segunda-feira, 21 de julho de 2025

Baixistas do Rock - Parte 4

Olá, pessoal!

Nesta coluna, vamos trabalhar com um elemento de interpretação utilizado por Sting, que pode ser aplicado tanto no Rock quanto em outros estilos: o staccato.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

http://www.femtavares.com.br/p/midiaimpressa-fernandotavares-sempre.html

Para obter mais informações, entrem em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com


Exemplo 1

Muitos alunos estudam o ponto de aumento, mas raramente dedicam atenção aos pontos de diminuição, que são essenciais para uma interpretação completa. Existem três tipos de ponto de diminuição; nesta coluna, vamos trabalhar somente com o staccato simples, que consiste em cortar o valor da nota pela metade. Ou seja, se uma nota tem a duração de um tempo, ao aplicar o staccato simples (grafado com um ponto acima ou abaixo da nota), ela passará a valer meio tempo.

Nos Exemplos 1a e 1b, apresentamos dois exemplos práticos.



Exemplo 2

No Exemplo 2a, temos uma levada de colcheia com o staccato. No Exemplo 2b, mostramos como essa levada deve ser executada. Percebam que o staccato também pode ser utilizado para "limpar" a partitura, tornando-a mais precisa e clara. Uma música excelente para estudar o uso do staccato é "Every Breath You Take" do The Police.



Exemplos 3 e 4

No Exemplo 3, apresentamos a levada principal da música "King of Pain". Observem os vários contratempos e o staccato empregados por Sting para criar essa levada. Aproveitando a música, no Exemplo 4, incluímos uma frase com Tônica e Quinta, característica da introdução da música. Acredito que baixistas que atuam em Power Trios podem se inspirar nesse tipo de levada para suas próprias músicas.




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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

quinta-feira, 17 de julho de 2025

Harmonia - Aula 06 – Aplicação de Quintas e Oitavas – Parte 02

Olá, Pessoal!

Nesta sexta coluna sobre harmonia, estudaremos um pouco mais sobre aplicações de quintas e oitavas em levadas. É importante entender a parte teórica, mas isso só será útil se aplicarmos os conceitos nas nossas linhas de contrabaixo. Com as quatro combinações desta coluna e as quatro anteriores, teremos um bom vocabulário para atingir esse objetivo. O ideal é decorar as oito combinações, assim você terá segurança para começar a improvisar sobre qualquer base.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Combinação 5 e 6

Na combinação 5, temos a linha feita utilizando a F (fundamental) nas duas primeiras colcheias, seguidas pelos intervalos de e . Já na combinação 6, invertemos a frase, utilizando e .

Combinação 5

Combinação 6


Combinação 7 e 8

Nas combinações 7 e 8, as variações são um pouco mais desafiadoras, já que tocamos uma vez cada intervalo, criando as seguintes ideias:

  • Combinação 7: F (fundamental), , e

  • Combinação 8: F, , e

Combinação 7


Combinação 8


Com estas variações em mãos, perceba como a levada fica “cheia”. Este artifício pode ser muito explorado, especialmente para baixistas que tocam em power trio ou em bandas com apenas uma guitarra. Em outros casos, deve-se usar essas variações com muito cuidado, especialmente se a banda tiver duas guitarras.


Vídeo:


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segunda-feira, 7 de julho de 2025

As linhas de baixo do Megadeth

Olá, pessoal!

Nesta semana, apresento uma coluna com algumas linhas clássicas de baixo da banda Megadeth.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Megadeth

Matéria original publicada na Bass Player Brasil #10 de julho de 2012.

Megadeth é uma das bandas mais influentes e icônicas do gênero thrash metal, formada em 1983 por Dave Mustaine, após sua saída do Metallica. Ao longo de sua carreira, a banda se destacou por seu som rápido e técnico, caracterizado por riffs complexos e solos elaborados. Com sucessos como Peace Sells... but Who's Buying? e Rust in Peace, Megadeth ajudou a definir a era do thrash metal, tornando-se uma das "Big Four" do gênero, junto com Metallica, Slayer e Anthrax.

David Ellefson, o baixista original e membro fundador da banda, desempenhou um papel essencial na formação do som distintivo do grupo. Conhecido por suas linhas de baixo rápidas e melódicas, Ellefson trouxe uma combinação de técnica e musicalidade que complementou perfeitamente os riffs complexos de Mustaine. Seu estilo de tocar, muitas vezes entrelaçado com os solos de guitarra e os tempos rápidos da banda, é uma característica fundamental nas músicas de Megadeth, tornando-o uma figura essencial na história do metal.

Análise das Linhas de Baixo do Megadeth

Black Swan

Esta música faz parte do álbum TH1RT3EN e está na tonalidade de Si menor. O baixista toca a fundamental dos acordes nos compassos 1 e 3 do trecho, e toca a terça do acorde no segundo compasso. No quarto compasso, o baixista faz a frase em uníssono com a guitarra. O destaque do trecho é a parte rítmica, com algumas semicolcheias que geram um efeito interessante na levada e a "cabeça" do compasso, que é adiantada para a última colcheia do compasso anterior. O trecho é repetido novamente, com um compasso a mais no final do exemplo.


Hangar 18

Neste exemplo, está transcrita a base do solo de guitarra. A maior dificuldade é a divisão rítmica, que é feita com muitos contratempos de semicolcheia. Em relação à parte harmônica, o trecho é dividido em dois segmentos. No primeiro segmento, o baixista trabalha com a fundamental e a terça menor do acorde de D5, e com a escala de Mi bemol maior sobre o acorde de Eb5. No segundo segmento (compasso 9), utiliza a escala de Fá sustenido frígio sobre os acordes de F#5 e G5.


Holly Wars

Aqui está transcrita a base da voz da música. O baixista dobra a linha da guitarra e toca sempre as fundamentais de cada acorde. O trecho foi construído sobre a escala menor blues, e a principal dificuldade ocorre em relação à velocidade do trecho transcrito. O texto "N.C." significa "No Chord", indicando que, neste trecho, não há um acorde básico para a análise da harmonia.


In My Darkest Hour

Aqui está transcrita toda a introdução da música, que pode ser dividida a cada quatro compassos, facilitando sua análise. No primeiro trecho, o baixista toca a fundamental do acorde de Em9 e, depois, faz a frase em uníssono com a guitarra. A escala utilizada é a escala de Mi menor eólio. Nos segundos e terceiros trechos do exemplo (compassos 5 a 8 e 9 a 12), são tocadas as fundamentais de cada acorde, e a última frase é feita com a escala de Mi menor natural. No quarto trecho, é utilizada somente a fundamental do acorde de E5, e neste trecho é inserida a célula rítmica de tercina. No último trecho, além da fundamental de cada acorde, na frase final é utilizada a escala cromática de Fá.


Peace Sells

Neste exemplo, está transcrita a introdução da música. O baixista faz a frase com a escala blues de Mi menor. A dificuldade do trecho está em sua velocidade e na parte rítmica, que explora as subdivisões de semicolcheia.


Whose Life

Este exemplo corresponde ao pré-refrão da música. Nele, o baixista toca basicamente as fundamentais de cada acorde. As frases são sincopadas, e o baixista explora bastante os slides na finalização de cada nota. O trecho está na tonalidade de Si menor.


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