segunda-feira, 28 de abril de 2025

Matéria "Lugar de Baixo é na Cozinha"


Olá, pessoal!

Nesta semana, trago uma coluna especial que escrevi para a antiga revista Coverbaixo, na qual analiso as principais características das linhas de baixo do Rock Progressivo.

Este artigo faz parte da minha coleção, composta por diversos estudos sobre contrabaixo, teoria musical e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:
http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Caso tenha interesse em mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


"Lugar de Baixo é na Cozinha"

A principal característica da cozinha do Rock Progressivo é a precisão. Bateria e contrabaixo atuam em perfeita sincronia rítmica, oferecendo suporte sólido às frases elaboradas por guitarras e teclados. Nesse estilo, são comuns as mudanças de fórmula de compasso e a utilização de frases rítmicas complexas nas levadas.

Embora existam várias bandas influentes no gênero, as características da seção rítmica variam significativamente de acordo com os músicos ou a banda em questão.

No contrabaixo, o baixista frequentemente desenvolve linhas que contrapõem a melodia principal ou estabelece uma linha fixa baseada na harmonia, delegando a construção harmônica aos outros instrumentos. Para criar essas linhas, os baixistas exploram uma ampla variedade de escalas, com destaque para a escala maior, a menor natural, a menor harmônica e a pentatônica. Também é comum o uso de acordes, arpejos e outros elementos técnicos, habilmente empregados pelos mestres deste instrumento no estilo.

Já os bateristas integram a parte rítmica às frases do contrabaixo ou à melodia da música, utilizando linhas básicas como fundamento e introduzindo variações criativas. É importante destacar que, ao trabalhar com compassos alternados, os bateristas no Rock Progressivo geralmente seguem a estrutura temática da música, evitando "quebras" rítmicas aleatórias, como ocorre em outros gêneros.

O Rock Progressivo é amplamente reconhecido como um dos estilos mais desafiadores, tanto para tocar quanto para compor ou compreender. Ele exige dos músicos um alto nível de dedicação e habilidade, tanto na parte harmônica quanto na rítmica.

Recomendo o estudo de materiais específicos sobre compassos alternados, além de dedicar tempo à audição das bandas que consolidaram este gênero como um dos mais fascinantes na música contemporânea.

Long Distance Runaround

Esta música apresenta, na minha opinião, uma das “cozinhas” mais impressionantes do Rock Progressivo, composta pelo baixista Chris Squire e pelo baterista Bill Bruford. Lançada no álbum Fragile em 1972, o trabalho desenvolvido por esses dois músicos, especialmente nesta faixa, é absolutamente extraordinário.

O trecho transcrito corresponde à introdução da música, que retorna mais tarde no interlúdio. O tema inicial é executado pela guitarra e pelo teclado, enquanto o contrabaixo e a bateria estabelecem a base rítmica com uma célula contínua de colcheias. Embora neste trecho não ocorram mudanças na fórmula de compasso, a acentuação rítmica é feita sempre no contratempo do compasso anterior.

Outro aspecto notável é a forma musical deste trecho, que se desenvolve em nove compassos, algo incomum, já que partes musicais são frequentemente estruturadas em múltiplos de quatro. Essa variação deve-se aos três compassos finais, nos quais a “cozinha” do Yes utiliza uma de suas características marcantes: notas pontuadas (neste caso, semínimas). Esse recurso cria a sensação de um rallentando no final, conhecido tecnicamente como hemíola, e é executado com extrema precisão por Squire e Bruford.

A linha de baixo é construída sobre a escala de Dó Mixolídio, destacando-se o Fá sustenido, que funciona como uma blue note. No final do trecho, as notas fundamentais dos acordes correspondentes são utilizadas para reforçar a harmonia. Por sua vez, a linha de bateria emprega semínimas na condução, com caixas e bumbos acentuando os contratempos. Essa abordagem, frequentemente adotada por Bill Bruford, gera uma sensação intrigante de que ele está tocando “fora do tempo”, adicionando complexidade e riqueza rítmica à peça.



The Spirit of Radio

Esta talvez seja a “cozinha” mais icônica do Rock Progressivo, formada pelo baixista Geddy Lee e pelo baterista Neil Peart. Ambos músicos de técnica impressionante, construíram linhas marcantes e complexas que são referência no gênero.

O trecho transcrito corresponde à introdução da música The Spirit of Radio, presente no álbum Permanent Waves de 1980. Nesta faixa, os músicos criaram uma linha rica em frases desafiadoras e com o uso de várias fórmulas de compasso. Particularmente, a parte rítmica deste trecho merece atenção especial, pois é, na minha opinião, a mais difícil de compreender. Ela emprega semicolcheias e tercinas de semicolcheia, equivalentes a seis notas dentro de um tempo, exigindo precisão técnica.

O baixista Geddy Lee utiliza a escala de Ré maior para construir sua linha. É fundamental prestar atenção à duração das notas: elas devem ser executadas com o som cortado de acordo com o valor indicado, garantindo clareza e definição.

Já o baterista Neil Peart explora quase todas as peças da bateria, distribuindo as notas entre elas para criar frases complexas. No trecho analisado, ele não apresenta uma levada fixa, mas sim uma abordagem mais solta, destacando sua criatividade rítmica.

Recomendo estudar este trecho com muita paciência, pois sua execução é extremamente desafiadora. Trabalhe para limpar as notas e toque preferencialmente junto com um baterista. Quando alcançar a velocidade original da música, certifique-se de que as notas estejam limpas e precisas, evitando atrasos ou adiantamentos. Além disso, mantenha a pegada firme, pois a precisão é a principal característica deste estilo.


Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares
Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Bons estudos e até a próxima coluna!

quinta-feira, 24 de abril de 2025

CD - Apostrophe' Trio - Apostrophe'

 

Olá pessoal!


Em 2017 eu lancei o primeiro álbum do projeto Apostrophe' em formato trio. Já escutaram o CD?

Ele está disponível em diversas plataformas de streaming.







Youtube:


Ficha técnica:


01 – Apostrophe'
02 – Clima
03 – Ilusões (Incluindo Sonhos e Realidade)
04 – Corações da Noite
05 – Sons da Mente (Parte 1)
06 – Sons da Mente (Parte 2)
07 – Thaís e a Festa
08 – Meu Irmão é um Cara Livre?!
09 – Ventos da Liberdade

Produzido por Fernando Tavares
Todas as músicas arranjadas por Apostrophe'
Guitarra Base na Faixa 07 por Sergio Casalunga, Pianos nas faixas 05 e 06 por Fernando Tavares
Gravado, Mixado e Masterizado no Estúdio Tecnoarte por Armando Leite entre Julho e Dezembro
de 2016.
Todas as músicas compostas por Fernando Tavares, exceto faixa 02 por Mozart Mello.

Abraços!

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Participação em Mesa Temática no V Congresso da ARLAC/IMS 2022

Olá pessoal!

Estou aqui hoje para falar da minha participação na Mesa Temática "Estudos de Significação Musical aplicados à Música na América Portuguesa" apresentado no V Congreso ARLAC/IMS que ocorreu entre os dias 20 e 22 de Abril de 2022.

Evento: V Congresso da ARLAC/IMS

Período do Evento: 20 e 22 de Abril de 2022.

Local: Universidad Internacional de Andalucía (UNIA)


Resumo da Mesa Temática

Os estudos de Significação Musical têm se desenvolvido na América Latina como um espaço para compreender suas representações simbólico-musicais a partir dos trânsitos de múltiplas culturas que formam sua expressão/percepção e dão voz às práticas discursivas a partir de sua pluriculturalidade. O jogo de forças que atuam nesse processo se cristaliza nos intensos vórtices que se movem por uma ocidentalidade assimilada, porém nem sempre reconhecida como única mediadora/legitimadora para a autorrepresentação de seus afetos mais orgânicos. É neste aspecto que a Significação Musical dá suporte para os estudos das relações simbólicas.  Seu fundamento é que signos musicais podem se tornar códigos que estabelecem redes inter e intrasemióticas que sustentam a relação sentido/referencialidade dentro de processos de escutas compartilhadas socialmente, ou seja, uma escuta definida por uma comunicação informal sustentada numa condição socioantropológica do processo cognitivo/comunicativo. Esta mesa propõe associar os trabalhos mais destacados dos membros do Laboratório de Musicologia da EACH-USP no campo dos estudos da música luso-brasileira, tida como música colonial. Diósnio Machado Neto apresentará um panorama geral do que estudos de significação tem contribuído para uma melhor compreensão do processo criativo na colônia. Partindo especificamente do que na poesia árcade se denominou estilo herói-cômico, a comunicação pretende demonstrar como esta estética se constituía na música, como retórica e oratória, a partir de composições de motetes de José Maurício Nunes Garcia.  Ágata Yozhiyoka discutirá a representação da morte como espaço discursivo na música religiosa luso-brasileira, focando nos aspectos das renovações ocorridas no discurso sobre o fúnebre, nas primeiras décadas do século XIX. Especificamente abordará as mudanças no tratamento dos campos expressivos nos Et Incarnatus/Cricifixus nas missas novecentistas compostas pelos compositores orgânicos à corte portuguesa no Brasil. Ozório Christovan discutirá a relação entre comunicação e significação musical como fundamento de uma análise crítica do discurso musical do compositor luso-brasileiro André da Silva Gomes. Fernando Tavares e Gustavo Caum e Silva apresentarão como as pedagogias dos partimentos davam suporte para a assimilação de esquemas de contraponto, assim como os próprios partimentos, como a Regras da Oitava, e os movimentos de baixo por graus conjuntos e disjuntos, foram adquirindo aspectos para a prática composicional como esquemas de contraponto validados em funções expressivas nos projetos representacionais das composições. Por fim, Diósnio Machado Neto e Cesar Villavincenzo discutirão aspectos das propriedades retóricas entre os séculos XVI e XVIII, e como isso pode ser inserido nos problemas dos estudos da música na América Portuguesa.

Abraços e até a próxima coluna!


Fernando Tavares é pesquisador, professor e contrabaixista. Contribuiu com diversas publicações para revistas especializadas em contrabaixo e hoje é membro do LAMUS (Laboratório de Musicologia da EACH-USP Leste), do CEMUPE (Centro de Musicologia de Penedo) e do LEDEP (Laboratório de Educação e Desenvolvimento Psicológico da EACH-USP Leste).
É Mestre e Doutorando em Musicologia pela ECA-USP e é bolsista da CAPES.
"O presente trabalho foi realizado com apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Código de Financiamento 001
"This study was financed in part by the Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - Brasil (CAPES) - Finance Code 001"

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Transcrição do Mês - Primus - Jerry Was a Race Car Drive


Olá, pessoal!

Estamos de volta nesta semana para mais uma transcrição com texto em nosso site. Desta vez, apresento uma transcrição da música Jerry Was a Race Car Driver, da banda Primus, com o excepcional Les Claypool no contrabaixo.

Claypool é um dos músicos mais renomados do cenário atual, dispensando qualquer tipo de apresentação. Com uma carreira impecável tanto no Primus quanto nas inúmeras bandas das quais foi integrante ou colaborador, além de sua carreira solo, ele exibe uma impressionante versatilidade técnica. Entre as diversas técnicas que domina, estão o slap, abafados, two hands, strumming e improvisações com escalas exóticas e simétricas, todas aplicadas com maestria. A música Jerry Was a Race Car Driver é uma excelente demonstração de seu talento.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:
www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Link para a transcrição:
Primus - Jerry Was a Race Car Driver

Biografia do Primus:

Primus é uma banda americana formada em 1984, liderada pelo baixista Les Claypool. Conhecida por seu estilo único, que mistura rock alternativo, funk, e uma grande variedade de influências experimentais, a banda se destaca pelo uso inovador do contrabaixo e pelas composições excêntricas. Claypool, o principal compositor, é a alma do grupo, criando linhas de baixo complexas e muitas vezes fora do padrão, o que fez com que Primus se tornasse uma referência no cenário musical alternativo.


Na introdução da música, o baixista utiliza a técnica Two Hands. Com a mão direita, ele executa trítonos (C/Gb e D/Ab), enquanto a mão esquerda toca uma frase utilizando a escala de Ab maior. Este trecho é repetido ao longo da base de voz, com pequenas variações feitas por Claypool para gerar efeitos interessantes.

No refrão da música, o baixista mantém a mesma ideia, ainda utilizando Two Hands, mas com uma leve variação na frase, mantendo os mesmos elementos da introdução. É possível perceber um slide no último tempo do compasso.

No interlúdio, a técnica usada é o Slap. Vale destacar que a frase executada na corda Mi tem a mesma estrutura da frase tocada na mão esquerda nos exemplos anteriores, porém executada meio tom abaixo. A frase é finalizada com um strumming com intervalos de quarta.

A forma da canção é a seguinte:

  • Introdução: até o compasso 10
  • Base de voz: do compasso 11 ao 18
  • Refrão: do compasso 19 ao 27
  • Interlúdio: do compasso 28 ao 36
  • Base do solo (igual à base de voz): do compasso 37 ao 42
  • Refrão: do compasso 43 ao 50
  • Base de voz: do compasso 51 ao 54
  • Interlúdio: do compasso 55 até o final da canção

Embora esta canção tenha apenas três partes, elas são extremamente elaboradas e de difícil execução. O estudante precisará de bastante prática e domínio das técnicas de Slap, Two Hands e Strumming para tocar essa música corretamente.

Estude com calma, utilize o metrônomo e depois trabalhe para capturar o swing característico de Les Claypool.

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:
Facebook: https://www.facebook.com/femtavares
Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Teoria & Análise - Estudos Ritmicos - Parte 10

 Olá, pessoal!

Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

Nesta coluna, abordamos a leitura das semicolcheias e suas variações. O exercício proposto apresenta uma dificuldade técnica adicional, além de trabalhar a leitura rítmica. Por isso, é fundamental estudar com calma, concentrando-se em obter um som claro e preciso ao tocar no contrabaixo.

Estudos rítmicos


Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, iniciamos o trabalho com a subdivisão em semicolcheias, que correspondem a 1/4 de tempo no compasso 4/4. Ou seja, são necessárias quatro semicolcheias para completar um tempo.

Neste estudo específico, trabalhamos com a figura rítmica que combina uma colcheia (1/2 tempo) seguida de duas semicolcheias (1/4 de tempo cada). Se houver dúvidas sobre como identificar essa figura, recomendo ouvir alguma música do Iron Maiden, como a famosa "cavalgada" presente em Powerslave, por exemplo.

Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


Encerramos os estudos por aqui, e na próxima coluna abordaremos as subdivisões de semicolcheia.

Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

  • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
  • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
  • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

Contato:
E-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Bons estudos e até a próxima coluna!

Abraços,
Fernando Tavares

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

MKK Bass Sessions #102 - Cinco baixistas que você precisa conhecer!

Olá, pessoal!

O meu programa MKK Bass Sessions #102 chega com um especial imperdível: cinco baixistas que você precisa conhecer!


Nesta edição, apresentaremos o talento de Blu DeTiger, Victor Kutlak, MonoNeon, Evan Marien e Hadrien Feraud.


📻 Sintonize na MKK Web Rádio todas os domingos às 20h para acompanhar o programa!


🔍 Quer saber mais sobre meu trabalho e pesquisas?

Acesse www.femtavares.com.br ou envie um e-mail para femtavares@gmail.com.


📲 Tem sugestões de baixistas ou ideias para os próximos programas?

Mande uma mensagem para o nosso WhatsApp: (11) 9 8291-6790 ou entre em contato pelas redes sociais!


🎧 O programa também está disponível no Spotify e Mixcloud – basta procurar MKK Bass Sessions!


📢 Siga-me nas redes sociais e no YouTube: procure por Fernando Tavares Contrabaixo!

segunda-feira, 7 de abril de 2025

Baixista do Mês - Glenn Hughes


Olá, pessoal!

Na coluna "Baixista do Mês", apresentamos o sensacional Glenn Hughes.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:
http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.

Glenn Hughes

Glenn Hughes, nascido em 21 de agosto de 1951, em Cannock, Staffordshire, Inglaterra, é um renomado cantor, baixista e compositor, amplamente reconhecido como um dos maiores vocalistas de rock de sua geração. Ele é mais conhecido por seu trabalho com a banda Deep Purple, na qual integrou entre 1973 e 1976, contribuindo como baixista e vocalista do grupo. Hughes também fez parte do Trapeze, uma banda de rock britânica que alcançou sucesso nos anos 1970, antes de se juntar ao Deep Purple.

Após sua saída do Deep Purple, Hughes construiu uma carreira solo prolífica e colaborou com diversos artistas e projetos, como o Black Sabbath (no álbum Seventh Star, de 1986), e o supergrupo Black Country Communion, ao lado de Joe Bonamassa, Derek Sherinian e Jason Bonham.

Conhecido como "The Voice of Rock" devido ao alcance e à potência de sua voz, Hughes mescla influências de rock, funk e soul em seu estilo musical. Ele superou batalhas pessoais contra o abuso de substâncias, ressurgindo como um dos artistas mais consistentes e inspiradores do rock.

Nome: Glenn Hughes


Nascimento: 21 de Agosto de 1952 em Cannock, Staffordshire - Inglaterra

Bandas: Solo, Trapeze e Deep Purple

Discografia:
-Solo

Play Me Out (1977)
L.A. Blues Authority Volume II: Glenn Hughes - Blues (1992)
From Now On... (1994)
Burning Japan Live (1994)
Feel (1995)
Addiction (1996)
Greatest Hits: The Voice Of Rock (1996) (compilation)
Talk About It (EP) (1997) (previously-unreleased live and acoustic tracks)
The God Of Voice: Best Of Glenn Hughes (1998) (compilation)
The Way It Is (1999)
From The Archives Volume I - Incense & Peaches (2000)
Return Of Crystal Karma (2000)
A Soulful Christmas (2000)
Days Of Avalon (2001) (first official solo video release)
Building The Machine (2001)
Different Stages...Best Of Glenn Hughes (2002)
Songs In The Key Of Rock (2003)
Soulfully Live In The City Of Angels (DVD and CD) (2004)
Soul Mover (2005)
Freak Flag Flyin' (2005)
Music For The Divine (2006)
Live At The Basement (DVD and CD) (2007)
F.U.N.K. - First Underground Nuclear Kitchen (2008)

-Trapeze
Trapeze (1970)
Medusa (1970)
You Are the Music...We're Just the Band (1972)
Hot Wire (1974)
Live In Texas - Dead Armadillos (1981)
Welcome to the Real World - live 1992 (1993)
High Flyers: The Best of Trapeze - best of 1970-1976 (1996)
On the Highwire - best of 1970-1994 (2003)

-Deep Purple
Burn (1974)
Live in London (1974)
Stormbringer (1974)
Made in Europe (1975)
Come Taste the Band (1975)
Last Concert in Japan (1976)
Singles A's & B's (1993)
On The Wings of a Russian Foxbat: Live In California 1976 (1995)
California Jamming: Live 1974 (1996)
Mk. III: The Final Concerts (1996)
Days May Come and Days May Go, The California Rehearsals, June 1975 (2000)
1420 Beachwood Drive, The California Rehearsals, Part 2 (2000)
This Time Around: Live in Tokyo (2001)
Listen Learn Read On (2002)
Just Might Take Your Life (2003)
Perks And Tit (2004)
Live In Paris 1975 (2004)
Burn 30th Anniversary Edition (2004)
Live In California 74 (DVD) (2005)
Stormbringer (remastered) (2007)

-Black Sabbath
Seventh Star (1986)

-Iommi/Hughes
Dep Sessions (2003)
Fused (2005)

Video Link:
 

Website: www.glennhughes.com

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:


Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

quinta-feira, 3 de abril de 2025

Baixistas do Rock - Parte 1

Olá, pessoal!

Iniciamos neste mês uma nova coluna dedicada ao estudo do Rock n' Roll, um dos gêneros mais populares no Brasil, mesmo com suas raízes fincadas nos EUA e na Inglaterra. Esta coluna será dividida em duas aulas para cada baixista, explorando inicialmente os elementos rítmicos e harmônicos de seu estilo, e em uma segunda aula, focando em articulação, execução e exemplos práticos de suas linhas de baixo. Ao final, também darei sugestões de músicas para complementar os estudos. Lembre-se: o estudo das músicas de seus baixistas preferidos é fundamental para entender os caminhos que o Rock n' Roll oferece. O gênero tem sido transmitido de geração em geração, com baixistas sempre se baseando nos ídolos que os precederam.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares

Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Paul McCartney

Para começar, vamos estudar Paul McCartney, um dos baixistas mais influentes da história do Rock.

Paul McCartney, que nasceu em 18 de junho de 1942, em Liverpool, na Inglaterra, é um dos artistas mais influentes e bem-sucedidos da história do rock e da música pop. "Hey Jude", "Let It Be", "Yesterday" e "Yesterday" são algumas das músicas mais emblemáticas dos Beatles, compostas por McCartney. Com John Lennon, estabeleceu uma das colaborações de composição mais frutíferas e bem-sucedidas na história da música.

Depois da separação dos Beatles em 1970, McCartney iniciou uma carreira independente, obtendo grande sucesso com seu projeto Wings na década de 70, além de uma extensa trajetória como artista independente. Durante sua trajetória profissional, Paul McCartney se destacou como um ativista das questões ambientais e dos direitos dos animais, mantendo uma carreira musical movimentada por lançamentos de álbuns, apresentações ao vivo e parcerias com outros músicos.

McCartney é conhecido não só pela sua carreira musical, mas também pela sua competência como multi-instrumentista, executando não só o baixo, mas também guitarra, piano, bateria e outros instrumentos. Durante sua trajetória profissional, ele foi agraciado com diversos prêmios e honrarias, como a Ordem do Império Britânico (MBE) e diversos Grammy Awards. O seu patrimônio musical, seja com os Beatles ou em sua carreira solo, persiste como uma influência crucial para várias gerações de músicos globalmente.

McCartney reflete bem o que aconteceu na década anterior ao surgimento dos Beatles, quando ele tocava covers de seus artistas favoritos, como Chuck Berry, Elvis Presley e, especialmente, Buddy Holly. Vamos também explorar elementos do Rock dessa fase e entender o impacto duradouro do legado de Paul para os baixistas posteriores.


Exemplo 1: Levando o Rock com Tríades Maiores

Neste exemplo, temos uma levada utilizando semínimas e as tríades maiores (Fundamental, Terça Maior e Quinta Justa) dos acordes C, F e G, que correspondem aos acordes I, IV e V da tonalidade de Dó maior — os acordes mais importantes no Campo Harmônico.

Estude essas tríades e toque-as nas seguintes sequências:

C, C, C, C, F, F, C, C, G, F, C, G
C, C, C, C, F, F, C, C, G, G, C, C

Em notação analítica (com os acordes I, IV e V):
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, IV, I, V
I, I, I, I, IV, IV, I, I, V, V, I, I

Esta sequência de acordes foi amplamente utilizada no início do Rock n' Roll, tornando-se a base para muitos sucessos posteriores.

Transporte a sequência para outros tons. Exemplo em Lá:
I = A, IV = D e V = E, então a sequência fica:
A, A, A, A, D, D, A, A, E, D, A, E

Sugestões de repertório:

  • Tutti Frutti (em Fá)
  • Blue Suede Shoes (em Lá)
  • Johnny B. Goode (em Bb)
  • Rock Around the Clock (em Lá)


Exemplo 2: Introdução à Tríade Menor

Neste exemplo, introduzimos a tríade menor em nossos estudos. A combinação de acordes menores no contexto do Rock cria uma sonoridade única, especialmente nos momentos mais melódicos e intimistas das músicas.


Exemplo 3: Base com a Pentatônica Maior

Aqui, criamos uma base utilizando a Pentatônica maior. Aplique-a na sequência de acordes apresentada anteriormente (Exemplo em Lá). Esta abordagem é fundamental no Rock, já que a pentatônica é uma das escalas mais utilizadas nas linhas de baixo, conferindo à música uma sonoridade mais simples e direta, característica do estilo.


Exemplo 4: Variação Rítmica

Neste exemplo, trabalhamos uma variação rítmica utilizando semínima pontuada e colcheias nos dois primeiros tempos. Esta variação é frequentemente empregada por Paul McCartney e outros baixistas para tocar músicas mais lentas, conferindo um groove mais swingado e descontraído. O exemplo é retirado da música "Do You Want to Know a Secret".


Sugestões de Músicas de Paul McCartney para Complementar os Estudos

  • Eight Days a Week
  • All My Loving
  • I Saw Her Standing There
  • Help

Sugestões de Álbuns e Artistas para Esta Coluna

  • Elvis PresleyElvis Presley (1956) pela BMG Music
  • The BeatlesPlease, Please Me, With the Beatles e Beatles for Sale pela EMI Records

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com

Redes sociais:

Facebook: https://www.facebook.com/femtavares

Instagram: https://www.instagram.com/femtavaresbaixo

Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.