato, a boa música está aqui, de volta, e basta apenas que liguemo-nos, entremos em sintonia e que caiamos fora do baixo astral da anticultura, que está lá fora...


Sobre as canções em específico, o álbum inicia-se com: “Morning Sunshine”, sob uma atmosfera Country Rock muito alvissareira. Ouvir tal canção, é como viajar dentro de uma Pick up, em um manhã ensolarada a trafegar de Minessota para Ohio, digamos assim. Gostei muito da pureza dos timbres dos instrumentos, principalmente na bateria, a soar com seu som natural, sem muito processamento, principalmente no tocante ao exagero do reverber, ato falho comum para nove entre dez técnicos de áudio em estúdio. Noto a presença do orgão Hammond, com pontuais desenhos bem agradáveis e dois solos de guitarra com timbres diferenciados e muito bonitos, ambos. Tem violão bem tocado e uma linha de baixo agradável. Apreciei o refrão com um sentido sob contraponto no backing vocals, que lembrou-me bastante o trabalho do "Lovin Spoonful". A letra reforça a ideia do espírito livre, que a música evoca: 

“Let my hair blow free 
 let my spirit guide me”...

A segunda faixa, apresenta: “Livin’ Alone”, a embalar um Folk-Rock muito melódico. É muito bom ouvir o som da gaita, com a vassourinha a desenhar na caixa da bateria, os belos desenhos de guitarra a propor contra-solos emotivos, violão batido, órgão Hammond a harmonizar e ao seu final, até o cântico de pássaros para fechar a canção. É como ouvir um bom disco de Bob Dylan e lembrar que o Rock tinha e precisa voltar a ter poesia, também. 

“Time has come to be alone
Dissapear like a rolling stone
sadness is eating up my heart”...

“Band of Brothers” vai fundo no Blues-Rock, com muito vigor. Solos e contra-solos de guitarra são excelentes e a banda faz uma base poderosa, com bateria, baixo, e órgão Hammond, sob forte pegada. Certas partes faladas a esmo, são bem sessentistas, a garantir uma boa dose de loucura, que é sempre essencial. Uma interessante passagem da letra, despertou a minha atenção:

“When I first started playing the blues 
more than 15 years ago 
never tried to make any money 
‘cause that’s something I don’t know 
just tried to bring some happy hours 
when my friends come home home from work”...

Pois é... música que vem do coração não é produto para vender na gôndola do supermercado, mas algo verdadeiro, ou seja, um fator observado fartamente por quem militou na senda artística musical daquelas décadas de ouro na música, e certamente que Chico Suman faz parte dessa estirpe, por falar a mesma linguagem.

“A Small Part of You” é um Slow Blues dos mais inspirados que tenho escutado nos últimos tempos. Tem uma carga emocional fortíssima, envolta em sutilezas múltiplas a conferir-lhe uma beleza incrível. Ao ouvir tal melodia linda, amalgamada por uma bela poesia, é impossível não lembrar-me que um dia tivemos a "The Band", a atuar neste planeta e certamente que o mundo foi muito melhor enquanto ela esteve a brindar-nos com a sua plena magnitude artística. A mencionar o arranjo em si, tudo soa muito belo. Teclados, "cozinha" (baixo e bateria) espetacular, e um trabalho de guitarras, magnífico. São arpejos e desenhos pontuais (clap guitar, sensacional, no melhor estilo de Steven Cropper), a marcar de forma indelével a base e com solos para arrepiar. 
O trabalho vocal destaca-se muito nessa faixa, igualmente. Trata-se de uma interpretação muito emocionante, cuja entrega total, muito lembrou-me o mestre, John Lennon, em seus momentos mais exasperantes. Tem muito do grito primal nessa construção vocal, com a inclusão de uma segunda voz, muito boa e várias intervenções a esmo, nesse sentido. É forte, intenso e muito emocionante. 

“You gave me your view about this world while all of your friends 
were watching you eyes wide open so you wouldn’t cry again"...

Em resumo, trata-se de uma canção fortíssima, e memorável.

A quinta faixa: “Keep the Light on“, investe no balanço, com um sentido mais próximo do R’n’B. Tem um riff muito bom e a banda imprime um balanço forte, para fazer o ouvinte levantar de sua confortável poltrona e balançar-se. Gostei muito das palmas, um recurso pouco usado nos dias atuais, mas que é funcional ao extremo para gerar uma interação contagiante com os ouvintes. A canção contém peso, com aquela pegada Rocker. E há também, uma chave para revelar a ideia que norteia o título do álbum, quando Chico diz: 

“Hey brother! 
Don’t pay your troubles no mind, because
 Death and life walk together”

A canção seguinte, é na verdade um mantra, literalmente. “Ganges”, investe na sonoridade da Índia, mas sob aquela estimulante roupagem ocidental e sessentista, quando o Rock mergulhou em suas águas sagradas e escreveu uma das páginas mais belas de sua história (grato, Mahatma Harrison, jai jai!). 
Sob uma batida tribal, a cítara canta solta, e em certos momentos lembrou-me o trabalho do grupo de Rock britânico, "Kula Shaker" que tentou fazer esse religare nos anos noventa e embora a raiz cultural fosse outra, também lembrou-me o trabalho do Aphrodite’s Child em “Babylon” (essa banda era grega e sessenta-setentista). Adorável a menção ao recurso do solo de guitarra em estilo “backwards”, outra marca típica dos anos sessenta. E o mantra entoado dispensa maiores explicações:  

“Namah Parvati pathaye 
Hare Hara Shankara Mahadev 
Hare Hare Hare Mahadev 
Hare Hare Hare Mahadev 
Namah Parvati pathaye 
Hare hare mahadev 
Namah Parvati pathaye”... 

“Capricorn” é um tema instrumental e muito belo. Brilha muito o baixo, com um solo espetacular e que busca o sentido melódico, sobretudo. Gostei muito da harmonia e da melodia central, proposta pela guitarra, que contém uma beleza muito grande. A base com a presença do órgão Hammond, empolga por não nos deixar respirar, mediante a ação contínua da caixa Leslie, ao espalhar-se aos quatro ventos, pela sua ventoinha. É muito bonita também a presença de um violão batido, com lindo timbre e várias camadas de guitarras a desenhar por todos os lados do pan do estéreo. Se o leitor ouvir essa canção com fone de ouvido, há de apreciar tais detalhes meticulosos.

E o disco chega ao seu final, com: “Time to Say Goodbye”, uma balada belíssima, super sessentista, pela sua construção harmônica, melódica e rítmica. Adorei a concepção da linha de bateria, com inspiradíssimas passagens pelos tambores. O efeito "staccato" em algumas partes, evoca o trabalho de bandas como, The Beatles, The Kinks, Small Faces e congêneres britânicos, mas tem também um lado norte-americano muito efusivo, quando esbarra forte no som de Crosby; Stills; Nash & Young. 
Há, paralelamente, muitos estímulos sutis nessa canção, proporcionados por todos os instrumentos que constam em sua constituição. É uma canção muito bem arranjada e tudo sob belos timbres. Inclusive ao conter um solo em duo, que abre vozes para as guitarras. A canção termina com um enigmático efeito ao teclado, a sugerir a presença de uma ventania, a levar tudo embora e de fato, a vida e a morte são manifestações do mesmo sopro vital que traz e leva... leva e traz...
Gostei dessa parte da letra:

“Don’t be afraid to fall on 
The moment you’ve been waiting for 
The future in a minute will be gone 
Take pictures of your new life 
Grow stronger from the inside 
our love will live forever in this song”... 

A respeito da capa, “Death and Life” investiu na sobriedade. O artista com a sua guitarra sobre um fundo bege e nada mais. No encarte e na contracapa, mantém o conceito, com fotos do mesmo ambiente a lembrar uma ambientação urbana mas bem rústica, com a porta de uma residência antiga, bem do início do século passado e além do artista, há uma foto com dois gatos a observar a paisagem.
 

O encarte tem uma explicação do trabalho, assinada pelo próprio, Chico Suman, em pessoa, mas sob uma forma bem poética, quase a caracterizar um manifesto de sua parte. Além de conter as letras das canções e uma boa ficha técnica.
A opção por cantar no idioma inglês, tem tudo a ver com as influências que calam mais forte na construção da personalidade artística de Chico Suman, e nesse sentido, não cabe questionamentos sobre estratégias de marketing, adotadas por ele.

Um promo com a música “Capricorn”, disponível no You Tube:


 https://www.youtube.com/watch?v=U6sehnmgCGs

Death and Life – Chico Suman

Gravado no Estúdio Gallo de São Paulo
Técnico de Som e mixagem: Bruno Mulinario
Assistente de áudio: Sidiney Souza
Assistência de Luthieria: Ivan Pieri
Arte de capa / lay-out: Geraldo Bezerra
Fotos: Gabriela Piragibe

Chico Suman: Guitarra; Violão; Voz; Harp

Músicos convidados:
Rodrigo Ramos:  Bateria e Percussão
Rafael Stranguini: Baixo (faixas 1; 6 & 7) e Órgão Hammond (faixa 4)
Daniel “Kid”: Baixo (faixas 3; 4 & 5)
Rodrigo Hid: Órgão Hammond (faixas 1 e 5)
Adriano Grineberb: Órgão Hammond (faixas 3 e 6)
Luiz Bueno: Cítara elétrica (faixa 6)
Kleiton Sabaini: Baixo (faixa 8)
Maurício Pilksuc: Baixo (faixa 8)
Collins Freitas: Órgão Hammond (faixa 7)
Mateus Schanoski: Órgão Hammond (faixa 8)
Leandro Lantin: Órgão Hammond (faixa 2)
Simone Dantas: Guitarra (faixa 8)
Victor Mulinario: Backing Vocals (faixa 1)
Fernando Olivo: Backing Vocals (faixa 1)
DJ Sgrufs: Scratch (faixa 5)

Composições; letras; arranjos e produção geral: Chico Suman

Para conhecer melhor o trabalho de Chico Suman, acesse:

Para escutar o álbum “Death and Life”, na íntegra, acesse na plataforma, Spotify:



Eis aí um trabalho que eu sabia que ficaria bom, mas que na verdade, ficou ainda melhor do que previ. Recomendo o álbum, “Death and Life” e a arte de Chico Suman!  

É isso aí pessoal!
Espero que gostem desta resenha e principalmente do álbum deste talentoso artista, Chico Suman.
Abraços e até a próxima!