quinta-feira, 18 de janeiro de 2024

Transcrição do Mês - Marcus Miller - Panther


Olá pessoal!

Nesta semana, trazemos a transcrição com texto da música “Panther” do baixista Marcus Miller que foi publicada na edição número #14 da Revista Bass Player Brasil.

Essa transcrição integra uma coleção de mais de 240 publicações feitas para revistas de contrabaixo, as quais tenho compartilhado aqui no site. Ela também faz parte de uma coleção com mais de 1000 transcrições produzidas por mim.

Para conferir outras matérias que publiquei, vocês podem acessar o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Esses artigos fazem parte de um acervo produzido por mim e estão relacionados às minhas pesquisas sobre contrabaixo, análise e teoria musical.

Para mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Marcus Miller – Panther


Marcus Miller é um renomado baixista, compositor, produtor e multi-instrumentista norte-americano, nascido em 1959. Ele é conhecido por sua habilidade excepcional no baixo elétrico e por sua contribuição significativa para o jazz, fusion e diversos outros gêneros musicais.

Ao longo de sua carreira, Miller colaborou com uma ampla gama de artistas renomados, incluindo Miles Davis, Luther Vandross, Aretha Franklin, Herbie Hancock, Sting, entre outros. Sua versatilidade musical e talento como músico de estúdio e de palco o tornaram um dos baixistas mais respeitados e requisitados da indústria musical.

Além de suas colaborações, Marcus Miller também construiu uma carreira solo bem sucedida, lançando diversos álbuns aclamados pela crítica. Seu estilo único de tocar baixo, combinando técnicas de slap, groove e improvisação, é distintivo e influente no mundo da música.

Ele é reconhecido não apenas por sua maestria técnica, mas também por suas habilidades como produtor e arranjador. Sua contribuição para a música tem sido inestimável, e ele continua a ser uma figura influente e ativa na cena musical contemporânea. 

A música “Panther” foi lançada no álbum “The Sun Don’t Lie” de 1993. Ela está dividida em quatro partes. Em cada repetição de uma das partes, o baixista introduz variações. 

A introdução da música, na “Parte A”, é executada livremente a aproximadamente 94 bpm, demonstrando toda a musicalidade e técnica de Miller. Nessa seção, entre os compassos 17 e 24, o baixista utiliza a escala de Mi menor natural para construir frases sobre o acorde de Em, finalizando na terça maior do próximo acorde (Cmaj9). Em seguida, ele utiliza a fundamental e a sétima do acorde de Am. Na segunda parte desse tema, explora a mesma ideia da primeira sobre o acorde de Em7, utilizando, sobre o acorde G7, harmônicos artificiais. As notas sobre esse acorde correspondem à Pentatônica de Sol Maior, e o trecho é concluído com o acorde de Cmaj9. Recomenda-se estudar essa parte antes de utilizar as variações apresentadas nas outras repetições (compassos 1 ao 8 – Introdução, 29 ao 36 e 75 ao 82).

Na introdução, o tema é tocado com variações utilizando as técnicas de Two-Hands, Reverse Thumb, além das mencionadas anteriormente. Tente manter os sons do baixo sempre soando, motivo pelo qual estão escritas duas linhas diferentes no início. 

A "Parte B" consiste em uma frase de guitarra sobre o acorde de Em, com o baixista empregando variações criadas principalmente com a técnica de Slap. Também há um baixo sintetizado em quase todas as repetições desta parte, dando suporte à linha de baixo. As frases são construídas com a escala de Mi Menor Natural. Na primeira vez que esta parte é apresentada (compassos 9), o baixista toca uma frase usando a técnica de Two-Hands. Entre os compassos 25 e 28, executa uma frase com a escala Blues de Mi menor, retornando em outras seções (compassos 42 a 49, 58 a 61 – aqui como base do solo de guitarra –, 103 a 114 – com algumas variações com notas abafadas e também variações com o saxofone barítono – e 123 a 126).

Na "Parte C" (compasso 37), o baixista toca as fundamentais de cada acorde no primeiro compasso e elabora as frases utilizando a Pentatônica de Lá menor nos compassos restantes. Essa abordagem é repetida na segunda vez que essa parte é executada (compassos 70 a 74).

A partir do compasso 83, inicia-se o solo de contrabaixo, executado principalmente com a técnica de Slap. Esse solo é realizado sobre o acorde de Em7, com o baixista criando variações utilizando a escala de Mi menor Natural. Ele repete algumas ideias explorando variações no aspecto rítmico, por exemplo, a frase com abafados tocada no segundo tempo do compasso 87, que é reproduzida em várias partes do solo. No final, Miller constrói um padrão que repete várias vezes, apresentado no compasso 95.

A "Parte D" (compasso 115) é construída com a escala de Mi menor. No primeiro compasso, ele toca a terça maior de Mi (Sol sustenido), proporcionando um efeito interessante nessa seção. Essa nota, na verdade, funciona como um cromatismo para a nota Lá, que surge no terceiro tempo do compasso, e o trecho é finalizado tocando a escala Pentatônica de Lá Menor.

Miller apresenta uma gama diversificada de abordagens musicais ao longo da música, desde frases melódicas até técnicas avançadas, demonstrando sua destreza técnica e criatividade musical. A música é um verdadeiro mergulho nas habilidades de Marcus Miller, exibindo não apenas sua técnica excepcional, mas também sua capacidade de contar histórias musicais ricas e cativantes por meio do baixo.

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Bons estudos e até a próxima coluna!

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