quinta-feira, 20 de novembro de 2025

Baixista do mês - Paul McCartney


Olá, pessoal!

Nesta semana, temos uma coluna especial sobre o icônico Paul McCartney, um dos músicos mais influentes da história. De sua trajetória nos Beatles à carreira solo e com os Wings, Paul continua a encantar gerações com sua música e talento.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui estudos aprofundados sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir mais conteúdos e artigos que publiquei, acesse o link:

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femtavares@gmail.com

Paul McCartney

James Paul McCartney é um dos músicos mais influentes da história, conhecido principalmente por seu trabalho com os Beatles, onde se destacou como baixista, cantor, compositor e multi-instrumentista. Nascido em Liverpool, Inglaterra, em 18 de junho de 1942, McCartney continuou a brilhar em sua carreira solo e com a banda Wings. Seu legado musical, tanto no rock quanto na música popular, é imensurável, com álbuns que continuam a inspirar gerações.

Nome: James Paul McCartney
Nascimento: 18 de junho de 1942, Liverpool, Inglaterra
Bandas: Solo, The Beatles, Wings, The Fireman

Discografia:

The Beatles

  • 1963 - Please Please Me
  • 1963 - With the Beatles
  • 1964 - A Hard Day's Night
  • 1964 - Beatles for Sale
  • 1965 - Help!
  • 1965 - Rubber Soul
  • 1966 - Revolver
  • 1967 - Sgt. Pepper's Lonely Hearts Club Band
  • 1967 - Magical Mystery Tour
  • 1968 - The Beatles (White Album)
  • 1969 - Yellow Submarine
  • 1969 - Abbey Road
  • 1970 - Let It Be
  • Carreira Solo

  • 1970 - McCartney
  • 1971 - Ram
  • 1980 - McCartney II
  • 1982 - Tug of War
  • 1983 - Pipes of Peace
  • 1986 - Press to Play
  • 1988 - CHOBA B CCCP
  • 1989 - Flowers in the Dirt
  • 1993 - Off the Ground
  • 1997 - Flaming Pie
  • 1999 - Run Devil Run
  • 2001 - Driving Rain
  • 2005 - Chaos and Creation in the Backyard
  • 2007 - Memory Almost Full
  • 2012 - Kisses on the Bottom
  • 2013 - New
  • 2018 - Egypt Station
  • 2020 - McCartney III
  • Wings

  • 1971 - Wild Life
  • 1973 - Red Rose Speedway
  • 1973 - Band on the Run
  • 1975 - Venus and Mars
  • 1976 - Wings at the Speed of Sound
  • 1978 - London Town
  • 1979 - Back to the Egg
  • The Fireman

  • 1993 - Strawberries, Oceans, Ships, Forest
  • 1998 - Rushes
  • 2008 - Electric Arguments
  • Vídeo Link

    Website: www.paulmccartney.com

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    Bons estudos e até a próxima coluna!

    Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

    sexta-feira, 14 de novembro de 2025

    Artigos & Resenhas - CD 10 Anos ! - Medusa Trio - Por Luiz Domingues



    Olá pessoal!


    A coluna do sensacional Luiz Domingues neste mês reserva uma resenha do Medusa Trio, do qual faço parte. Resolvemos postar esta resenha, pois ficamos muito felizes com o artigo escrito pelo Luiz e que nos deixou muito felizes e honrados.
    Para quem não sabe o Luiz é um dos baixistas mais importantes do cenário nacional, sendo um dos mais influentes dos anos 80 e 90. Nos tornamos amigos na época da antiga revista Bass Player Brasil e a amizade perdura até os tempos atuais. Luiz é um escritor dos mais talentosos e promove um trabalho sensacional na divulgação de trabalhos autorais independentes, dando uma contribuição imensurável para o nosso cenário musical.
    Aqui no site, temos diversas resenhas publicadas por ele, é só entrar na aba de pesquisa e colocar o seu nome que os seus artigos serão listados.
    Curtam a resenha, escutem o nosso som e acompanhem os blogs deste escritor brasileiro, vale muito a pena.
    A matéria original está neste link:


    Os três blogs diferentes do nosso amigo Luiz Domingues estão nos links abaixo.


    Um breve release do Luiz feito pelo próprio:

    Sou músico e escrevo matérias para diversos Blogs. Aqui neste Blog particular, reúno minha produção geral e divulgo minhas atividades musicais. Como músico, iniciei minha carreira em 1976, tendo tocado em diversas bandas. Atualmente, estou atuando com Os Kurandeiros.

    Sem mais, vamos ao texto do Luiz:

    CD 10 Anos ! - Medusa Trio - Por Luiz Domingues


    Conheço o guitarrista, Milton Medusa, há alguns anos. Sei que é um estudioso, professor de uma das mais prestigiadas escolas de música de São Paulo e do Brasil e que costuma envolver-se em inúmeros projetos musicais, a passear por muitos estilos musicais variados e sob circunstâncias ecléticas, indo de trabalhos como “side man” de cantores, a bandas tributo a artistas internacionais, direção e produção musical para outros artistas e gravações. Porém, ante tanta versatilidade, é claro que dedica-se ao seu trabalho solo, igualmente e com afinco. Sua banda, o “Medusa Trio”, está na ativa há muitos anos e recentemente lançou um CD, denominado “10 Anos !”, justamente para celebrar a sua longevidade e não deixou por menos ao marcar a efeméride (iniciou atividades em 2007 e lançou esse trabalho ao final de 2017), sob altíssimo estilo.

    Milton tem como base primordial de sua música, o Hard-Rock praticado na década de oitenta, predominantemente, mas é bem versado no Blues e mediante muito estudo, desenvolveu-se também no mundo do Jazz-Fusion, que tem suas vertentes em ramificações, variadas, mas a salientar a amálgama do virtuosismo instrumental, como modus operandi. Contudo, eclético por natureza, ele também aprecia a música brasileira de uma forma geral, o Hard-Rock e Progressive Rock dos anos setenta e claro, muita música instrumental, portanto, é por essa riqueza e bom gosto todo que o seu trabalho transita. 


    Além de seus excelentes companheiros, Fernando Tavares (baixo) e Luis Pagoto (bateria), ambos igualmente instrumentistas de altíssimo padrão e professores famosos na mesma escola onde Milton leciona, o disco contou com muitos convidados ilustres nesse álbum, e dessa forma, enriqueceu-o sobremaneira. Entre tantas feras, o CD apresenta os guitarristas convidados, em participações super inspiradas : Robertinho do Recife (Metalmania; Fagner; Gal Costa); Sergio Hinds (O Terço), Mozart Mello (Terreno Baldio) e André Christovam (Fickle Pickle). O tecladista, Fernando Cardoso (Violeta de Outono), toca em várias faixas. Willie de Oliveira, ex-vocalista do Rádio Táxi, canta a única canção vocalizada e o excepcional guitarrista / tecladista, Daril Parisi (Platina), faz backing vocals nessa mesma faixa. O áudio do CD é de ótimo padrão, com mixagem caprichada a realçar muitas sutilezas nas sobreposições de guitarras, além de garantir não só à guitarra, mas também ao baixo e bateria, timbres muito bons, encorpados. Tem uma concepção mais anos oitenta, é bem verdade, com um certo excesso de reverber, mas esse também é um aspecto pop a ser observado, embora trate-se de um disco instrumental em 90% da obra, portanto, deduz-se que a banda não tenha tido tal preocupação comercial, mas a sonoridade foi questão de escolha pessoal. 


    Capa discreta, mas bonita, traz a figura petrificada da medusa mitológica em pleno mar, com a água espumante do oceano a chocar-se com ela e na contracapa, segue o padrão com a continuidade dessa imagem. No encarte, apreciei a ficha técnica caprichada com muitas informações, inclusive breves comentários escritos pelo próprio, Milton, a respeito de cada faixa, sendo elucidativo e até poético em alguns momentos. Além de uma foto promocional da banda, posada, mas em postura de apresentação ao vivo, a empunhar instrumentos e sob uma bela paisagem do mar, visto que Milton é natural da cidade de Santos / SP, e toda a sua carreira foi construída primordialmente com tal bela cidade praiana a inspirá-lo. Falo a seguir, sobre as músicas dessa obra :


    “Sábado de Sol” é a primeira faixa do álbum e apresenta-se como um Blues clássico em sua estrutura harmônica e rítmica, a soar muito bem nas mãos de músicos virtuoses por natureza e preparo técnico, mas que tiveram o bom senso em estabelecer um arranjo comedido, sem extrapolar as tradições do gênero. Portanto, a tocar com extrema desenvoltura e bom gosto, mas ao mesmo tempo na observação das fronteiras tradicionais do Blues, o Medusa Trio faz aqui um Blues muito gostoso de ouvir-se e por quê não, até dançar, sem amarras ou constrangimentos, a estabelecer uma alegria natural, muito gostosa em saborear-se. Gostei dos solos mais ardidos e da base limpa de guitarra. 

    “Ondas Rolando no Mar”, vem a seguir. Aqui a aposta é no Pop oitentista com certa queda pelo Hard-Rock daquela década. Gostei muito da base feita sob belos arpejos, e também da linha de baixo na parte A, com efeito looping e apoio firme da bateria. Lembra bandas oitentistas que buscavam o Pop em essência e tinham influência Fusion, no estilo do “Toto” e demais contemporâneas.

    “Guitarras Brasileiras”, pelo seu título, já dá a ideia de que Milton faz uma linda homenagem a guitarristas brasileiros que tinham a forte influência da MPB sob múltiplas vertentes e também eram / são Rockers em essência, casos gritantes de Pepeu Gomes; Armandinho, Paulo Rafael e Robertinho de Recife, entre outros. Ou seja, grandes feras e Milton não se fez de rogado, pois sua atuação é espetacular nessa faixa, com balanço, solos e bases incríveis, incluso com a introdução de violões para dialogar com as guitarras. Gostei muito também de uma parte C, muito criativa. 

    “Anos Setenta”, é a quarta canção e nessa faixa, o Riff Hard-Rock, bem ao estilo dos anos setenta dá início aos trabalhos, mas é nítido que há uma boa influência do Blues-Rock, igualmente. Fernando Tavares brilha intensamente ao fazer um solo muito técnico e ao mesmo tempo, ultra melódico, a mostrar seu talento criativo e sob um belo timbre, devo registrar. Tem também nas partes B e C, atrativos muito interessantes e Milton mostra toda a sua técnica, inclusive no uso da alavanca, bem ao estilo de guitarristas mais contemporâneos seus, casos de Joe Satriani e Steve Vai. E o Riff final, sob uma convenção rápida e muito precisa, mostra a banda muito afiada. 

    “O Blues do Rock” , como o título sugere, recorre ao Blues como base, mas sob uma pegada quase a beirar o Country-Rock virtuose de uma banda como o Dixie Dregs, por exemplo. Fernando Tavares faz mais um solo espetacular de baixo e o baterista, Luis Pegoto, brilha ao soltar frases muito pontuais, mesmo ao manter uma batida tradicional, na maior parte do tempo. 

    “Libertadora”, mostra um Hard-Rock em essência, daqueles baseados no estilo “AOR”, bem do final dos anos setenta / início dos oitenta, onde bandas como “Foreigner”; “Boston” e “Journey” foram dos seus maiores expoentes, sem dúvida. Mas tem uma pitada de Rock Progressivo setentista, pois como Fernando Cardoso tocou órgão Hammond nessa faixa, um ligeiro interlúdio desse estilo é notável, ao trazer lá pelo meio da canção, uma evocação do som do “UK” e dos discos solo do tecladista, “Rick Wakeman”, sem dúvida. Os solos de Milton impressionam não só pela técnica, mas pelos timbres, muito bonitos.

    “Ganhar e Perder” é a única faixa cantada e é super Pop Rock dos anos oitenta e não é para menos ao contar com a voz potente do ex-vocalista do “Rádio Táxi”, Willie de Oliveira. O refrão é bem grudento tem algumas convenções mais complexas que lembram o som do “Taffo”, uma referência óbvia e da qual acho não carecer nenhuma explicação adicional.

    “6 cordas e Muitas Alegrias”, antes mesma de ser escutada, tem no encarte uma explicação muito bonita do Milton, sobre sentir-se gratificado em ser músico e conviver com tantos músicos incríveis com os quais já tocou e toca. E sobre a canção em si, trata-se de uma mini suíte, onde Milton construiu diversas partes distintas para dar vazão aos seus convidados poder atuar. Portanto, tem o trecho Progressivo, para que Sergio Hinds fizesse seu solo; Hard-Rock para a atuação de Robertinho de Recife; Jazz-Fusion com Mozart Mello a brilhar e finalmente, André Christovam com seu slide fecha com o solo em ambientação Blues-Rock. E ao final, um trecho onde todos, incluso, Milton, solam sob revezamento. Uma faixa poderosa, portanto, com tantas feras juntas.

    “Trem Azul”, quando pensei já ter ouvido todas as possibilidades dessa linda canção de Lô Borges & Ronaldo Bastos, sob múltiplas interpretações, incluso as clássicas, do próprio Lô e de Elis Regina, eis que o Medusa Trio surpreende-me e apresenta-a sob uma vestimenta Blues, belíssima. Adorei a introdução bastante criativa e a levada vigorosa da banda.

    “O Blues do Medusa”, tem uma condução melódica na guitarra, espetacular a lembrar, pelo estilo e timbre, o som de Jeff Beck. Aqui a base harmônica é bem Jazzy e a sobreposição de guitarras, solos e base, é muito bonita. Essa faixa foi gravada muitos anos atrás, em 2009, com o baixista, Ronaldo Lobo, na formação.

    Gravado no estúdio Purosom, de São Paulo, em 2017, tendo como técnico de gravação; mixagem & masterização, Edson Paulino. 
    As intervenções do órgão Hammond, foram gravadas no estúdio, Áudio Freaks, com o técnico, Renato Coppoli. 
    Mozart Mello gravou sua guitarra em seu Home Studio, em São Paulo. 
    Robertinho de Recife gravou no RR Studios – Polorio, no Rio de Janeiro.
    André Christovam gravou no Music Studio em Glascow, na Escócia.

    Direção de estúdio : Milton Medusa e Edson Paulino
    Pré-produção de Milton Medusa e Fernando Tavares.
    Direção de arte : Michel Camporeze Teér
    Fotos : Deca Pertrini

    Formação do Medusa Trio nesse álbum
    Milton Medusa – Guitarra
    Fernando Tavares – Baixo
    Luis Pagoto – Bateria

    (Faixa 10 – Ronaldo Lobo – Baixo)

    Músicos convidados :
    Fernando Cardoso – Teclados
    Sergio Hinds - Guitarra
    Robertinho de Recife – Guitarra
    Mozart Mello – Guitarra
    André Christovam – Guitarra
    Willie de Oliveira – Voz
    Daril Parisi – Backing Vocals

    Agradeço muito ao Milton, pela amizade e inclusive por ter sido um dos maiores incentivadores para que eu empreendesse esforços para escrever o meu livro autobiográfico da carreira musical e por ter apresentado-me ao Fernando Tavares, que foi meu editor na revista Bass Player, no período em que fui colaborador desse veículo. E pela inclusão do meu nome na lista de agradecimentos aos apoiadores do seu trabalho, fiquei muito honrado e feliz por isso.


    Para conhecer melhor o trabalho do Medusa Trio, acesse o seu site oficial :

    O canal de You Tube da banda :


    E a página da banda, no Facebook :

    Eis aí um trabalho que recomendo, música de alto quilate, feita por músicos virtuoses, mas que observam o bom senso acima de tudo, portanto, não é um trabalho feito para ser apreciado apenas por músicos, mas agrada a todos.

    Obrigado ao Luiz pela resenha e espero que gostem desta.
    Para quem quiser escutar o trio, estamos nas mais diversas plataformas de streaming, segue abaixo o link do spotify.


    Um abraço e até a próxima coluna!

    segunda-feira, 10 de novembro de 2025

    Harmonia - Aula 09 - Escalas Menores - Parte 2

     Olá, pessoal!

    Nesta aula, damos continuidade aos estudos das escalas menores. Lembrando que esta é a nona parte da coluna de harmonia, na qual abordamos diversos aspectos desde o nível iniciante. Para aqueles que não estudaram as colunas anteriores, recomendo que pesquisem no site e/ou no YouTube para assistir às aulas anteriores.

    Nesta semana, o foco será na escala menor harmônica.

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

    http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

    Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


    Escala Menor Harmônica

    A escala menor harmônica diferencia-se da escala menor natural pelo uso da sétima maior. Este intervalo, chamado de nota sensível (por sua tendência a resolver na tônica da tonalidade), torna a escala uma base importante para as combinações harmônicas. Ela é formada pelos seguintes intervalos:

    T, 2, 3m, 4, 5, 6m, 7M.

    Veja abaixo como ficam a sequência de tons e semitons:

    Observe que entre a sexta menor e a sétima maior há um intervalo de segunda aumentada.

    Abaixo está a principal digitação da escala menor harmônica:

    Como sugerido nos estudos anteriores, inicie a prática da escala a partir de várias fundamentais. Além disso, recomendo realizar estudos práticos e teóricos para consolidar o aprendizado.


    Vídeo


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    Bons estudos e até a próxima coluna!


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    segunda-feira, 3 de novembro de 2025

    Os Baixistas de Frank Zappa - Parte 3

    Olá pessoal!

    Nesta semana, damos continuidade à nossa série sobre os baixistas de Frank Zappa, com a terceira parte da matéria. Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

    http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

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    Na terceira e última parte desta série de colunas, abordamos o período entre o final da década de 1970 e o começo dos anos 1980. Para esta fase, extraímos exemplos de três discos, que considero particularmente influentes e importantes desse período:

    • Zappa in New York (Patrick O'Hearn)
    • You Are What You Is (Arthur Barrow)
    • Sheik Yerbouti (Patrick O'Hearn)

    Esses álbuns são marcos na carreira de Frank Zappa e trazem novos elementos de experimentação e inovação, continuando a evolução do trabalho do compositor e de seus baixistas.

    Exemplo 1

    O primeiro exemplo é extraído da música “Titties & Beer” e refere-se à base principal da música. A frase foi construída utilizando a escala de F# Dórico e uma aproximação cromática para a fundamental do acorde no quarto tempo.


    Exemplo 2

    No segundo exemplo, temos a base de voz da música “Doreen”. Este trecho foi construído utilizando a fundamental de cada acorde. No final da música, o baixista cria variações sobre os acordes utilizando a escala de F maior.


    Exemplo 3

    Este exemplo foi extraído da música “The Black Page” na versão do álbum Zappa In New York com o baixista Patrick O'Hearn. A música foi construída sobre um baixo pedal em Sol, e nesta versão, o baixista dobra algumas frases do tema, desviando-se um pouco dessa ideia. Perceba que o tema trabalha com algumas quiálteras de quintina e sextina, e a fórmula de compasso muda constantemente.



    Exemplo 4

    Este exemplo corresponde à introdução da música e foi construída utilizando a Pentatônica de Dó Maior. "Flakes" está no álbum Sheik Yerbouti.

    -Zappa in New York (Patrick O’Hearn)


    -You Are What You Is (Arthur Barrow)


    -Sheik Yerbouti (Patrick O’Hearn)


    Esta é a terceira e última parte da coluna sobre os baixistas de Frank Zappa. A intenção dessas colunas é destacar a importância dos músicos nas composições desse importante compositor. A maioria dos músicos que trabalharam com Zappa eram virtuoses em seus respectivos instrumentos e construíram carreiras sólidas após saírem de sua banda.

    Estudem as músicas, as frases e as fórmulas de compasso utilizadas. Zappa compunha sem o auxílio de instrumentos, o que significava que suas composições não seguiam "shapes" nem "padrões", pois tudo era criado diretamente do que o compositor "ouvia" em sua mente. Por isso, sua música é extremamente complexa e de difícil execução.

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    Bons estudos e até a próxima coluna!

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    sexta-feira, 31 de outubro de 2025

    Apostrophe' Trio - Sons da Mente - Parte I e II

    Olá, pessoal!

    Em 2017, lancei um CD com o Apostrophe' Trio e, ao longo deste ano, disponibilizarei as transcrições das músicas aqui no site.

    Nesta semana, apresento a melodia e o piano da música Sons da Mente – Parte I e II.

    Composta por mim em 2012, a peça explora uma ideia modal e um eixo simétrico formado por terça descendente e segunda ascendente na parte I. Todas as seções foram desenvolvidas com base no modo dórico.

    A introdução está em G dórico, seguida pela parte “A”, uma terça abaixo, em E♭ dórico. A parte “B” sobe um tom, indo para F dórico, e o refrão (parte “C”) aparece em C♯ dórico. Em seguida, o solo percorre as escalas de E♭ dórico e B dórico, retornando ao refrão em C♯ dórico. Para concluir, a música retoma a ideia da introdução, agora em A dórico

    Na parte II, temos uma ideia serial, técnica de composição do alemão Arnold Schoenberg. 

    Ela foi baseada na série que compus em 2012.

    F B Ab D C# F# C Eb E Bb G A

    O álbum está disponível no SpotifyYouTube e em outras plataformas de streaming.


    Youtube:



    Sons da mente - Parte II


    Página 01

    Apostrophe' Trio: Sons da Mente - Parte II

    Música por Fernando Tavares

    Performance:
    Fernando Tavares: Contrabaixo
    Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra
    Thiago Sonho: Bateria

    Gravado, mixado e masterizado por Armando Leite no Estúdio Tecnoarte!
    Produzido por Fernando Tavares


    Abraços e até a próxima coluna!

    segunda-feira, 27 de outubro de 2025

    Discografia - Fernando Tavares

       Olá pessoal!



    Compartilho aqui alguns álbuns da minha discografia. Eles estão disponíveis gratuitamente nos serviços de streaming.

    Deixo os links do Spotify, mas eles podem ser encontrados em outros serviços.

    Apostrophe' Duo - Smoking Pipe - CD




    Apostrophe' Trio - Apostrophe'  - CD



    Medusa Trio - 10 Anos - CD




    Medusa Trio - Peso Pesado - EP



    Liar Symphony – Choosing The Live Side – CD/DVD




    Dead Man Walking - All My Hate - CD



    Hotspot Project – Volume 1 - CD



    Lee Recorda - Olhando a Vida de Cima do Ponto Central  - CD




    Maurício Fernandes - Alone in the night




    Abraços e até a próxima postagem!

    segunda-feira, 20 de outubro de 2025

    Teoria & Análise - Estudos Rìtmicos - Parte 15

     Olá, pessoal!

    Nesta semana, damos continuidade ao nosso curso de leitura rítmica aqui no site. O estudo do ritmo é um dos aspectos mais essenciais no processo de aprendizado musical.

    Nesta coluna, abordamos a leitura das figuras com ponto de aumento.

    Estudos rítmicos

    Nesta etapa dos estudos de leitura à primeira vista, continuamos o trabalho com o ponto de aumento. Lembre-se que a teoria consiste em somar metade do valor da nota ao seu valor original.

    Por exemplo, em compasso de 4/4, ao pontuar uma semínima (1 tempo), ela passará a valer 1 tempo e meio. Se você pontuar uma mínima (2 tempos), a nota deverá soar por 3 tempos (o valor da nota - 2 tempos - mais metade do seu valor - 1 tempo).

    Para praticar, utilize a corda Ré solta e inicie o exercício com o metrônomo ajustado a 60 bpm.


    Encerramos os estudos por aqui.

    Para um aprofundamento nos estudos rítmicos, indicamos os seguintes manuais básicos:

    • POZZOLI, Heitor. Pozzoli: guia teórico-prático para o ensino do ditado musical. São Paulo: Moog Ricordi, 1990.
    • GRAMANI, José Eduardo. Rítmica. São Paulo: Perspectiva, 2019.
    • LACERDA, Oswaldo. Exercícios de teoria elementar da música. São Paulo: Ricordi Brasileira S.A., 2002.

    Este artigo integra minha coleção de estudos sobre contrabaixoteoria e análise musical.

    Para conferir outros trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:

    Contato:
    E-mail: femtavares@gmail.com

    Redes sociais:

    Bons estudos e até a próxima coluna!

    Abraços,
    Fernando Tavares

    Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.


    quinta-feira, 16 de outubro de 2025

    Transcrição - Apostrophe' Trio - Sons da Mente - Parte 2

    Olá, pessoal!

    Em 2017, lancei um CD com o Apostrophe' Trio e, ao longo deste ano, disponibilizarei as transcrições das músicas aqui no site.

    Nesta semana, apresento a transcrição da música Sons da Mente – Parte II.

    Composta por mim em 2012, a peça explora uma ideia serial, técnica de composição do alemão Arnold Schoenberg. 

    Ela foi baseada na série que compus em 2012.

    F B Ab D C# F# C Eb E Bb G A

    A composição é a continuação da peça Sons da Mente - Parte I.

    O álbum está disponível no SpotifyYouTube e em outras plataformas de streaming.


    Youtube:



    Sons da mente - Parte II


    Página 01

    Apostrophe' Trio: Sons da Mente - Parte II

    Música por Fernando Tavares

    Performance:
    Fernando Tavares: Contrabaixo
    Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra
    Thiago Sonho: Bateria

    Gravado, mixado e masterizado por Armando Leite no Estúdio Tecnoarte!
    Produzido por Fernando Tavares


    Abraços e até a próxima coluna!

    segunda-feira, 13 de outubro de 2025

    Álbuns Clássicos - Jaco Pastorius - Jaco Pastorius


    Olá, pessoal!

    Nesta semana, vamos falar sobre o primeiro álbum do lendário baixista Jaco Pastorius, que leva seu próprio nome como título. Lançado em 1976, esse trabalho é uma obra-prima que redefiniu o papel do baixo elétrico e marcou a música contemporânea com sua abordagem inovadora.

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui estudos aprofundados sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir mais conteúdos e artigos que publiquei, acesse o link:
    http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

    Para obter mais informações ou entrar em contato, envie um e-mail para:
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    Jaco Pastorius - Jaco Pastorius

    Lançamento: 1976
    Produção: Bobby Colomby (Blood, Sweat & Tears)


    O álbum de estreia de Jaco Pastorius é uma obra-prima que destaca o virtuosismo e a criatividade revolucionária do baixista, consolidando-o como um dos músicos mais inovadores do século XX. Composto por faixas icônicas, como "Donna Lee", uma interpretação ousada da peça de Charlie Parker, e composições próprias como "Continuum" e "Portrait of Tracy", o disco redefiniu o papel do baixo elétrico na música contemporânea.

    Jaco incorpora elementos de jazz, funk e música clássica, acompanhado por um elenco estrelado, incluindo Wayne Shorter, Herbie Hancock e os irmãos Brecker. Faixas como "Come On, Come Over" mostram sua versatilidade ao mesclar grooves dançantes com arranjos complexos, enquanto "Opus Pocus" explora sonoridades caribenhas.

    Faixas

    01-Donna Lee - Charlie Parker - 2:27
    02-Come On, Come Over - (com Sam & Dave ) Jaco Pastorius e Bob Herzog - 3:54
    03-Continuum - Jaco Pastorius - 4:33
    04-Kuru / Speak Like A Child - Jaco Pastorius e Herbie Hancock - 7:43
    05-Portrait of Tracy - Jaco Pastorius - 2:22
    06-Opus Pocus - Jaco Pastorius - 5:30
    07-Okonkole Y Trompa - Jaco Pastorius e Don Alias - 4:25
    08-(Used to Be A) Cha-Cha - Jaco Pastorius - 8:57
    09-Forgotten Love - Jaco Pastorius - 2:14
    10-(Used to Be A) Cha-Cha (Alternate Take - inédita) – Jaco Pastorius - 8:49
    11-Jam 6/4 (inédita) - Jaco Pastorius - 7:45

    Músicos

    Jaco Pastorius - electric bass
    Don Alias - congas
    Narada Michael Walden - drums
    Bobby Economou - drums
    Othello Molineaux - steel drums
    Leroy Williams - steel drums
    Lenny White - drums
    Herbie Hancock - electric piano
    Sam Moore - vocals
    Dave Prater - vocals
    Randy Brecker - trumpet
    Ron Tooley - trumpet
    Peter Graves - bass trombone
    David Sanborn - alto sax
    Michael Brecker - tenor sax
    Howard Johnson - baritone sax
    David Nadian - violin
    Harry Lookofsky - violin
    Paul Gershman - violin
    Joe Malin - violin
    Harry Cykman - violin
    Harold Kohon - violin
    Stewart Clarke - viola
    Manny Vardi - viola
    Julian Barber - viola
    Charles McCracken - cello
    Kermit Moore - cello
    Wayne Shorter - soprano sax
    Peter Gordon - French horn
    Hubert Laws - piccolo, flute
    Matthew Raimondi - violin
    Max Pollinkoff - violin
    Arnold Black - violin
    Al Brown - viola
    Beverly Lauridsen - cello
    Alan Shulman - cello
    Richard Davis - bass
    Homer Mensch - bass

    Destaques:

    • "Donna Lee"
    • "Continuum"
    • "Portrait of Tracy"
    • "Opus Pocus"
    • "Come On, Come Over"

    Essa obra não apenas marcou a carreira de Jaco, mas também elevou o status do baixo elétrico a instrumento solista de alto nível artístico.

    Links

    • Spotify

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    Bons estudos e até a próxima coluna!

    quinta-feira, 9 de outubro de 2025

    Baixistas do Rock - Parte 6


    Olá pessoal!

    Nesta semana, apresentamos a segunda parte da coluna de rock sobre as técnicas e abordagens musicais de Geezer Butler. Lembrando que este baixista icônico é o terceiro em nossa lista, que anteriormente contou com Paul McCartney e Sting.

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

    Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


    Exercício 1

    A appoggiatura (termo originalmente em italiano, também conhecido como apogiatura ou apojatura) é um dos elementos mais utilizados por Geezer para sofisticar suas frases.

    A appoggiatura funciona como uma nota rápida que precede a nota principal. No primeiro compasso, mostramos como ela seria escrita na forma que soaria. Já no segundo compasso, apresentamos a maneira real como é escrita na partitura. Reparem que a appoggiatura aparece como uma nota de menor valor do que a original.


    Exercício 2

    Neste exercício, apresentamos o trecho final da música "Iron Man", com uma levada em semicolcheias.


    Exercício 3

    Aqui temos a introdução da música "War Pigs". O compasso é 12/8, e as semicolcheias soam em subdivisões de tercinas. Observem as appoggiaturas que aparecem ao longo do trecho.


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    segunda-feira, 6 de outubro de 2025

    Harmonia - Aula 08 - Escalas menores - Parte 01

    Olá, Pessoal!

    Nesta semana, iniciamos os estudos das escalas menores. As escalas menores são divididas em três tipos: natural, harmônica e melódica. Assim como a escala maior, essas escalas possuem seus próprios campos harmônicos e combinações melódicas.

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:
    http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

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    Escala Menor Natural

    A escala menor se distingue da escala maior pela terça, sexta e sétima, que são menores. Ou seja, a escala menor natural é formada pelos intervalos: F (fundamental), 2, 3m, 4, 5, 6m, 7m.

    Exemplo em Dó:

    • Dó Maior: Fund. (C), 2 (D), 3M (E), 4 (F), 5 (G), 6 (A), 7M (B)
    • Dó Menor: Fund. (C), 2 (D), 3m (Eb), 4 (F), 5 (G), 6m (Ab), 7m (Bb)

    Disposição de tons e semitons:

    Principal digitação da escala:

    Estude tanto a parte teórica quanto a prática da escala menor, utilizando várias fundamentais, assim como foi feito com a escala maior na coluna anterior.


    Na próxima coluna, continuaremos explorando as escalas menores, abordando os tipos harmônica e melódica.


    Vídeo

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    segunda-feira, 29 de setembro de 2025

    Os Baixistas de Frank Zappa - Parte 2


    Olá pessoal!

    Nesta semana, damos continuidade à matéria sobre os baixistas que tocaram com Frank Zappa. Para quem não leu a primeira coluna, aqui está o link dela: Os Baixistas de Frank Zappa - Parte 1

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

    Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link: Midia Impressa - Fernando Tavares

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    Parte 2

    A segunda parte da coluna sobre os baixistas de Frank Zappa abrange os anos de 1972 a 1975. Desta fase, os exemplos foram extraídos basicamente de três discos, que eu particularmente considero os mais influentes e importantes desta fase. Os discos são:

    • Apostrophe'
    • One Size Fits All
    • Roxy & Elsewhere
    O baixista desta fase é Tom Fowler.

    Thomas W. Fowler (n. 10 de junho de 1951, Salt Lake City, EUA) é um baixista e multi-instrumentista americano, mais conhecido pelo seu trabalho com Frank Zappa nos anos 1970.

    Ele vem de uma família de músicos talentosos – os irmãos Bruce, Walt, Steve e Ed também tocaram com Zappa em diferentes momentos, formando uma espécie de “clã Fowler” dentro da cena fusion/rock experimental.

    Tom se juntou à banda de Zappa em 1973, substituindo Alex Dmochowski (“Erroneous”), e permaneceu até 1975.

    Seu estilo é uma fusão de rock, jazz e funk, com linhas de baixo altamente criativas e sólidas, que se encaixavam perfeitamente na escrita rítmica complexa e cheia de mudanças métricas de Zappa.
    Após deixar a banda de Zappa, Fowler tocou com artistas como Jean-Luc Ponty, Steve Hackett (ex-Genesis) e outros nomes do jazz-rock. Ele também trabalhou como músico de estúdio em Los Angeles. 

    Exemplo 1


    O primeiro exemplo é extraído da música "Don't Eat The Yellow Snow" e refere-se à base principal da música. A frase foi construída sobre a fórmula de compasso 7/4, e Tom Fowler utilizou a Pentatônica de Ré Maior. No quinto compasso, inicia-se a linha de baixo sobre a qual Frank Zappa canta. Esta base segue a mesma fórmula de compasso, mas o baixista utiliza a fundamental e uma aproximação cromática de duas notas para construir a frase. O andamento é de 138 bpm.


    Exemplo 2

    No segundo exemplo, temos a base de voz da música "St. Alphonzo’s Pancake Breakfast". Este trecho foi construído utilizando a escala de Dó Mixolídio com a "blue note" na segunda aumentada. O trecho está em um andamento rápido, e a digitação da frase é complexa, com alguns saltos. Para aqueles que desejam conhecer mais a fundo as estruturas melódicas que Zappa construía, esta é uma ótima música para se estudar.



    Exemplo 3


    Este exemplo corresponde à base do solo e teclado de George Duke. A fórmula de compasso é 7/16, e foi utilizada a escala de Lá bemol Lídio sobre o acorde de Ab, além da escala de Sol menor sobre o acorde de Gm.


    Exemplo 4


    Esta música é instrumental e nela Zappa utiliza diversas fórmulas de compasso. O trecho escolhido para estudo é a parte posterior à introdução, onde as frases são feitas com os outros instrumentos sobre a escala de Mi maior. A partir do quinto compasso do exemplo, é utilizada a fórmula de 11/16.

    Esta é a segunda parte da Bass Clinic sobre os baixistas de Frank Zappa, referente à fase de 1972 a 1975. Os dois primeiros exemplos são do álbum "Apostrophe'", o terceiro é de "One Size Fits All", e o quarto de "Roxy & Elsewhere". Vale ressaltar que seria injusto não recomendar, além destes três álbuns, o disco "Over-nite Sensation", gravado quase simultaneamente a esses. Pessoalmente, considero "One Size Fits All", junto com "Hot Rats", como uma das obras-primas desse genial compositor.

    Segue abaixo os links dos álbuns no Spotify:


    -Apostrophe’

    -One Size Fits All

    -Roxy & Elsewhere

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    quinta-feira, 25 de setembro de 2025

    Transcrição - Apostrophe' Trio - Sons da Mente - Parte I

    Olá, pessoal!

    Em 2017, lancei um CD com o Apostrophe' Trio e, ao longo deste ano, disponibilizarei as transcrições das músicas aqui no site.

    Nesta semana, apresento a transcrição da música Sons da Mente – Parte I.

    Composta por mim em 2012, a peça explora uma ideia modal e um eixo simétrico formado por terça descendente e segunda ascendente. Todas as partes foram desenvolvidas com base no modo dórico.

    A introdução está em G dórico, seguida pela parte “A”, uma terça abaixo, em E♭ dórico. A parte “B” sobe um tom, indo para F dórico, e o refrão (parte “C”) aparece em C♯ dórico. Em seguida, o solo percorre as escalas de E♭ dórico e B dórico, retornando ao refrão em C♯ dórico. Para concluir, a música retoma a ideia da introdução, agora em A dórico.

    Resumindo, a simetria de tonalidades é a seguinte:

    G – E♭ – F – C♯ – E♭ – B – C♯ – A

    A composição segue com a Parte II, que será apresentada posteriormente.

    O álbum está disponível no Spotify, YouTube e em outras plataformas de streaming.


    Youtube:



    Sons da mente - Parte I


    Página 01

    Página 02

    Apostrophe' Trio: Sons da Mente - Parte I

    Música por Fernando Tavares

    Performance:
    Fernando Tavares: Contrabaixo
    Lucas Barbosa Fragiacomo: Guitarra
    Thiago Sonho: Bateria

    Gravado, mixado e masterizado por Armando Leite no Estúdio Tecnoarte!
    Produzido por Fernando Tavares


    Abraços e até a próxima coluna!

    Artigo “De outras terras e outras línguas te acordar: Taiguara, a música como campo de batalha”

     Olá, pessoal!

    Estou aqui hoje para apresentar o artigo “De outras terras e outras línguas te acordar: Taiguara, a música como campo de batalha”, que se relaciona à linha de pesquisa "Significação Musical e Teoria Crítica aplicadas às Dimensões Sociopolíticas, Culturais e Decoloniais da Música Brasileira" do LAMUS (Laboratório de Musicologia) da EACH-USP Leste, coordenada pelo Prof. Dr. Diósnio Machado Neto.

    O artigo é uma produção conjunta de Aldo Luiz Leoni, Fernando Tavares e Diósnio Machado Neto do LAMUS e resultado dos encontros do Grupo de Estudos sobre o Rock, feitos quinzenalmente pelo grupo. O artigo saiu no dossiê: “Álbumes del exilio: música popular, política y experiencias” no Volume 6, Número 1 (2024) da Revista Contrapulso, disponível no link:

    https://contrapulso.uahurtado.cl/index.php/cp/issue/view/10

    O artigo pode ser encontrado neste link:

    https://contrapulso.uahurtado.cl/index.php/cp/article/view/240/105

    Resumo do artigo

    Este trabalho aborda a vigilância ideológica e de costumes dos aparelhos do Estado durante a Ditadura Militar no Brasil, especialmente na música. Destaca-se o caso de Taiguara, um compositor que ao tentar reiteradamente defender pessoalmente suas canções acabou criando no meio censório uma reputação de inconformista. Isso eventualmente se agravou à medida que o regime militar passou não só a cercear canções sobre costumes, mas também conteúdo considerado subversivo. Assim a carreira do músico em paralelo à escalada da repressão desde o Golpe de 1964 estabelece um nexo de causalidade. A vigilância começa a se evidenciar mesmo durante os festivais musicais televisionados na década de 60 nos quais o músico tinha presença constante. Isso iria causar os dois períodos de exílio de Taiguara, o primeiro na Inglaterra e o segundo na Tanzânia. O álbum Imyra, Tayra, Ipy(1976) foi o auge da perseguição, pois, mesmo tendo passado na peneira censória foi recolhido às pressas logo após sua distribuição. Além da discussão sobre o exílio e a censura enfrentados por Taiguara, são analisadas soluções musicais e letras do compositor nesse contexto. A postura crítica e a defesa de pautas que hoje seriam classificadas como progressistas destacaram-no como um artista em busca de liberdade de expressão.

    Palavras-chave: Taiguara, exílio, ditadura militar brasileira, censura, Imyra Tayra Ipy.

    Para quem quiser saber mais informações sobre o LAMUS, pode acessar o site:

    https://sites.usp.br/lamus-each/

    Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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