segunda-feira, 15 de setembro de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 14

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das figuras com ponto de aumento.

Estudos rítmicos

Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com o ponto de aumento. A teoria consiste em somar metade do valor da nota ao seu valor original.

Por exemplo, em compasso de 4/4, ao pontuar uma semínima (1 tempo), ela passará a valer 1 tempo e meio. Se você pontuar uma mínima (2 tempos), a nota deverá soar por 3 tempos (o valor da nota - 2 tempos - mais metade do seu valor - 1 tempo).

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

Contato:
E-mail: femtavares@gmail.com

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Bons estudos e até a próxima coluna!

Abraços,
Fernando Tavares

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.


segunda-feira, 8 de setembro de 2025

Baixista do Mês - Victor Wooten


Olá, pessoal!

Nesta semana, trazemos uma matéria especial sobre o lendário baixista Victor Wooten!

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:
http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Victor Wooten

  • Nome completo: Victor Lemonte Wooten
  • Nascimento: 11 de setembro de 1964, Hampton – Estados Unidos
  • Atuação musical: Carreira solo e membro da banda Béla Fleck and the Flecktones
Victor Wooten é um dos baixistas mais influentes da música contemporânea, conhecido por sua técnica inovadora e versatilidade. Membro do premiado grupo Béla Fleck and the Flecktones, com quem ganhou cinco Grammys, também construiu uma carreira solo de destaque, explorando gêneros como jazz e funk.

Discografia Selecionada

Solo

  • A Show of Hands (1996)
  • What Did He Say? (1997)
  • Yin-Yang (1999)
  • Live in America (2001)
  • Soul Circus (2005)
  • Palmystery (2008)
  • Words and Tones (2012)
  • Sword and Stone (2012)
  • TRYPNOTYX (2017)

Bass Extremes

  • Cookbook (1998)
  • Just Add Water (2000)
  • S’low Down (2022)

Vital Tech Tones

  • Vital Tech Tones (1998)
  • Vital Tech Tones 2 (2000)

The Wootens

  • The Wootens (1985)

Greg Howe

  • Extraction (2003)

SMV (Stanley Clarke, Marcus Miller e Victor Wooten)

  • Thunder (2008)

Béla Fleck and the Flecktones

  • Béla Fleck and the Flecktones (1990)
  • Flight of the Cosmic Hippo (1991)
  • UFO Tofu (1992)
  • Three Flew Over the Cuckoo's Nest (1993)
  • Live Art (1996)
  • Left of Cool (1998)
  • Greatest Hits of the 20th Century (1999)
  • Outbound (2000)
  • Live at the Quick (2002)
  • Little Worlds (2003)
  • Ten from Little Worlds (2003)
  • The Hidden Land (2006)
  • Jingle All the Way (2008)
  • Rocket Science (2011)

Video Link:



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quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Baixistas do Rock - Parte 5

Olá, pessoal!

Dando sequência à nossa coluna de Rock, vamos estudar nas duas próximas edições o baixista Geezer Butler. As principais características de Geezer são o uso da semicolcheia como célula rítmica base para suas levadas e a pentatônica como principal elemento para a criação de frases.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Geezer Butler (Terence Michael Joseph Butler), nascido em 17 de julho de 1949 em Birmingham, Inglaterra, é um baixista, compositor e letrista britânico, mais conhecido como membro fundador da banda de heavy metal Black Sabbath.

Geezer foi responsável por criar algumas das linhas de baixo mais icônicas do gênero, combinando técnica, criatividade e uma abordagem única ao instrumento. Suas composições líricas, frequentemente carregadas de temas sombrios e introspectivos, contribuíram para a identidade musical da banda.

Exercício 1

A semicolcheia é a célula rítmica preferida de Geezer para construir suas levadas. Caracteristicamente, no rock, a colcheia é usada para criar um sentido de velocidade. Geezer, contrariando essa prática, prefere andamentos mais lentos, nos quais pode explorar a velocidade das semicolcheias em suas frases, conferindo um sentido distinto ao seu estilo em comparação com outros baixistas de rock.

No exercício abaixo, temos uma levada com tônica, quinta e oitava, para praticar as semicolcheias em todas as cordas.


Exercício 2

Neste segundo exercício, exploramos uma levada construída inteiramente com semicolcheias.


Exercício 3

A principal escala utilizada por Geezer é a pentatônica. No primeiro compasso deste exercício, utilizamos a pentatônica de dó maior e, no segundo, a pentatônica de lá menor.

🔍 Observe que ambas possuem as mesmas notas, motivo pelo qual algumas pessoas chamam a pentatônica de lá menor de relativa da de dó maior.


Exercício 4

No quarto exercício, apresentamos um “shape” abrangente utilizando as notas da pentatônica. Este modelo é amplamente utilizado na criação de frases, pois funciona como um “mapa” no braço do instrumento, facilitando a combinação das notas.


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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Harmonia - Aula 07 – Escala maior pelos ciclos

Olá, Pessoal!

Nesta sétima coluna sobre harmonia, voltaremos a falar sobre a escala maior, que anteriormente estudamos em relação à sua formação e opções de digitação.

Na coluna de hoje, propomos um estudo interessante para a escala maior. Antes disso, é importante entender que, tendo como referência a fundamental, é possível gerar as escalas maiores sempre respeitando a mesma distância entre as notas. Essa ideia cria um desenho padrão para qualquer escala, exemplificado anteriormente em Dó maior.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Estudo da escala maior pelos ciclos

O estudo a seguir é realizado através do ciclo das quintas, ou seja, começa com a escala de Dó. Em seguida, parte-se da quinta de Dó, que é Sol, depois da quinta de Sol, que é Ré, e assim sucessivamente. Este é um estudo importante e interessante para conhecer melhor o braço do instrumento e também aprimorar a técnica.

  • Importante: Estude com o auxílio de um metrônomo ou bateria eletrônica.

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sexta-feira, 29 de agosto de 2025

Artigo: I miss the comfort in being sad: a representação da melancolia do grunge na utilização dos modos maior e menor

Olá pessoal!

Estou aqui para comunicar que foi publicado o artigo acadêmico “I miss the comfort in being sad: a representação da melancolia do grunge na utilização dos modos maior e menor”, de minha autoria em coautoria com o querido amigo Aldo Luiz Leoni, no livro “Histórias locais e translocais da música: aproximações às narrativas pós-coloniais”.
A obra foi organizada por Diósnio Machado Neto (Universidade de São Paulo – Escola de Artes, Ciências e Humanidades) e Fátima Graciela Musri (Universidad Nacional de San Juan – Instituto de Estudios Musicales), e publicada em 25 de agosto de 2025 pela Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo (EACH-USP).
O livro pode ser encontrado no link:

Livro: Histórias locais e translocais da música: aproximações às narrativas pós-coloniais

Lançamento: 25 de Agosto de 2025.

Local: Porta de Livros Abertos da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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segunda-feira, 25 de agosto de 2025

Os Baixistas de Frank Zappa - Parte 1



Olá, pessoal!

Nesta semana, temos uma coluna especial em que abordamos os baixistas que fizeram parte dos grupos liderados pelo guitarrista e compositor Frank Zappa. Além de explorar um pouco sobre a trajetória desses músicos, vamos apresentar alguns aspectos técnicos, analisando músicas do repertório do artista.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Frank Zappa foi um dos maiores compositores da história da música moderna. Com sua abordagem única e incansável, Zappa não apenas compunha incessantemente, mas exigia dos músicos que o acompanhavam um compromisso total com o seu trabalho, tanto no que se refere à execução das linhas complexas que ele criava quanto ao tempo dedicado aos ensaios, muitas vezes longos e intensos.

Reconhecido como um descobridor nato de talentos, Zappa não apenas revelou novos músicos, mas também trabalhou com grandes nomes já consagrados na música. Muitos dos músicos que passaram por sua banda se tornaram referências no cenário musical. Entre os músicos que gravaram ou se apresentaram com Zappa, destacam-se: George Duke (teclados), Ian Underwood (saxofone/teclados), Aynsley Dunbar (bateria), Steve Vai (guitarra), Chad Wackerman (bateria), Warren Cucurrulo (guitarra), Vinnie Colaiuta (bateria), Chester Thompson (bateria), Jean-Luc Ponty (violino), Randy e Michael Brecker (trumpete e saxofone), Adrian Belew (guitarra e voz), Terry Bozzio (bateria), Tina Turner (voz), entre outros.

Com uma lista de músicos de tamanha magnitude, é impossível acreditar que os baixistas da banda ficassem aquém em termos técnicos e artísticos. De fato, os baixistas de Zappa tinham de possuir uma noção rítmica excepcional, pois frequentemente tocavam em compassos extremamente complexos. Além disso, a improvisação era uma habilidade fundamental, já que muitas partes dos shows de Zappa eram improvisadas.

Devido ao grande número de baixistas que passaram por sua banda, dividimos sua trajetória com os músicos em três fases:

  1. Primeira fase (1965-1968): Durante o período dos "Mothers of Invention", Zappa contou com o baixista Roy Estrada (17/04/43). Entre 1968 e 1972, durante as gravações dos álbuns solos de Zappa, os baixistas Max Bennet, Suggy Otis, Jeff Simmons, Jim Pons e Erroneous participaram da formação da banda.

  2. Segunda fase (1972-1979): Durante essa fase, os baixistas Tom Fowler (de 1972 a 1975) e Patrick O'Hearn (de 1975 a 1979) foram os principais responsáveis pelas linhas de baixo nas gravações e apresentações ao vivo.

  3. Terceira fase (anos 80): Zappa contou com os baixistas Arthur Barrow e Scott Thunes, que se destacaram no final da carreira do compositor, contribuindo para a sonoridade que marcou essa última fase.

Esses baixistas foram fundamentais na construção do som único que Zappa desenvolveu ao longo de sua carreira, contribuindo para o legado imortal do artista.


Parte 1

A primeira parte da nossa análise sobre os baixistas de Frank Zappa abrange o período de 1965 a 1972. Para esta fase, selecionamos exemplos extraídos de três álbuns, que considero particularmente influentes e significativos. Estes discos são:
  • Freak Out!

"Freak Out!" (1966) foi o álbum de estreia dos Mothers of Invention e um marco na música experimental dos anos 60. Misturando rock, jazz, blues e música clássica, o álbum contou com o baixista Roy Estrada, cuja técnica inovadora contribuiu para a base rítmica única das composições de Zappa. O álbum também destacou a habilidade de Zappa em combinar sátiras, crítica social e humor com complexidade musical, com linhas de baixo imprevisíveis e experimentais que desafiavam as convenções da época.
  • We’re Only in it for The Money

Lançado em 1968, "We're Only in It for the Money" é um álbum satírico e politicamente carregado de Zappa, com críticas ao consumismo e à cultura hippie. O baixista Roy Estrada, com sua técnica única, contribui para a complexidade rítmica e harmônica do álbum, utilizando escalas e intervalos de forma criativa. As linhas de baixo de Estrada são essenciais para a fluidez e coesão das músicas, que apresentam mudanças abruptas de tempo e estilo, complementando a fusão de rock experimental e psicodelia.

  • Hot Rats

Lançado em 1969, "Hot Rats" é um álbum essencial na carreira de Zappa, destacando-se como uma obra-prima do rock instrumental e fusion. A faixa "Peaches en Regalia" é a única gravada por Shuggie Otis. O baixista Max Bennet gravou as outras faixas do álbum e contribui com linhas de baixo icônicas, combinando técnica e improvisação para complementar os solos de guitarra e teclado, tornando o álbum um marco na fusão de jazz e rock e indispensável na discografia de Zappa.

Exemplo 1

O primeiro exemplo é extraído da música "How Could I Be Such a Fool" e refere-se a uma parte do refrão. Ele ocorre por volta de 1:30. A fórmula de compasso utilizada é 3/4, e o baixista constrói as frases utilizando as notas da escala de cada acorde.


Exemplo 2

No segundo exemplo, temos a parte do refrão da música "Any Way The Wind Blows". Este trecho foi construído utilizando as 5ª e 8ª de cada acorde. Ele ocorre por volta dos 19 segundos.


Exemplo 3

Este exemplo corresponde à introdução da música, na qual foi utilizada a escala menor de G#. O baixista executa a mesma frase que a guitarra.


Exemplo 4

Este exemplo corresponde à base de voz da música “Hungry Freaks, Daddy”, na qual o baixista utiliza a escala pentatônica menor de A.


Exemplo 5

Este trecho corresponde à parte "D" da música, sendo totalmente improvisado. As frases são construídas utilizando a escala de E maior, com a adição de cromatismos entre as notas. A parte rítmica é extremamente complexa, exigindo atenção especial ao tocar as células rítmicas dessa seção.


Esta é a primeira parte da Bass Clinic sobre os baixistas de Frank Zappa, correspondendo à primeira fase do genial compositor. Nessa fase, já são apresentados alguns elementos que seriam mais explorados por Zappa em sua carreira futura, conferindo à fase uma importância histórica significativa. O último exemplo apresentado está no álbum "Hot Rats", que, para mim, é considerado uma das obras-primas desse compositor. Se você deseja iniciar sua jornada no trabalho de Frank Zappa, recomendo fortemente a aquisição desse álbum.

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segunda-feira, 18 de agosto de 2025

Dissertação de Mestrado: Fernando Tavares - A Arte do Partimento em sua história, fundamentos, práticas e discussão musicológica: análise historiográfica para a consolidação de um saber para a pedagogia da música

 Olá pessoal!

Estou aqui hoje para informar que a minha dissertação de mestrado "A Arte do Partimento em sua história, fundamentos, práticas e discussão musicológica: análise historiográfica para a consolidação de um saber para a pedagogia da música" está disponível no banco de Teses e Dissertações da USP (Universidade de São Paulo).

https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27157/tde-27062023-100608/pt-br.php

Essa pesquisa se iniciou por volta de Março de 2018, quando ingressei no LAMUS-EACH (Laboratório de Musicologia da Escola de Artes, Ciências e Humanidades. Em 07/02/2019, sob orientação de Diósnio Machado Neto ingressei no programa de Mestrado em Musicologia da Escola de Comunicações e Artes da USP e fui aprovado em 25/10/2021. 

Agora estou no Doutorado na mesma instituição e sob a orientação de Diósnio Machado Neto novamente, para analisarmos a obra de José Maurício Nunes Garcia. Fiquem de olho nos artigos que publicamos sobre a pesquisa.

Resumo

No decorrer do século XVIII desenvolveu-se nos Conservatórios de Nápoles uma maneira eficaz de ensinar música conhecida como partimento. Tal método consistia em transmitir os parâmetros musicais por linhas de baixo que continham combinações de notas compreendidas pelos músicos e que lhes proporcionavam informações para a realização de esquemas harmônicos e contrapontísticos. Estes esquemas eram usados para o exercício da improvisação e composição. O modelo de ensino pelos partimentos circulou por toda a Europa através das mãos de mestres que trabalharam ou formaram músicos para as diversas cortes do Antigo Regime. Na década de 1990, iniciou-se um movimento pela compreensão deste modelo de ensino e a partir da segunda metade da década de 2000, diversos trabalhos consolidaram a revisão metodológica deste modelo de ensino. Utilizando-se destes textos contemporâneos que revisitaram e reconstruíram o modelo de ensino pelo partimento, apresentamos nesta dissertação uma revisão bibliográfica com base no trabalho de musicólogos, analistas e teóricos musicais que escreveram sobre este assunto. Com base nos dados coletados, analisamos as informações obtidas e descrevemos como eram as principais escolas, mestres, conteúdos e características do ensino buscando a compreensão dos debates musicais que estavam sendo promovidos pelos músicos do período. A conclusão das análises nos fez compreender o método e criar uma base importante para a execução de um projeto futuro que visa demonstrar o benefício do ensino dos partimentos para auxiliar no ensino das disciplinas de criação musical.

Palavras-chave: Partimento. Contraponto. Conservatórios Napolitanos. Análise Musical. Música Galante.

sábado, 16 de agosto de 2025

Transcrição da Linha de Baixo Da Música “A Big Band Não Veio” de Arismar do Espírito Santo por João Colla

 Olá, pessoal!

Nesta semana temos a transcrição da música “A Big Band Não Veio” de Arismar do Espírito Santo, transcrita por João Colla.

Para quem quiser conhecer mais sobre o trabalho do João, acesse o seu perfil no instagram: https://www.instagram.com/joaocolla_b/

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


“A Big Band Não Veio” de Arismar do Espírito Santo


Arismar do Espírito Santo, multi-instrumentista e compositor, é uma referência no contrabaixo brasileiro, tanto pela sua linguagem melódica e harmônica quanto pela intenção rítmica, fortemente influenciada pelos instrumentos de percussão da música popular brasileira. Não surpreende, portanto, que desde a década de 1970 Arismar já acompanhasse grandes nomes como Hermeto Pascoal, Toninho Horta, Dominguinhos e Hélio Delmiro, tanto em shows quanto em gravações.

Faixa de abertura do disco Flor de Sal (2017), A Big Band Não Veio conta com a participação de Léa Freire (flauta), Cleber Almeida (bateria) e Sérgio Coelho (trombone), que integram a formação principal do álbum. A linha de baixo apresenta uma levada de samba tradicional em 2/4, mas que se aproxima do walking bass pelo uso recorrente de aproximações cromáticas e inversões, conferindo grande movimento à condução sem, contudo, perder o swing característico da levada.


Transcrição



É isso aí. Fique atento às postagens do blog e às redes sociais do João.


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segunda-feira, 11 de agosto de 2025

Transcrição do Mês - Bob Marley - i Shot the Sheriff


Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma transcrição com texto explicativo no site. Para esta coluna, escolhemos a música I Shot the Sheriff do cantor Bob Marley com Aston Barret no baixo.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Bob Marley - i Shot the Sheriff

Bob Marley (1945-1981) foi o maior ícone do reggae, cantor e compositor jamaicano que popularizou o gênero mundialmente com mensagens de resistência, paz e justiça social. Líder da banda The Wailers, suas músicas, como "No Woman, No Cry" e "Redemption Song", continuam a inspirar gerações. Seu estilo de vida foi influenciado pela filosofia Rastafari, e sua morte precoce não impediu o legado de sua música.

Aston "Family Man" Barrett (1946-) é um dos grandes baixistas da música pop e membro essencial da banda de Marley, The Wailers. Com uma técnica única e groove inconfundível, foi responsável por moldar o som do reggae moderno. Sua habilidade de usar o baixo como elemento melódico e rítmico foi fundamental para o sucesso dos álbuns de Marley, e também teve uma carreira solo significativa no desenvolvimento do reggae.entes do jazz fusion, destacando-se pela originalidade e pela complexidade de suas linhas de baixo.

Esta transcrição foi originalmente publicada na Bass Player Brasil, edição 23, de agosto de 2013.


Texto

Esta música contém uma das linhas de contrabaixo mais famosas do reggae. Bob Marley, sem dúvidas, foi o grande nome do estilo, e o seu baixista, Aston "Family Man" Barrett, é sinônimo de contrabaixo dentro do gênero.

A música está na tonalidade de sol menor e os acordes utilizados são o I grau (Gm) e o IV grau (Cm) para construir a harmonia do refrão. Para a base de voz, foram utilizados o bVI grau (Eb6 ou Eb), o V grau (Dm) e o I grau (Gm). A música se divide nessas duas partes, e as frases são feitas sobre a pentatônica da tonalidade (sol menor). Não se esqueça das indicações no início da transcrição; elas informam que a semicolcheia deve ser tocada como indicada, ou seja, ela deve ser tercinada, e as notas são em staccato. Elas devem soar metade do tempo indicado, e eu preferi colocar a indicação no início para não poluir a transcrição.

Para o refrão, o baixista faz a primeira frase (compasso 2) partindo da terça menor de Gm, que é a nota si bemol. Depois, utiliza a quinta justa e a oitava para finalizar na fundamental do acorde. O compasso termina com uma frase utilizando a fundamental, a terça menor e a quarta justa uma oitava acima, além de um slide neste trecho. A quarta de sol (nota dó) é sustentada durante o próximo compasso, no qual ela faz o papel de fundamental do acorde de Cm.

Nos compassos 4 e 5, o baixista utiliza a quinta justa, a sétima menor e a fundamental para a construção das frases. No compasso 6, o baixista substitui a primeira frase por uma muito parecida, utilizando a quinta justa, a sétima menor e a fundamental. As outras frases repetem a ideia dos compassos anteriores. O refrão acontece entre os compassos 2 ao 9, 23 ao 30, 44 ao 51 e 67 ao 74. Essas ideias também são utilizadas para a construção do final da música, a partir do compasso 88.

Para a base de voz, o baixista utilizou uma frase tocando a oitava, a quinta justa e a fundamental dos respectivos acordes de Eb e Dm. No segundo compasso deste trecho, o baixista cria uma variação com a fundamental e a quinta justa do acorde de Gm. Esta ideia é repetida nos compassos subsequentes do trecho, utilizando pequenas variações nas repetições até a frase feita para encerrar o trecho (compasso 20), que é construída com a pentatônica de sol menor. Este trecho ocorre entre os compassos 10 ao 22, 31 ao 43, 52 ao 66 e 75 ao 87.

Esta música contém muito swing e uma linha muito criativa, utilizando elementos essenciais para quem quer tocar reggae: pentatônica da tonalidade, semicolcheia swingada e muitas pausas e espaços entre as frases.

Transcrição

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quinta-feira, 7 de agosto de 2025

Teoria & Análise - Estudos Rítmicos - Parte 13

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das ligaduras de tempo.

Estudos rítmicos

Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a ligadura de tempo. Essa técnica consiste em somar a duração das notas que estão ligadas.

Por exemplo, em compassos de 2/4, ao ligar uma semínima (1 tempo) com uma mínima (2 tempos), a nota deverá soar por 3 tempos.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

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Abraços,
Fernando Tavares

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segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Álbuns Clássicos - Hermeto Pascoal - Slaves Mass


Olá, pessoal!

Nesta semana, destacamos o álbum Slaves Mass, do extraordinário músico brasileiro Hermeto Pascoal.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:
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Hermeto Pascoal - Slaves Mass

Slaves Mass foi o segundo disco gravado por Hermeto Pascoal nos Estados Unidos, com a participação de renomados músicos do cenário Jazz/Fusion. Todas as faixas foram compostas e arranjadas por Hermeto, que se destaca no álbum tocando uma ampla gama de instrumentos, como piano acústico, Fender Rhodes, clavinete, sax soprano, flauta e violão.

Os grandes destaques do disco são as faixas Tacho, Chorinho pra Ele e Aquela Valsa, onde Hermeto demonstra seu profundo domínio harmônico e seu amor pela música brasileira.


Faixas do álbum

  1. Tacho (Mixing Pot) – 9:18
  2. Missa dos Escravos (Slaves Mass) – 4:19
  3. Chorinho para Ele (Little Cry for Him) – 2:11
  4. Cannon (Dedicated to Cannonball Adderley) – 5:20
  5. Escuta Meu Piano (Just Listen) – 7:08
  6. Aquela Valsa (That Waltz) – 2:46
  7. Geleia de Cereja (Cherry Jam) – 11:45

Músicos participantes

  • Hermeto Pascoal: Piano, Fender Rhodes, Clavinete, Melodica, Sax Soprano, Flauta, Violão e Voz (em "Cannon").
  • Flora Purim: Voz (em "Missa dos Escravos" e "Cannon").
  • Airto Moreira: Bateria (exceto "Tacho"), Percussão e Voz (em "Cannon").
  • Chester Thompson: Bateria (em "Tacho").
  • Ron Carter: Baixo Acústico (exceto "Tacho").
  • Alphonso Johnson: Baixo Elétrico (em "Tacho").
  • Raul de Souza: Trombone e Voz (em "Cannon").
  • David Amaro: Guitarra e Violões.
  • Hugo Fattoruso: Voz (em "Cannon").
  • Laudir de Oliveira: Voz (em "Cannon").

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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 21 de julho de 2025

Baixistas do Rock - Parte 4

Olá, pessoal!

Nesta coluna, vamos trabalhar com um elemento de interpretação utilizado por Sting, que pode ser aplicado tanto no Rock quanto em outros estilos: o staccato.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Exemplo 1

Muitos alunos estudam o ponto de aumento, mas raramente dedicam atenção aos pontos de diminuição, que são essenciais para uma interpretação completa. Existem três tipos de ponto de diminuição; nesta coluna, vamos trabalhar somente com o staccato simples, que consiste em cortar o valor da nota pela metade. Ou seja, se uma nota tem a duração de um tempo, ao aplicar o staccato simples (grafado com um ponto acima ou abaixo da nota), ela passará a valer meio tempo.

Nos Exemplos 1a e 1b, apresentamos dois exemplos práticos.



Exemplo 2

No Exemplo 2a, temos uma levada de colcheia com o staccato. No Exemplo 2b, mostramos como essa levada deve ser executada. Percebam que o staccato também pode ser utilizado para "limpar" a partitura, tornando-a mais precisa e clara. Uma música excelente para estudar o uso do staccato é "Every Breath You Take" do The Police.



Exemplos 3 e 4

No Exemplo 3, apresentamos a levada principal da música "King of Pain". Observem os vários contratempos e o staccato empregados por Sting para criar essa levada. Aproveitando a música, no Exemplo 4, incluímos uma frase com Tônica e Quinta, característica da introdução da música. Acredito que baixistas que atuam em Power Trios podem se inspirar nesse tipo de levada para suas próprias músicas.




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quinta-feira, 17 de julho de 2025

Harmonia - Aula 06 – Aplicação de Quintas e Oitavas – Parte 02

Olá, Pessoal!

Nesta sexta coluna sobre harmonia, estudaremos um pouco mais sobre aplicações de quintas e oitavas em levadas. É importante entender a parte teórica, mas isso só será útil se aplicarmos os conceitos nas nossas linhas de contrabaixo. Com as quatro combinações desta coluna e as quatro anteriores, teremos um bom vocabulário para atingir esse objetivo. O ideal é decorar as oito combinações, assim você terá segurança para começar a improvisar sobre qualquer base.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Combinação 5 e 6

Na combinação 5, temos a linha feita utilizando a F (fundamental) nas duas primeiras colcheias, seguidas pelos intervalos de e . Já na combinação 6, invertemos a frase, utilizando e .

Combinação 5

Combinação 6


Combinação 7 e 8

Nas combinações 7 e 8, as variações são um pouco mais desafiadoras, já que tocamos uma vez cada intervalo, criando as seguintes ideias:

  • Combinação 7: F (fundamental), , e

  • Combinação 8: F, , e

Combinação 7


Combinação 8


Com estas variações em mãos, perceba como a levada fica “cheia”. Este artifício pode ser muito explorado, especialmente para baixistas que tocam em power trio ou em bandas com apenas uma guitarra. Em outros casos, deve-se usar essas variações com muito cuidado, especialmente se a banda tiver duas guitarras.


Vídeo:


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segunda-feira, 7 de julho de 2025

As linhas de baixo do Megadeth

Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma coluna com algumas linhas clássicas de baixo da banda Megadeth.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Megadeth

Matéria original publicada na Bass Player Brasil #10 de julho de 2012.

Megadeth é uma das bandas mais influentes e icônicas do gênero thrash metal, formada em 1983 por Dave Mustaine, após sua saída do Metallica. Ao longo de sua carreira, a banda se destacou por seu som rápido e técnico, caracterizado por riffs complexos e solos elaborados. Com sucessos como Peace Sells... but Who's Buying? e Rust in Peace, Megadeth ajudou a definir a era do thrash metal, tornando-se uma das "Big Four" do gênero, junto com Metallica, Slayer e Anthrax.

David Ellefson, o baixista original e membro fundador da banda, desempenhou um papel essencial na formação do som distintivo do grupo. Conhecido por suas linhas de baixo rápidas e melódicas, Ellefson trouxe uma combinação de técnica e musicalidade que complementou perfeitamente os riffs complexos de Mustaine. Seu estilo de tocar, muitas vezes entrelaçado com os solos de guitarra e os tempos rápidos da banda, é uma característica fundamental nas músicas de Megadeth, tornando-o uma figura essencial na história do metal.

Análise das Linhas de Baixo do Megadeth

Black Swan

Esta música faz parte do álbum TH1RT3EN e está na tonalidade de Si menor. O baixista toca a fundamental dos acordes nos compassos 1 e 3 do trecho, e toca a terça do acorde no segundo compasso. No quarto compasso, o baixista faz a frase em uníssono com a guitarra. O destaque do trecho é a parte rítmica, com algumas semicolcheias que geram um efeito interessante na levada e a "cabeça" do compasso, que é adiantada para a última colcheia do compasso anterior. O trecho é repetido novamente, com um compasso a mais no final do exemplo.


Hangar 18

Neste exemplo, está transcrita a base do solo de guitarra. A maior dificuldade é a divisão rítmica, que é feita com muitos contratempos de semicolcheia. Em relação à parte harmônica, o trecho é dividido em dois segmentos. No primeiro segmento, o baixista trabalha com a fundamental e a terça menor do acorde de D5, e com a escala de Mi bemol maior sobre o acorde de Eb5. No segundo segmento (compasso 9), utiliza a escala de Fá sustenido frígio sobre os acordes de F#5 e G5.


Holly Wars

Aqui está transcrita a base da voz da música. O baixista dobra a linha da guitarra e toca sempre as fundamentais de cada acorde. O trecho foi construído sobre a escala menor blues, e a principal dificuldade ocorre em relação à velocidade do trecho transcrito. O texto "N.C." significa "No Chord", indicando que, neste trecho, não há um acorde básico para a análise da harmonia.


In My Darkest Hour

Aqui está transcrita toda a introdução da música, que pode ser dividida a cada quatro compassos, facilitando sua análise. No primeiro trecho, o baixista toca a fundamental do acorde de Em9 e, depois, faz a frase em uníssono com a guitarra. A escala utilizada é a escala de Mi menor eólio. Nos segundos e terceiros trechos do exemplo (compassos 5 a 8 e 9 a 12), são tocadas as fundamentais de cada acorde, e a última frase é feita com a escala de Mi menor natural. No quarto trecho, é utilizada somente a fundamental do acorde de E5, e neste trecho é inserida a célula rítmica de tercina. No último trecho, além da fundamental de cada acorde, na frase final é utilizada a escala cromática de Fá.


Peace Sells

Neste exemplo, está transcrita a introdução da música. O baixista faz a frase com a escala blues de Mi menor. A dificuldade do trecho está em sua velocidade e na parte rítmica, que explora as subdivisões de semicolcheia.


Whose Life

Este exemplo corresponde ao pré-refrão da música. Nele, o baixista toca basicamente as fundamentais de cada acorde. As frases são sincopadas, e o baixista explora bastante os slides na finalização de cada nota. O trecho está na tonalidade de Si menor.


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segunda-feira, 30 de junho de 2025

Artigo Acadêmico - Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação

 Olá pessoal!


Estou aqui hoje para apresentar o artigo acadêmico "Novas Arquiteturas Pedagógicas para o Ensino da Música: um campo interdisciplinar de formação" apresentado no I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes no eixo “Processos Criativos e Formação para a Cidadania” entre os dias 16 e 18 de Outubro de 2019. O Artigo foi escrito ao lado de Diósnio Machado Neto e Maria Eliza Mattosinho Bernardes.

Evento: I Congresso de Ensino em Comunicações, Informação e Artes

Período do Evento: 16 a 18 de Outubro 2019.

Local: Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo


Resumo do artigo

Novas Arquiteturas Pedagógicas no Ensino da Música é um projeto no campo da extensão universitária que tem como objetivo geral o desenvolvimento de reflexões sobre o ensino da música por meio da musicologia. Problematizando o movimento histórico de transformação da mediação no campo das artes, na qual a pedagogia do ensino da música se insere, vislumbra-se construir ferramentas para a formação de uma cidadania crítica e do desenvolvimento humano. Especificamente o projeto trata discutir o campo de formação continuada de professores de música, de cunho interdisciplinar, que se organiza a partir da unidade entre a lógica dialética e a elaboração de instrumento pedagógico por meio de dois eixos: a musicologia e a organização do ensino de cunho desenvolvedor, fundamentado no enfoque histórico-cultural. A metodologia de ensino aborda a concepção da flexibilidade de tempos e espaços, visando desenvolver novas arquiteturas pedagógicas ativas de ensino e de aprendizagem da música, com a utilização de conceitos como Blended Learning, métodos musicais criativos e, sempre que necessário fazer o uso de TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação) e TDIC (Tecnologias Digitais de Informação e Comunicação) no planejamento e execução dos conteúdos. Neste momento a proposta encontra-se em fase de organização inicial, com um planejamento flexível em colaboração com a Universidade de Évora (PT).


PALAVRAS-CHAVE: Ensino de Música, Musicologia, Interdisciplinaridade, Formação de professores.

Para ler o artigo: Clique aqui

Para citar o artigo: TAVARES, Fernando; MACHADO NETO, Diósnio; BERNARDES, Maria Eliza Mattosinho. Novas arquiteturas pedagógicas para o ensino da música: um campo interdisciplinar de formação. In: I CONGRESSO DE ENSINO EM COMUNICAÇÕES, INFORMAÇÃO E ARTES, 1., 2019, São Paulo. 2019. p. 1-10.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"