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segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Os Baixistas de Frank Zappa - Parte 3

Olá pessoal!

Nesta semana, damos continuidade à nossa série sobre os baixistas de Frank Zappa, com a terceira parte da matéria. Este artigo faz parte da minha coleção, que inclui diversos estudos sobre contrabaixo, teoria e análise musical.

Para conferir alguns dos trabalhos e artigos que publiquei, acessem o link:

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Na terceira e última parte desta série de colunas, abordamos o período entre o final da década de 1970 e o começo dos anos 1980. Para esta fase, extraímos exemplos de três discos, que considero particularmente influentes e importantes desse período:

  • Zappa in New York (Patrick O'Hearn)
  • You Are What You Is (Arthur Barrow)
  • Sheik Yerbouti (Patrick O'Hearn)

Esses álbuns são marcos na carreira de Frank Zappa e trazem novos elementos de experimentação e inovação, continuando a evolução do trabalho do compositor e de seus baixistas.

Exemplo 1

O primeiro exemplo é extraído da música “Titties & Beer” e refere-se à base principal da música. A frase foi construída utilizando a escala de F# Dórico e uma aproximação cromática para a fundamental do acorde no quarto tempo.


Exemplo 2

No segundo exemplo, temos a base de voz da música “Doreen”. Este trecho foi construído utilizando a fundamental de cada acorde. No final da música, o baixista cria variações sobre os acordes utilizando a escala de F maior.


Exemplo 3

Este exemplo foi extraído da música “The Black Page” na versão do álbum Zappa In New York com o baixista Patrick O'Hearn. A música foi construída sobre um baixo pedal em Sol, e nesta versão, o baixista dobra algumas frases do tema, desviando-se um pouco dessa ideia. Perceba que o tema trabalha com algumas quiálteras de quintina e sextina, e a fórmula de compasso muda constantemente.



Exemplo 4

Este exemplo corresponde à introdução da música e foi construída utilizando a Pentatônica de Dó Maior. "Flakes" está no álbum Sheik Yerbouti.

-Zappa in New York (Patrick O’Hearn)


-You Are What You Is (Arthur Barrow)


-Sheik Yerbouti (Patrick O’Hearn)


Esta é a terceira e última parte da coluna sobre os baixistas de Frank Zappa. A intenção dessas colunas é destacar a importância dos músicos nas composições desse importante compositor. A maioria dos músicos que trabalharam com Zappa eram virtuoses em seus respectivos instrumentos e construíram carreiras sólidas após saírem de sua banda.

Estudem as músicas, as frases e as fórmulas de compasso utilizadas. Zappa compunha sem o auxílio de instrumentos, o que significava que suas composições não seguiam "shapes" nem "padrões", pois tudo era criado diretamente do que o compositor "ouvia" em sua mente. Por isso, sua música é extremamente complexa e de difícil execução.

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Bons estudos e até a próxima coluna!

Fernando Tavares utiliza cordas Giannini e cabos Datalink.