quinta-feira, 19 de junho de 2025

Baixista do Mês - Bi Ribeiro

Olá, pessoal!

Na coluna Baixista do Mês, apresentamos o habilidoso Bi Ribeiro, da banda Paralamas do Sucesso.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical. Para conferir alguns dos meus trabalhos e artigos publicados, acessem o link:

Para mais informações, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Bi Ribeiro

Nome completo: Felipe de Nóbrega Ribeiro
Nascimento: 30 de março de 1961, Brasília, Distrito Federal
Banda: Paralamas do Sucesso

Biografia:
Bi Ribeiro é um dos pilares do rock brasileiro, conhecido por sua habilidade única no contrabaixo e por suas linhas marcantes que ajudaram a moldar o som dos Paralamas do Sucesso. Formado em 1982, o grupo ganhou destaque com sua mistura de rock, reggae e outros ritmos, consolidando-se como uma das bandas mais icônicas do Brasil. Bi é reconhecido por sua criatividade musical e pela capacidade de construir grooves que se tornaram marca registrada da banda.


Discografia

Confira os álbuns dos Paralamas do Sucesso:

Álbuns de estúdio
1983: Cinema Mudo
1984: O Passo do Lui
1986: Selvagem?
1988: Bora-Bora
1989: Big Bang
1991: Paralamas en Español
1991: Os Grãos
1994: Severino
1994: Dos Margaritas
1996: Nove Luas / Nueve Lunas
1998: Hey Na Na
2002: Longo Caminho
2005: Hoje 
2009: Brasil Afora
2017: Sinais do Sim

Álbuns ao vivo
1987: D
1995: Vamo Batê Lata
1999: Acústico MTV
1999: Titãs & Paralamas (com Titãs)
2004: Uns Dias Ao Vivo
2007: Rock in Rio 1985
2008: Paralamas e Titãs (com Titãs)
2009: Legião Urbana e Paralamas Juntos (com Legião Urbana)
2011: Multishow Ao Vivo
2014: Multishow Ao Vivo: 30 Anos

Coletâneas
1987: Os Paralamas do Sucesso
1990: Arquivo
2000: Arquivo II
2000: O Melhor 83-99
2006: Perfil
2006: Perfil II
2006: Série 10
2010: Arquivo 3
2010: Novelas
2015: Rock Your Babies
2015: A Arte de Os Paralamas do Sucesso

Para mais detalhes sobre a discografia completa, acesse:


Vídeo em destaque

Link para vídeo: 


Website oficial

http://www.osparalamas.com.br/


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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Baixistas do Rock - Parte 3

Olá, pessoal!

Nas terceira e quarta colunas, iremos explorar as técnicas e características do baixista Sting, membro da banda The Police. Sting é conhecido por sua maneira única de tocar, frequentemente utilizando o polegar para dedilhar as cordas, além de seu impressionante senso rítmico. Ao longo de sua carreira, ele criou diversas linhas de baixo memoráveis com sua banda, tornando-se um ícone no cenário musical.

Sting

Sting, nome artístico de Gordon Matthew Thomas Sumner, nasceu em 1951 em Wallsend, Inglaterra. Antes de sua carreira solo, ele foi o baixista e vocalista principal da banda The Police, que se tornou uma das mais influentes do final dos anos 70 e 80. Conhecido por seu estilo criativo e inovador no baixo, Sting integrou elementos de jazz, rock e reggae em suas linhas de baixo. Suas composições com o The Police, como "Roxanne", "Every Breath You Take" e "Message in a Bottle", continuam a ser referências para músicos de todo o mundo. Além de sua carreira com o The Police, Sting também tem uma carreira solo bem-sucedida, explorando diferentes estilos musicais e abordagens ao baixo e à composição.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Exemplo 1

No Exemplo 1, temos uma levada simples, construída com colcheias, muito utilizada no Rock n’ roll. Essa levada dá a sensação de que a música está sendo "puxada para frente", por isso é amplamente difundida no Rock e suas vertentes. A harmonia correspondente ao refrão da música "So Lonely" do The Police também é utilizada na música "With or Without You" do U2. Na música "Será?" da Legião Urbana, ela é tocada um tom abaixo (na tonalidade de Dó maior). Marque bem os graus do campo harmônico (I, IV, V e VI) e toque-os em diferentes tonalidades, observando a frequência com que esses acordes são utilizados nas músicas compostas.



Exemplo 2

No Exemplo 2, trabalhamos os intervalos de 5ª e , que são amplamente utilizados por baixistas de Rock para criar frases melódicas. O desenho mostrado pode ser transposto para qualquer nota e aplicado sobre acordes maiores e menores.



Exemplo 3

No Exemplo 3, combinamos esses intervalos e propomos variações para cada acorde. Uma dica para desenvolver suas frases é utilizar os intervalos de e sobre a caixa da bateria (geralmente nos tempos 2 e 4), variando a colocação deles.



Exemplo 4

No Exemplo 4, temos o interlúdio da música "Every Breath You Take", do The Police. Outras músicas que utilizam frases construídas de maneira semelhante são "Paranoid" e "NIB" do Black Sabbath, e "Otherside" e "Breaking The Girl" do Red Hot Chili Peppers.



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segunda-feira, 9 de junho de 2025

Harmonia - Aula 05 - Aplicação de Quintas e Oitavas - Parte 1

Olá, Pessoal!

Nesta quinta coluna, estudaremos uma aplicação interessante de intervalos. A princípio, não vamos nos aprofundar em aspectos teóricos complexos. O foco será utilizar dois intervalos bastante comuns – quintas e oitavas – para criar algumas frases em uma levada.

Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

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Aplicação de Quintas e Oitavas - Parte 1

Considerando a nota como fundamental, temos a nota Sol como a sua quinta e a sua oitava será a própria nota . No exemplo 1, temos o desenho dos dois intervalos. Esse desenho pode ser repetido a partir de qualquer nota, e tanto a quanto a podem ser usadas sobre acordes maiores e menores sem restrições (veja o exemplo 2). No exemplo 3, temos a base em que aplicaremos esses intervalos: a sequência A, F#m, D e E.


Agora, começaremos a aplicar a e a sobre a base.

  • Combinação 1: Usamos o intervalo de .

  • Combinação 2: Utilizamos o intervalo de , executado sobre a caixa da bateria nos tempos dois e quatro.

Combinação 1


Combinação 2



Na combinação 3, temos uma variação rítmica para o intervalo de e, na combinação 4, a mesma variação com o intervalo de . Esta variação é amplamente utilizada na Dance Music.

Combinação 3


Combinação 4


Essas são as primeiras ideias para a construção de frases. É essencial aplicar nossos estudos a um repertório. Tente trabalhar com um repertório que você goste de tocar.

Experimente utilizar essas variações, tocando os dois primeiros tempos com uma combinação e os dois últimos com outra. Também tente tocar a combinação apenas nos tempos 3 e 4.


Vídeo:


Abraços e até a próxima coluna, com mais aplicações de e !

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segunda-feira, 2 de junho de 2025

Análise das linhas de baixo do álbum "Tales from Topographic Oceans" da banda Yes


Olá, pessoal!

Nesta semana, trago no site uma coluna especial sobre o trabalho de Chris Squire no álbum Tales from Topographic Oceans. Neste artigo, analisamos diversas linhas de baixo criadas por este lendário músico, explorando os aspectos harmônicos, melódicos e rítmicos que definem seu estilo único.

Esse material faz parte de um acervo cuidadosamente elaborado, que está disponível como apoio para as minhas aulas de contrabaixo, tanto presenciais quanto on-line. É uma excelente oportunidade para aprofundar seu conhecimento sobre as técnicas e a abordagem de um dos maiores baixistas do Rock Progressivo.

Além deste artigo, minha coleção inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria musical e análise, voltados para músicos que desejam expandir suas habilidades e compreensão do instrumento.

Para conferir mais trabalhos e artigos que publiquei, acesse o link:
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Se tiver interesse em conhecer mais sobre o curso ou adquirir materiais de estudo, entre em contato pelo e-mail: femtavares@gmail.com.


Tales from Topographic Oceans - Yes



A banda britânica de rock progressivo Yes lançou seu sexto álbum de estúdio, Tales from Topographic Oceans, em 1973. Este álbum é visto como um dos mais ousados e ambiciosos da banda, espelhando a profundidade e complexidade do rock progressivo daquele período. O álbum, composto por apenas quatro faixas extensas, possui uma estrutura conceitual, onde cada segmento é inspirado em tópicos espirituais e filosóficos, fortemente influenciados pelo livro Autobiografia de um Yogi, de Paramahansa Yogananda.

O álbum é notável por sua extensa duração, com a faixa "Ritual (Nous Are One)" sendo uma das maiores já registradas pela banda. Cada uma das composições foi cuidadosamente estruturada, com letras e temas que exploram a busca espiritual, a natureza da existência e o despertar da consciência. Musicalmente, Tales from Topographic Oceans destaca-se pela habilidade técnica dos músicos, com solos intrincados de guitarra de Steve Howe, complexidade rítmica de Bill Bruford e o trabalho inovador de Chris Squire no contrabaixo, complementado pelas camadas harmônicas e melódicas criadas pelos teclados de Rick Wakeman e as vocais de Jon Anderson.

A obra foi recebida de forma mista, com alguns críticos destacando sua grandiosidade e originalidade, enquanto outros a consideraram excessivamente complexa e difícil de digerir. No entanto, Tales from Topographic Oceans tornou-se um marco na história do rock progressivo e uma das obras mais emblemáticas do Yes, consolidando sua posição como uma das bandas mais inovadoras da década de 1970.

Exemplo 1 - The Revealing Science of God


Este trecho corresponde à base da voz e é repetido durante a primeira parte da música, ocorrendo por volta de 3’05". Observe que, no primeiro tempo, há uma pequena variação na frase; para os outros trechos, tome como referência a linha do segundo compasso. A escala escolhida para construir esta frase é a pentatônica, e é importante prestar atenção ao uso do slide no segundo tempo. Este trecho exige grande velocidade do músico, uma vez que trabalha com sextinas e fusas, exigindo controle técnico e precisão na execução para manter a fluidez da performance.


Exemplo 2 - The Revealing Science of God


Este trecho se inicia aos 7'02" e corresponde à segunda base da voz. Foi construído utilizando os intervalos de fundamental, quarta e quinta dos respectivos acordes. Para entender melhor a frase, recomenda-se dividi-la a cada 1 tempo e meio, ou seja, ela começa no primeiro tempo e depois se repete a partir do contratempo do segundo tempo. Em várias músicas deste álbum, Chris Squire emprega esse tipo de raciocínio para construir suas linhas de baixo, sendo esses "deslocamentos" de tempo uma das principais características de seu estilo. Tais abordagens criam uma sensação de movimento e complexidade rítmica, algo que se torna uma marca registrada de sua técnica.


Exemplo 3 - The Remembering


Estes acordes correspondem a toda a introdução da música, com o baixista tocando as fundamentais correspondentes. Somente neste trecho, por volta de 2’00”, é que se inicia uma linha com frases no baixo. No primeiro acorde (Dm), Chris Squire utiliza a tríade nas cabeças de cada tempo, mas com uma pequena variação no terceiro tempo deste compasso, quando ele emprega a quarta como uma apogiatura para a quinta do acorde. No segundo compasso, é utilizada a escala Mi menor, que confere uma sonoridade distinta à linha. No terceiro compasso, o baixista repete a ideia do primeiro, substituindo a apogiatura por um slide entre as notas Sol e Lá, o que cria uma transição mais fluida e expressiva. Por fim, no quarto compasso, Squire utiliza a tríade de Mi menor para construir a frase, mantendo a coerência harmônica e adicionando variações rítmicas e melódicas que enriquecem a linha de baixo. Essa abordagem evidencia a habilidade do baixista em manipular acordes e escalas de maneira criativa e expressiva.


Exemplo 4 - The Remembering


Este trecho serve como base para um pequeno solo de steel-guitar, e o baixista construiu suas frases utilizando a fundamental, a quinta e a oitava. A construção da linha de baixo é simples em termos de intervalos, mas a complexidade reside na quantidade de notas que compõem a frase e no deslocamento da primeira nota em relação à cabeça do compasso. Este deslocamento cria uma sensação rítmica peculiar, o que adiciona um desafio técnico ao trecho. O baixista, portanto, não apenas trabalha com intervalos básicos, mas também com variações rítmicas que exigem precisão. Este trecho ocorre por volta de 10'19" e é fundamental para estabelecer a base harmônica e rítmica que suporta o solo da steel-guitar, mantendo a fluidez e a coesão na música.


Exemplo 5 - The Ancient


Este trecho corresponde à introdução do solo de teclado e ocorre por volta de 4’33”. A construção da frase utiliza apenas a fundamental e a oitava acima. A complexidade deste trecho está no fato de que a nota mais grave é acentuada juntamente com o bumbo, mas de forma aleatória, o que exige do baixista uma atenção cuidadosa ao posicionamento dos acentos. No exemplo transcrito, o baixista acentua a nota mais grave no primeiro e no quarto tempos do primeiro compasso, enquanto no segundo compasso o acento recai no segundo tempo. No terceiro compasso, o acento aparece no primeiro tempo, e no quarto compasso, novamente no segundo tempo. Essa variação rítmica exige precisão para garantir que os acentos estejam posicionados corretamente, mantendo a coesão rítmica com a bateria.


Exemplo 6 - The Ancient


Este trecho ocorre por volta de 7’02” e é uma frase executada por todos os instrumentos, utilizando contrapontos. O compasso está em 7/4, e o baixista toca todas as notas de forma staccato, o que adiciona uma percussividade à linha de baixo. A base harmônica é construída com a escala de Ré Maior, e o baixista utiliza a sétima menor (Dó) como uma blue note neste trecho. Esta nota é inserida para completar o cromatismo da frase, criando uma sonoridade mais expressiva e característica do estilo do músico. A utilização do staccato, combinada com a inserção da blue note, dá um caráter único à linha de baixo, que se destaca dentro da complexidade rítmica e contrapontística do trecho.


Exemplo 7 - Ritual


Este trecho corresponde a uma pequena parte da introdução e começa por volta de 2’12”. O baixista construiu a frase utilizando a escala mixolídia de Ré maior, com a nota Lá, que é a quinta do acorde, sendo a mais enfatizada neste trecho. A dificuldade da frase reside na variação rítmica empregada pelo baixista nas repetições, o que exige grande precisão e controle de timing. Quando a música transita para Dó maior, o baixista segue o mesmo conceito harmônico e rítmico para construir a frase, mantendo a consistência no estilo e na abordagem, o que demonstra a habilidade do músico em adaptar suas ideias dentro da progressão harmônica.


Exemplo 8 - Ritual


Este trecho ocorre por volta de 8’28” e se situa entre duas bases de voz. O baixista aproveita este pequeno interlúdio para realizar um solo de contrabaixo, utilizando uma técnica expressiva de slides durante a execução. A estrutura harmônica é baseada em dois acordes por compasso, mas o baixista utiliza apenas o segundo acorde como referência para a construção da frase. A escala pentatônica de cada um desses acordes é a base para a construção das frases, o que confere ao solo uma sonoridade sólida e coesa, ao mesmo tempo que permite uma boa variação melódica. O uso dos slides contribui para a fluidez da execução, demonstrando a habilidade do baixista em explorar a expressividade do instrumento dentro da harmonia proposta.


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